MTur e Embratur promovem debate sobre inserção de pessoas trans no mercado
Debate aberto ao público discutiu a inserção de pessoas trans no mercado de trabalho
Em comemoração ao Dia Nacional da Visibilidade Trans, o Ministério do Turismo e a Embratur promoveram uma roda de discussão aberta ao público com a temática "Inserção de Pessoas Trans no Mercado de Trabalho".
O público presente participou do debate com perguntas e relatos sobre a temática da visibilidade trans. O encontro aconteceu um dia após a primeira marcha pela visibilidade trans e travesti de Brasília, organizada pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e pelo Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat).
O Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo, segundo a TGEU (Transgender Europe), por 15 anos consecutivos. A maioria das vítimas mortas em 2023 foi de travestis e mulheres trans, jovens entre 15 e 29 anos, que vivenciam a sua identidade de forma aberta e pública de acordo com a Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais).
“É uma questão de reparação. Não é só conquista. É reparação e conquista. Eu tenho certeza que todo mundo aqui vai levar para casa um pedacinho de conhecimento. E a gente está falando tanto em visibilidade, né? Então, vamos tornar isso mais visível. É uma questão de humanidade. É uma questão de respeito, mas também de capacidade e inovação”
Ana Carla Lopes, secretária Executiva do MTur
Outras ações em prol do público LGBTQIA+
Em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, o MTur lançou, no ano passado, a cartilha "Bem atender: turistas LGBTQIA+" visando orientar prestadores de serviços turísticos a como melhor receber esse público. O documento oferece esclarecimentos sobre discriminação, identidade de gênero, orientação sexual e conceitos importantes, como cisgênero e transgênero, não binário, transexuais, intersexo, homem e mulher trans e travesti.
A publicação também enfatiza a melhor maneira para se referir principalmente à população trans, para que não haja uma ação preconceituosa. “Trate as pessoas pelos pronomes de tratamento Senhor ou Senhora de acordo com a identidade de gênero. Se tiver dúvida, pergunte como a pessoa prefere ser chamada”, recomenda o Guia.
No início deste ano, Rio de Janeiro e São Paulo tiveram destaque em publicações especializadas em Turismo LGBTQIA+. O Rio de Janeiro foi considerado um dos oito destinos dos sonhos para esse público segundo o site norte-americano GayCities. A capital fluminense está em 8º lugar no ranking das melhores cidades LGBT de 2023, elaborado com base em 100 mil votos de internautas. Já a cidade de São Paulo e o município de Ubatuba foram considerados os destinos brasileiros mais amigáveis à população LGBTQIA+ mundial segundo o jornal Passport Magazine.