MTur certifica quatro comunidades indígenas e quilombolas
Reconhecimento integra projeto Experências do Brasil Original, que fortalece o Turismo de base comunitária
O Ministério do Turismo entregou, de forma virtual, certificados às comunidades participantes do programa "Experiências do Brasil Original", selecionando duas comunidades indígenas no Pará e Roraima e duas comunidades Quilombolas em Goiás e no Pará. O certificado visa dar maior visibilidade aos povos originários do Brasil e aos biomas brasileiros.
As comunidades selecionadas foram acompanhadas por uma equipe técnica do MTur e da UFF em atividades de diagnóstico, capacitações, mentorias e oficinas para formatar produtos turísticos e roteiros dentro desses espaços.
O projeto Experiências do Brasil Original, além de oferecer capacitações e mentorias para as comunidades participantes, também aproxima-as de agências de Turismo e do trade turístico local, fortalecendo ainda mais a visitação e a economia local.
“Vamos estimular renda, gerar empregos e, especialmente, dar condições para manter nossa gente nos seus locais de origem, com qualidade de vida, sustentabilidade econômica e ambiental. Precisamos agradecer a essas comunidades que foram pioneiras em participar do projeto, de uma forma organizada, pela UFF e tantos outros parceiros envolvidos nos Estados e nos municípios. Conseguimos conquistar esse primeiro produto para que essas comunidades possam abrir suas portas ao Turismo responsável”
Milton Zuanazzi, secretário nacional de Planejamento, Sustentabilidade e Competitividade no Turismo
Os certificados foram entregues durante uma live com a presença do secretário nacional de Planejamento, Sustentabilidade e Competitividade no Turismo, Milton Zuanazzi, da diretora Barbara Blauti e sua equipe técnica, do professor doutor André Brandão, coordenador de Integração Acadêmica da Universidade Federal Fluminense representando o Reitor da Universidade Federal Fluminense, do coordenador-geral do Projeto, Professor Osiris Marques e toda sua equipe de professores da UFF, além dos representantes das Comunidades certificadas e demais parceiros dos estados e municípios.
As comunidades e suas experiências
- Na Comunidade Indígena Borari, em Alter do Chão, no Pará, os visitantes são convidados a fazerem um “Mergulho Ancestral com as Suraras do Tapajós”, em uma imersão na cultura Tapajônica e tendo como anfitriãs as mulheres indígenas Borari, que apresentam a história de luta e resistência desse povo, compartilhando saberes étnicos e ancestrais, por meio da contação de histórias, música e dança indígena. Além, da experiência do pirarimbo, o fantástico passeio Caboco, a dormida na floresta e o passeio na trilha da reserva Botânica Kuxiimawara Rêdá;
- Em Roraima, na Comunidade Indígena Raposa 1 Serra do Sol, quem chega por lá pode conhecer a paisagem da comunidade e se conectar com a natureza em um banho de cachoeira na “Trilha Cultural da Cachoeira da Raposa”. Outra atividade é a “Imersão cultural no sagrado território Raposa Serra Sol”, onde os turistas têm a oportunidade de praticar a tradicional atividade Macuxi do Arco e Flexa, assistir a dança Parixara, participar da arte de fazer panelas de barro com as Indígenas anciãs, escutar suas histórias e resgate da memória ou ainda fazer a “Caminhada à Serra do Arco-Íris” para ver o pôr sol;
- Partindo para o Quilombo África/Laranjituba, em Moju/PA, uma opção imperdível é a “Cultura do açaí: da extração à degustação”, uma experiência única para conhecer as delícias da fruta. Outra opção é a “Visita à casa de farinha Laranjituba e África: sabor e tradição”, onde é possível conhecer o espaço e ver de perto o processo de produção das farinhas à base de mandioca;
- Na comunidade Quilombola do Povoado do Moinho, em Alto Paraíso/GO, os visitantes são inseridos nas fascinantes histórias da “Confecção das bonecas quilombolas” assistindo cada etapa do processo de confecção, desde a elaboração do corpo até a criação de roupas, cabelos e rostos. Além disso, é possível degustar um delicioso café da manhã ouvindo histórias da Dona Irany sobre sua família e o Quilombo Moinho, com o “Café da manhã com prosa na varanda”.