Preço do querosene de aviação é tema de debate entre ministérios
Pastas do Turismo, de Portos e Aeroportos e de Minas e Energia buscam soluções para baratear valores
Os ministérios do Turismo, de Portos e Aeroportos e de Minas e Energia estão debatendo a redução do preço do QAV (querosene de aviação civil) que, segundo a Anac, representa mais de 36% do preço das passagens aéreas no País.
O encontro dos ministros aconteceu na última segunda-feira (20) no gabinete de Alexandre Silveira, da pasta de Minas e Energia. Na ocasião, os ministros também discutiram a redução no preço dos combustíveis de maneira geral, incluindo também o valor atual da gasolina.
"Nos preocupa o fato de que o preço do combustível pode atrapalhar o bom momento que vive o Turismo brasileiro, em especial na alta temporada que começa em novembro. A reunião de hoje é mais um ação do governo federal para tratar dessa questão que é um gargalo para toda a nossa atividade"
Celso Sabino, ministro do Turismo
Mais de 90% da produção nacional de QAV é de responsabilidade da Petrobras, único importador de combustível do País. Segundo o MTur, a estatal estaria praticando 13% acima do preço de paridade internacional, com preço por litro 0,49 centavos acima do Preço de Paridade de Importação (PPI).
"A alta no preço do combustível tem prejudicado fortemente no crescimento da aviação civil e do turismo nacional. Enquanto no Brasil o impacto do QAV nas passagens é de quase 40%, no restante do mundo ele representa entre 18% a 22% no preço médio das passagens aéreas".
Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos
Atuação da Abear
No início deste mês, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) reuniu-se com representantes do governo no Congresso Nacional para apresentar uma agenda de desafios do setor aéreo, que inclui a pauta do preço do QAV. Segundo a presidente da entidade, Jurema Monteiro, também é fundamental colocar em pauta a política de desregulamentação do setor aéreo para conseguir atrair novas empresas para este mercado.