CVC perde 18% das lojas, mas ainda é a franqueadora líder do Turismo
Empresa encerrou 2021 com 1.165 unidades e é uma das maiores franqueadoras do País, mostra ABF
A CVC encerrou 2021 com 1.165 unidades de franquia espalhadas pelo Brasil, uma perda de 260 lojas (18,2%) na comparação com o ano anterior, mas ainda se mantém como a principal franqueadora de Turismo do País em número de unidades.
No ranking geral, contando todas os setores, a empresa caiu do sétimo lugar em 2020 para o 18º em 2021. Os dados são da Associação Brasileira de Franchising (ABF).
As outras duas empresas de Turismo no top 50 são Localiza e Clube Turismo. A Localiza ganhou 20 novas lojas e cresceu 3,8% no número de unidades no ano passado, chegando a 548. A Clube Turismo perdeu 1,1% de suas franquias, encerrando 2021 com 540. A locadora de veículos está na 39ª posição do ranking geral (em 2020 era 30ª) e a Clube Turismo figura logo na sequência em 40º (em 2020 era 29ª).
HOTELARIA & TURISMO DEMONSTRA RECUPERAÇÃO
Apesar da queda de unidades da maior empresa de Turismo do Brasil, a mesma ABF aponta que o setor de Hotelaria e Turismo teve uma recuperação mais disseminada ao longo do ano passado, fechando 2021 com alta de 19% e sendo o segmento que mais cresceu no quarto trimestre (+15,8%) na comparação com 2020.
A retomada das viagens, alguns eventos e do movimento nos aeroportos muito relacionado ao avanço da vacinação contribuíram com este movimento.
O faturamento total das franquias do Turismo foi superior a R$ 7,9 bilhões em 2021, ante quase R$ 6,7 bilhões em 2020.
Accor, Agaxtur, CI Intercâmbio, Drops Motéis, Flytour Franchising, Flyworld, Hotel 10, Information Planet, Stella Barros, Trust Intercâmbio, TZ Viagens e Voe Viagens e Câmbio são as franquias de que se enquadram em Hotelaria e Turismo na ABF, além das três mencionadas anteriormente, que são as únicas a figurar no top 50.
PROJEÇÕES 2022
A Associação Brasileira de Franchising projeta para este ano de 2022 um crescimento de 9% do faturamento, de 2% das redes, de 5% em unidades e também de 5% no número de empregos diretos gerados pelo setor.
“Quando analisamos o desempenho trimestral das franquias, notamos a formação de uma curva de recuperação que esperamos que vá se manter em 2022. Nesse sentido, os aprendizados da pandemia irão auxiliar muito, principalmente nas áreas de digitalização e inovação das quais teremos mais maturidade e poderemos extrair mais valor. Além disso, os reflexos do crescimento expressivo da base instalada em 2021 devem aparecer com mais força em 2022, dado que, de forma geral, as unidades demoram alguns meses para chegar a seu desempenho pleno”, conclui André Friedheim.
ANÁLISE GERAL
O mercado de franquias consolidou sua curva de recuperação em 2021, compensando grande parte das perdas de 2020 e quase igualando o desempenho de 2019. É o que mostra o balanço anual realizado pela ABF – Associação Brasileira de Franchising. O faturamento das franquias no Brasil passou de R$ 167,187 bilhões em 2020 para R$ 185,068 bilhões em 2021, um crescimento nominal de 10,7%, chegando ao patamar semelhante ao de 2019 que foi de R$ 186,755 bilhões.
No 4º trimestre de 2021, cuja comparação já se deu com um período menos impactado pela pandemia, o crescimento foi de 5%, alcançando R$ 56,663 bilhões, 3,1% acima do mesmo período de 2019. O setor registrou ainda expansões expressivas em número de unidades, redes de franquia e empregos diretos, o que corrobora uma recuperação mais robusta.
O Boticário, Cacau Show, McDonald's, Gazin Semijoias, Ortobom, Pit Stop Skol,Subway, AM/PM, Seguralta e Lubrax+ completam o top dez do ranking ABF das 50 maiores redes de franquias do Brasil por número de unidades.