Setor de serviços puxa criação de empregos em março
Dos 195 mil postos de trabalho criados, 122 mil foram no setor de serviços
A retomada das obras de infraestrutura paralisadas desde o ano passado, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista agora de manhã à rádio CBN, foi uma das principais razões para o crescimento do número de empregos formais criados no mês passado. Em março, foram criados 195.171 postos de trabalho com carteira assinada, segundo os dados divulgados ontem pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. “Começamos o ano com mais de 14 mil obras paralisadas e que foram sendo retomadas desde o início do governo. Os resultados apareceram nos dados do Caged divulgados ontem para março”, disse.
O número representa aumento de 97,6% em relação a março do ano passado e registra a maior abertura de vagas desde setembro de 2022. O indicador do Caged mede a diferença entre contratações e demissões e apresentou resultado positivo no mês passado, após recuos em janeiro e fevereiro. Os dados do Caged mostram que nos primeiros três meses do ano foram abertas 526.173 vagas, resultado 15% mais baixo que no mesmo período do ano passado.
Serviços e região Sudeste criaram mais vagas
O setor de serviços foi o responsável pela criação do maior número de empregos formais em março, com a abertura de 122.323 postos, seguido pela construção civil, com 33.641, e pela indústria de transformação, extração e outros tipos, que criou 20.984 postos de trabalho. O nível de emprego aumento no comércio, com a abertura de 18.555 postos e, dos cinco setores pesquisados, somente a agropecuária teve recuo nas vagas criadas, com o fechamento de 322 postos de trabalho com carteira assinada, em razão do fim da safra de vários produtos, segundo levantamento do Caged.
Regionalmente, o Sudeste liderou a abertura de vagas, com 113.374 postos de trabalho, seguido pelo Sul, com 37.441, e pelo Centro-Oeste, com 22.435. No Nordeste foram abertos 14.115 postos de trabalho e, no Norte, 10.077 vagas. Entre os Estados brasileiros, 22 registraram saldo positivo na criação de empregos formais, liderados por São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, e cinco unidades da Federação extinguiram vagas, sendo que os três piores resultados foram em Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.