Air France-KLM nomeia CEO interino e realinha equipe
Comitê de gestão é formado por Frédéric Gagey (CFO e agora CEO interino), Pieter Elbers (CEO da KLM) e Franck Terner (diretor executivo da Air France)
Jean-Marc Janaillacanunciou no dia 4 de maio que deixaria seu cargo de CEO da Air France-KLM, decisão tomada após falhar na negociação do reajuste salarial dos funcionários, que tinha como objetivo encerrar uma série de greves que acontecem desde fevereiro na empresa. Sua carta de demissão foi entregue nesta terça-feira (15) ao Conselho de Administração, que agradeceu o trabalho do agora ex-CEO e reconheceu oficialmente sua saída.
Em seu lugar assume, interinamente, o atual Chief Financial Officer (CFO) da companhia, Frédéric Gagey. O executivo será o porta-voz do Comitê de Gestão (CDC, na sigla em francês) criado para liderar o grupo em seu período de transição até que um CEO assuma permanentemente. O diretor executivo da Air France, Franck Terner, e o CEO da KLM, Pieter Elbers, integram o CDC ao lado de Gagey - os três mantém também seus cargos originais.
A conselheira da companhia Anne-Marie Couderc assumiu ainda a posição de presidente não-executiva da Air France-KLM, também de forma interina.
A estrutura de comando de transição é estabelecida, segundo o grupo, para atuar "pelo período mais curto possível, para efetivamente concluir o processo de sucessão das funções deixadas por Jean-Marc Janaillac".
Ao nomear a nova equipe o conselho disse que lamenta profundamente as greves, que "terão um impacto negativo nos resultados financeiros do grupo". Em relação à disputa trabalhista entre empresa e funcionários na Air France, a aérea reiterou que o CEO interino "não tem um mandato para tomar decisões que possam comprometer a estratégia de crescimento aprovada pelo Conselho de Diretores da Air France-KLM".
CENÁRIO ATUAL
Após greves sucessivas de funcionários da Air France, que desde fevereiro demandam um aumento em seus vencimentos, o agora ex-CEO Jean-Marc Janaillac falhou na última tentativa de renegociação, em abril. A maioria dos funcionários negou reajuste salarial proposto pela empresa, que seria de 7% distribuídos em quatro anos.
As greves já custaram algo em torno de US$ 477 milhões para a Air France- de acordo com reportagem do Skift, e a renúncia de Janaillac resultou em queda de 13% das ações da aérea na Bolsa de Valores no início deste mês. Ainda de acordo com o Skift, nesta terça as ações da Air France-KLM caíram mais 2,3% com a entrega da carta de renúncia de Janaillac.
O CEO interino terá a tarefa de retomar as negociações com os sindicatos franceses, que exigiram um aumento salarial de 5% já em 2018, ao invés dos 7% ao decorrer de quatro anos oferecido pelo ex-CEO - a oferta previa um aumento de apenas 2% para este ano, antes de novos aumentos posteriores.
Ainda no início deste mês o ministro da Economia da França, Bruno Le Maire, afirmou que a aérea pode "desaparecer" se as greves continuarem. Embora o Estado francês detenha apenas 14,3% do grupo, ele acredita que o déficit da empresa não será recuperado se as paralisações persistirem.
Em seu lugar assume, interinamente, o atual Chief Financial Officer (CFO) da companhia, Frédéric Gagey. O executivo será o porta-voz do Comitê de Gestão (CDC, na sigla em francês) criado para liderar o grupo em seu período de transição até que um CEO assuma permanentemente. O diretor executivo da Air France, Franck Terner, e o CEO da KLM, Pieter Elbers, integram o CDC ao lado de Gagey - os três mantém também seus cargos originais.
A conselheira da companhia Anne-Marie Couderc assumiu ainda a posição de presidente não-executiva da Air France-KLM, também de forma interina.
A estrutura de comando de transição é estabelecida, segundo o grupo, para atuar "pelo período mais curto possível, para efetivamente concluir o processo de sucessão das funções deixadas por Jean-Marc Janaillac".
Ao nomear a nova equipe o conselho disse que lamenta profundamente as greves, que "terão um impacto negativo nos resultados financeiros do grupo". Em relação à disputa trabalhista entre empresa e funcionários na Air France, a aérea reiterou que o CEO interino "não tem um mandato para tomar decisões que possam comprometer a estratégia de crescimento aprovada pelo Conselho de Diretores da Air France-KLM".
CENÁRIO ATUAL
Após greves sucessivas de funcionários da Air France, que desde fevereiro demandam um aumento em seus vencimentos, o agora ex-CEO Jean-Marc Janaillac falhou na última tentativa de renegociação, em abril. A maioria dos funcionários negou reajuste salarial proposto pela empresa, que seria de 7% distribuídos em quatro anos.
As greves já custaram algo em torno de US$ 477 milhões para a Air France- de acordo com reportagem do Skift, e a renúncia de Janaillac resultou em queda de 13% das ações da aérea na Bolsa de Valores no início deste mês. Ainda de acordo com o Skift, nesta terça as ações da Air France-KLM caíram mais 2,3% com a entrega da carta de renúncia de Janaillac.
O CEO interino terá a tarefa de retomar as negociações com os sindicatos franceses, que exigiram um aumento salarial de 5% já em 2018, ao invés dos 7% ao decorrer de quatro anos oferecido pelo ex-CEO - a oferta previa um aumento de apenas 2% para este ano, antes de novos aumentos posteriores.
Ainda no início deste mês o ministro da Economia da França, Bruno Le Maire, afirmou que a aérea pode "desaparecer" se as greves continuarem. Embora o Estado francês detenha apenas 14,3% do grupo, ele acredita que o déficit da empresa não será recuperado se as paralisações persistirem.