Air France-KLM nomeia CEO interino e realinha equipe
Comitê de gestão é formado por Frédéric Gagey (CFO e agora CEO interino), Pieter Elbers (CEO da KLM) e Franck Terner (diretor executivo da Air France)

Em seu lugar assume, interinamente, o atual Chief Financial Officer (CFO) da companhia, Frédéric Gagey. O executivo será o porta-voz do Comitê de Gestão (CDC, na sigla em francês) criado para liderar o grupo em seu período de transição até que um CEO assuma permanentemente. O diretor executivo da Air France, Franck Terner, e o CEO da KLM, Pieter Elbers, integram o CDC ao lado de Gagey - os três mantém também seus cargos originais.
A conselheira da companhia Anne-Marie Couderc assumiu ainda a posição de presidente não-executiva da Air France-KLM, também de forma interina.
A estrutura de comando de transição é estabelecida, segundo o grupo, para atuar "pelo período mais curto possível, para efetivamente concluir o processo de sucessão das funções deixadas por Jean-Marc Janaillac".
Ao nomear a nova equipe o conselho disse que lamenta profundamente as greves, que "terão um impacto negativo nos resultados financeiros do grupo". Em relação à disputa trabalhista entre empresa e funcionários na Air France, a aérea reiterou que o CEO interino "não tem um mandato para tomar decisões que possam comprometer a estratégia de crescimento aprovada pelo Conselho de Diretores da Air France-KLM".
CENÁRIO ATUAL

As greves já custaram algo em torno de US$ 477 milhões para a Air France- de acordo com reportagem do Skift, e a renúncia de Janaillac resultou em queda de 13% das ações da aérea na Bolsa de Valores no início deste mês. Ainda de acordo com o Skift, nesta terça as ações da Air France-KLM caíram mais 2,3% com a entrega da carta de renúncia de Janaillac.
O CEO interino terá a tarefa de retomar as negociações com os sindicatos franceses, que exigiram um aumento salarial de 5% já em 2018, ao invés dos 7% ao decorrer de quatro anos oferecido pelo ex-CEO - a oferta previa um aumento de apenas 2% para este ano, antes de novos aumentos posteriores.
Ainda no início deste mês o ministro da Economia da França, Bruno Le Maire, afirmou que a aérea pode "desaparecer" se as greves continuarem. Embora o Estado francês detenha apenas 14,3% do grupo, ele acredita que o déficit da empresa não será recuperado se as paralisações persistirem.
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