Quem é o público que compra das agências de viagens? Estudo revela
Pesquisa também revela quais são as marcas de Turismo mais lembradas pelos consumidores
Um estudo feito pela empresa Futura Inteligência em parceria com a Apex revelou o perfil do viajante que compra pacotes em agências de viagens. Das pessoas entrevistadas que viajaram nos últimos 12 meses, 24,9% afirmam ter comprado a viagem por meio de agências (físicas ou on-line).
A principal faixa etária do público das agências são os brasileiros de 45 a 59 anos (33,9%), sendo que cerca de 31,2% residem nas capitais do País. Cerca de 14,9% responderam que costumam comprar pacotes de viagens. O perfil desses consumidores se concentra em brasileiros entre 35 e 59 anos e na classe de renda C (29,5%).
Destinos mais desejados
Em relação aos destinos mais desejados por quem compra pacotes de viagens, a Europa (36,6%) e a Argentina (19,9%) ganham a preferência no cenário internacional. Já no Brasil, o Rio de Janeiro é o mais citado (13,6%), seguido do Rio Grande do Sul (10,9%) e dos Estados do Nordeste, Ceará, Bahia, Maranhão e Pernambuco. Vale ressaltar, ainda, que 6,8% dos entrevistados citaram a região Nordeste como destino desejado.
Período preferido para viajar
Os meses de dezembro e janeiro são os mais visados para realizar a viagem, seguido do mês de julho.
Frequência de viagens
À medida em que a renda do entrevistado aumenta, a frequência de viagens também aumenta. Em média o brasileiro viaja 1,9 vezes por ano.
Média de gastos com viagens
A mesma tendência na frequência de viagens por ano também ocorre na média de gastos por viagem. As classes de renda mais elevadas tendem a gastar mais recursos nas viagens realizadas.
Planejamento de compra
Em sua maioria, as viagens são planejadas com até 6 meses de antecedência (68%). Outro número relevante é que 87,5% das viagens são planejadas com até 12 meses de antecedência.
Intenção de viajar
Dos entrevistados, 62,1% pretendem viajar nos próximos 24 meses. Sendo que 85,5% desejam destinos domésticos e 12,8% pretendem ir para o Exterior.
Destinos
Dentre as pessoas que viajaram nos últimos 12 meses, 91,9% optaram por destinos nacionais e 8,1% destinos internacionais. Proporcionalmente à população entrevistada, os grupos que mais viajam pertencem às classes B e C, pois sofreram as maiores variações em relação a essa referência − um aumento proporcional de 7,2% e 7,6%, respectivamente.
As pessoas que mais viajaram pelo Brasil pertencem às classes B e C também, pois, proporcionalmente à amostra da população, elas tiveram aumento proporcional de 7,1% e 8,3%, respectivamente. Já para fora do Brasil, as classes que mais viajaram foram A e B, com variação proporcional de 31% e 14,1%.
Quais empresas de Turismo são mais lembradas pelo consumidor?
De acordo com o levantamento, as marcas mais lembradas pelos entrevistados são a CVC (52%), seguida da Gol (8,2%), 123 Milhas (6,0%), Latam (3,5%) e Decolar (3,4%).
A pesquisa foi realizada entre 17 de julho e 20 de julho deste ano, e mapeou os hábitos e tendências de consumo dos brasileiros no que se refere às atividades turísticas. Foram realizadas 1 mil entrevistas com pessoas com 16 anos ou mais que moram no Brasil.
Retomada do Turismo promissora
O Turismo brasileiro está firmando sua retomada de forma promissora neste ano, prevendo alta de 53,6% no faturamento em relação ao ano anterior, de acordo com estudo da Fecomercio.
Esse crescimento tem sido impulsionado por diversos fatores, como a redução da inflação, o aumento no faturamento do setor em nível nacional, com crescimento em todas as atividades, e ainda, a perspectiva de conquistar novos passageiros.
Além disso, podem ser citados a superação das restrições impostas pela covid-19, o crescente aumento da demanda e a oferta ampliada de assentos. No entanto, é relevante destacar que parte desse sucesso se deve ao aumento nos preços das passagens aéreas, que sofreram um reajuste médio de 23,5% no último ano, conforme registrado pelo IBGE.
Índice de Atividades Turísticas
As atividades turísticas no Brasil também continuam crescendo em 2023. Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE, as atividades tiveram um crescimento de aproximadamente 30% no acumulado do ano de 2022.
Classes A, B e C: intenção de viagem a lazer
Mais de 50% dos entrevistados das classes A, B e C pretendem viajar nos próximos 12 meses, sendo que 54,8% da classe B pretende viajar nos próximos 6 meses.
Panorama econômico
O faturamento do Turismo brasileiro em 2022 alcançou R$ 208 bilhões, representando um crescimento de 28% em comparação com o ano anterior, segundo a Fecomercio. A análise do acumulado do ano de 2022 revelou resultados igualmente promissores, com todos os setores do Turismo apresentando crescimento significativo. Dentre eles, o transporte aéreo se destacou, registrando um faturamento de R$ 66,5 bilhões, representando um aumento de 65,2% em relação ao mesmo período de 2021.
No primeiro trimestre de 2023, o setor turístico brasileiro atingiu seu maior faturamento desde 2015, conforme levantamento da Fecomercio com base no IBGE. Todos os seis grupos analisados registraram aumento anual nos primeiros meses do ano, refletindo a recuperação do setor após desafios recentes e a crescente confiança do público. Com relação ao mesmo período de 2022, a variação foi de +17,4%, com um faturamento de R$ 55 bilhões.
A inflação acumulada nos principais serviços de turismo no País tem mantido uma tendência de queda. Sendo registrada uma queda de -2,10% no primeiro trimestre de 2023 em comparação com -4,25% no mesmo período de 2022. As atividades turísticas no Brasil continuam crescendo em 2023. É possível verificar tal tendência por meio do Índice de Atividades Turísticas, que é divulgado na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE.
De acordo com a pesquisa, as atividades turísticas apresentaram um crescimento de aproximadamente 30% no acumulado do ano de 2022. Tomando como referência o mês de maio, a variação acumulada ao longo dos últimos doze meses foi de 14,5%. Já em relação a maio de 2022, a variação foi positiva em 8,6%. Comparando-se o mês de maio ao longo dos últimos 10 anos, é perceptível a grande queda das atividades em 2020, ano impactado pela pandemia da covid-19 e a subsequente recuperação nos anos seguintes.
Taxa de ocupação hoteleira
Comparado ao ano de 2019, registrou-se uma ligeira queda na taxa de ocupação hoteleira brasileira de -0,3% em 2022, segundo o Informativo do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (InFOHB). No entanto, os demais indicadores apresentaram um crescimento significativo, com aumento de 21,0% na diária média e 20,6% no RevPAR, que é o indicador da receita por quarto disponível, uma das métricas mais significativas da hotelaria. Quanto à análise por região, a taxa de ocupação registrou decréscimo apenas na região Sudeste (-1,5%). Na análise por categoria hoteleira, houve acréscimo na taxa de ocupação apenas no Econômico (1,6%).
No acumulado de janeiro a abril de 2023, em comparação ao mesmo período de 2022, houve alta de 7,3% na taxa de ocupação, 35,4% na diária média e 45,3% no RevPar. Quanto à análise por região, a taxa de ocupação apresentou desempenho positivo em todas as localidades variando entre 0,2% no Nordeste e 8,9% no Centro Oeste. Na análise por categoria hoteleira, apenas acréscimos foram registrados na taxa de ocupação: 8,3% no Econômico; 6,1% no Midscale; e 8% no Upscale.
Transportes
O setor de transporte aéreo desponta como o grande destaque, com um crescimento de 32,4% no faturamento, marca recorde de R$ 18,5 bilhões no primeiro trimestre de 2023.
Apesar dos preços das passagens aéreas estarem retornando a níveis mais razoáveis, existe um grupo importante de consumidores que já se acostumou a viajar de ônibus. Para esses viajantes, a praticidade e os custos, especialmente em rotas de curta e média distâncias, constituem uma oportunidade valiosa para empreendedores do setor de turismo que desejam atrair e atender a essa demanda específica.
Além disso, a locação de veículos também tem sido uma opção cada vez mais procurada pelos consumidores. Os aluguéis, que apresentaram quedas ao longo do ano passado, estão começando a registrar reajustes na tarifa média, mas ainda se mantêm a um valor atrativo. Com o preço dos combustíveis mais em conta em 2023, a demanda pelo modal terrestre é alta.