Cai a restrição de distância do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro
No entanto, o terminal terá um limite anual de 6,5 milhões de passageiros. Em 2022, foram 10 milhões
A imposição de que voos de e a partir do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, poderiam ter no máximo 400 quilômetros, acaba de ser revogada pelo Ministério de Portos e Aeroportos. Entretanto, o limite de passageiros no terminal aéreo carioca será de 6,5 milhões por ano, mas sem restrição de destinos ou origens. A medida passa a valer em 2024.
Em 2022, ano em que a recuperação do Turismo pós-pandemia ainda não havia sido plena, Santos Dumont movimentou dez milhões de passageiros, um número bem superior aos 6,5 milhões que estão sendo impostos para 2024.
O objetivo da revogação, segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, é garantir o melhor nível de atendimento à população em conformidade com a capacidade operacional do aeroporto. A pasta garante que houve diálogo com Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, além do governo estadual fluminense, Infraero, Anac, Tribunal de Contas da União, companhias aéreas, concessionárias e outros Estados e municípios, "com base em critérios técnicos e com o intuito de fortalecer a aviação nacional".
As três principais companhias aéreas brasileiras - Azul, Gol e Latam Brasil - comunicaram apoio às mudanças anunciadas pelo Ministério de Portos e Aeroportos buscando o equilíbrio dos aeroportos do Rio de Janeiro, que respeitam os limites necessários à operação do Santos Dumont enquanto oferecem liberdade de escolha ao passageiro.
O próximo passo das companhias será a readaptação de toda a malha no Rio de Janeiro, o que não é algo que acontece da noite para o dia no mundo da aviação. Resta ver como a restrição no volume de passageiros vai impactar as transportadoras e de que estratégia cada uma vai se valer para lidar com essa atualização neste que é um dos aeroportos mais importantes do Brasil.
A portaria que garantia a migração dos voos do Santos Dumont para o Galeão foi assinada em 10 de agosto, pelo então ministro de Portos e Aeroportos Márcio França. A intenção era fazer o terminal internacional voltar um maior volume de tráfego. O Galeão vinha funcionando com 20% de sua capacidade e, em 2022, recebeu menos de seis milhões de passageiros.