Quiosques CVC são lançados como parte de plano de expansão da operadora
Ponto no Shopping Grand Plaza, em Santo André (SP), abre os caminhos para nova estratégia da empresa
Depois de criar as lojas modulares e colher benefícios deste conceito em poucos meses, a CVC passa a investir nos quiosques de shopping center. Nesta sexta-feira, um Quiosque CVC está sendo inaugurado no Shopping Grand Plaza, em Santo André (SP).
O local da inauguração não é uma coincidência: neste shopping na cidade matriz da CVC Corp fica uma das quatro lojas próprias da empresa. A ideia é fazer deste primeiro quiosque um teste para que a operadora avance com este novo modelo e continue sua estratégia de expansão de lojas por meio de franqueados. No primeiro semestre deste ano, a empresa registrou um recorde de 90 aberturas. A CVC tem mais de 1.130 lojas.
Em princípio, os quiosques serão implementados em shoppings onde a CVC já tem lojas. A ideia é fazer deles um ponto adicional às agências já existentes naquele centro de compras. Com este plano, a operadora pretende atrair um público diferente dentro daquele mesmo shopping. A abertura dos quiosques é feita, portanto, em locais estratégicos. No entanto, a empresa estuda abertura em outros ambientes, como atacarejos e até farmácias (veja mais adiante nesta notícia).
O novo modelo de loja CVC pode oferecer duas ou três posições de atendimento. Conta com opções de 9, 12 ou 15 metros quadrados, mas a empresa garante ter flexibilidade para viabilizar formatos específicos. A abertura de um quiosque do menor modelo, com toda estrutura e chave na mão (exceto frete e montagem) sai a partir de R$ 59 mil. O valor está abaixo das chamadas loja light, de médio porte, que saem a partir de R$ 70 mil e das lojas padrão, que são aquelas em bairros mais nobres e shoppings tradicionais, essas a partir de R$ 110 mil.
Preferência é dos atuais franqueados
Administrarão os quiosques os mesmo franqueados que já têm loja no shopping, mas novos interessados em ter uma loja também podem aderir. Essa também é uma maneira de abrir novos pontos de venda a um custo mais baixo, visto que o mesmo gerente da loja pode administrar os negócios nesses pontos de venda adicionais.
"Estamos em praticamente todos os principais centros de compra do Brasil e, com essa expertise, sabemos que é possível atrair consumidores de perfis diferentes em lojas e quiosques. Por isso queremos avançar. Já mapeamos mais de 50 oportunidades de expandir, com quiosques, onde já temos loja", afirma o diretor geral da CVC, Emerson Belan.
O executivo acrescenta que o quiosque está diretamente relacionado à estratégia fígital (jornada do cliente híbrida entre físico e digital) da CVC. "Trata-se de um plano que vem dando muito certo. Mesmo estando em 560 municípios brasileiros, apenas 10% da quantidade de todo o País, vendemos para consumidores de mais de 5,2 mil municípios no ano passado. Esse efeito fígital vem proporcionando para a CVC a penetração em cidades com menor número de habitantes. Não importa onde a jornada do consumidor comece, se na internet ou nas lojas, a CVC está impondo cada vez mais sua liderança", afirma Belan.
Segundo ele, um primeiro teste de quiosque já foi feito em um shopping no Sergipe e este ponto de venda, que comporta duas ou três posições no máximo, é capaz de vender tanto quanto uma loja de dez posições.
Quiosques dentro de outras lojas, de outros setores
Nem só nos shoppings centers estarão os quiosques da CVC. A empresa estuda a implementação deste modelo de atendimento também dentro de outras lojas de outros setores, além de hipermercados onde, segundo Emerson Belan, as lojas modulares também estão com bom desempenho. "Também podemos fazer dentro de metrô, de galerias e malls", afirma o executivo.
A diferença entre um quiosque e um modular é justamente a adaptabilidade deste modelo mais recente. "Os quiosques cabem onde muitas lojas modulares talvez não caibam, como os próprios hipermercados, atacarejos e até grandes farmácias. Estamos em conversa com a rede Pagmenos para inserir nossos pontos de vendas em suas lojas maiores", revela Belan.
Em busca dos 2 mil pontos de venda até 2027
Emerson Belan ambiciona chegar a 2027 com dois mil pontos de vendas do amarelo mais famoso do Turismo do Brasil. O quiosque, segundo ele, é mais uma oportunidade de abrir leque de expansão no número de lojas.
"Desde que voltei para a empresa, estamos trabalhando muito forte na consolidação do número de lojas. Queremos superar a quantidade que um dia já tivemos. As 90 lojas abertas de janeiro a junho de 2024 foi um recorde e o mercado pode se preparar, pois bateremos novos recordes ainda este ano"
Emerson Belan, diretor geral da CVC
Segundo ele, dessas 90 lojas abertas no primeiro semestre, mais de 80% são de pessoas de dentro da CVC, seja franqueado ou gerentes que estão saindo de suas atuais lojas para se tornarem empreendedores. "É um dado muito positivo, pois mostra que o ramp-up dessas lojas é 40% maior do que o ramp-up normal. As lojas atingem maturidade rapidamente."
A CVC não cobra royalties na abertura de lojas ou quiosques, nem taxas de franquia e propaganda. Além disso, oferece suporte operacional, sistemas de vendas e reservas, e ferramentas de inteligência como o CRM. De acordo com a ABF, a CVC é a 16ª maior rede de franquias do Brasil em número de lojas, e a maior no setor de Turismo.