CEO da Latam critica restrição de destinos no Santos Dumont
Presidente Lula deve anunciar uma portaria que limita voos do aeroporto a um raio de 400 quilômetros
O CEO da Latam, Jerome Cadier, criticou decisão recente da prefeitura do Rio de Janeiro e do governo federal de limitar os voos do Aeroporto Santos Dumont para pontes aéreas para Congonhas, em São Paulo, e Brasília; transferindo as demais rotas para o Galeão. Para Cadier, não cabe ao governo decidir de que aeroporto o passageiro deve voar ou para que destino determinado terminal vai oferecer voos.
"Definir que um determinado aeroporto só vai servir duas ou três ou uma cidade é tirar do cliente, do passageiro, a decisão de para onde ele quer voar. A gente precisa entender como o mundo trata a aviação. A decisão de para onde voar é do cliente."
Jerome Cadier, CEO da Latam, em entrevista à Globonews
Nesta quinta-feira (10), o presidente Lula (PT) e o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, assinaram uma portaria que restringe as rotas a partir do aeroporto central carioca a um raio de até 400 quilômetros. Dessa forma, as operações no Santos Dumont ficarão restritas a Belo Horizonte, São Paulo (Congonhas) e, provavelmente, Vitória.
"A gente vai trabalhar para dar ao aeroporto do Galeão a melhor conectividade que ele pode ter. Mas acho que a decisão de para onde voar desde o Santos Dumont é uma decisão que precisa ser deixada para o passageiro. E deixar as companhias oferecerem, dada a condição de quantidade de voos no Santos Dumont, quais destinos vão ser conectados", completou Cadier.
Recentemente, a Latam reduziu 30% da sua oferta a partir do Santos Dumont e transferiu parte para o aeroporto do Galeão. A empresa espera o anúncio do governo fluminense sobre o ICMS para poder ampliar a capacidade em GIG.
Com informações do portal O Globo.