Laura Enchioglo   |   25/08/2023 12:42

Aeroporto do Recife tem novo procedimento para visibilidade reduzida

Operação pode ser feita visibilidade mínima de até 100 metros de altura e 1.400 metros de distância


Divulgação/Infraero
Procedimento funciona por meio de equipamentos de geolocalização
Procedimento funciona por meio de equipamentos de geolocalização

Desde 10 de agosto, entrou em vigor um novo procedimento de navegação aérea para o Aeroporto do Recife, o RNP-AR, que permite operação com visibilidade mínima de até 100 metros de altura e 1.400 metros de distância da pista de pouso. A medida oferece um avanço em relação aos 150 metros de altura e 2.200 metros de distância, necessários antes dessa providência.

O procedimento funciona por meio de equipamentos de geolocalização embarcados nas aeronaves e requer tripulação habilitada para utilizá-lo.

Além do novo procedimento, estão em andamento as providências para o religamento completo do ILS, sistema gerido pelos órgãos de navegação aérea e que permite a aproximação por instrumentos em solo, informando a localização da pista e a rampa de pouso. Os trabalhos de ajustes e calibragem devem estar completados em cerca de 20 dias, seguindo-se então os prazos para elaboração e publicação das novas cartas de navegação. O ILS permitirá a operação com visibilidade mínima de cerca de 70 metros de altura e 1.200 metros de distância, um ganho adicional menor do que o obtido agora com o novo procedimento RNP-AR.

O ILS não é um equipamento obrigatório e nem uma exigência da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para a concessão nem para o funcionamento do Aeroporto do Recife. De maio até agora, mesmo com um teto operacional mais restrito, apenas 0,7% dos voos foram alternados para outros aeroportos ou cancelados, um total de 128 voos entre 17.773 operações.

Entenda o caso

Como a pista passou por melhorias, inclusive com a instalação de zonas de segurança antes inexistentes, como as Runway Escape Safety Areas (RESAs), um dos equipamentos do ILS (Glide) precisa ser movido para funcionar de acordo com a nova localização da cabeceira.

No fim de maio, para cumprir as obrigações contratuais da concessão, a cabeceira da pista teve que ser realocada e o Glide, desativado. O desligamento é imprescindível até que sejam concluídos o processo de análise do reposicionamento do equipamento e a revisão das cartas de navegação pelos órgãos de navegação aérea, que estão em andamento. Caso o equipamento permanecesse ligado, poderia induzir os pilotos ao erro. A Aena vem mantendo reuniões e trocas de documentos com os órgãos competentes desde o segundo trimestre de 2022, e em 16 de dezembro abriu junto ao CINDACTA III o processo de ajuste. Entre maio e junho, ajustes ao projeto foram solicitados e entregues pelo aeroporto.


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