Boeing se defende após mensagens vazadas sobre erros no Max
A fabricante argumentou que a versão do sistema MCAS utilizada na época das mensagens havia ganhado outra versão separada para voos em baixa velocidade
A Boeing divulgou um comunicado no qual lamenta as mensagens vazadas do ex-funcionário Mark Forkner, nas quais alertava para erros no sistema de segurança do 737 Max, modelo envolvido em dois acidentes fatais. O Sistema de Aumento de Características de Manobra (MCAS) “não funcionava adequadamente” nos simuladores, de acordo com o piloto técnico envolvido no desenvolvimento de treinamentos e manuais. Os comentários foram registrados em novembro de 2016.
“Embora não tenhamos conseguido falar diretamente com Forkner sobre sua compreensão do documento, ele declarou por meio de seu advogado que seus comentários refletiam uma reação a um programa de simulador que não estava funcionando adequadamente e ainda estava sendo testado. Continuamos a investigar as circunstâncias dessa troca e estamos comprometidos em identificar todos os fatos disponíveis relacionados a ela e em compartilhar esses fatos com as autoridades reguladoras e de investigação apropriadas”, comunica a Boeing. Segundo a fabricante, uma versão separada do MCAS foi instalada para testes de voos em baixa velocidade.
“O software do simulador utilizado durante a sessão de 15 de novembro ainda estava em testes e qualificação, e não havia sido finalizado. Estamos profundamente tristes. Fomos humilhados por esses acidentes e estamos totalmente comprometidos em aprender com eles. Desenvolvemos melhorias no 737 Max que garantirão que fatos como esses nunca mais ocorram. Estamos comprometidos em continuar trabalhando em estreita colaboração com a FAA (Administração Federal de Aviação) e os reguladores globais para garantir o retorno seguro do Max ao serviço.”