Audiência discute estadualização do Parque Chapada dos Guimarães (MT)
Governador de Mato Grosso quer investir R$ 200 milhões ao longo de três anos na unidade de conservação
Uma audiência da Comissão de Meio Ambiente discutiu a estadualização do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, de autoria da senadora Margareth Buzetti. O governador de Mato Grosso quer investir R$ 200 milhões ao longo de três anos na unidade de conservação para alavancar o Turismo na região.
"Nós estamos fazendo esse pleito de ter possibilidade de fazer esses investimentos, porque a baixada cuiabana é hoje uma das poucas regiões do estado que não tem uma nova alternativa econômica, como foram construídas no interior. E a mais importante vocação econômica dessa região é o Turismo. O parque carece de infraestrutura e cuidados e, com esse investimento, iremos mudar essa realidade e fomentar o Turismo na região"
Mauro Mendes, governador do Mato Grosso
O presidente do Instituto Chico Mendes, Mauro Pires, alegou que os atributos do Parque Nacional Chapada dos Guimarães apontam que o mais adequado é que ela permaneça sob responsabilidade federal.
"O que que é que faz o Parque Nacional Chapada dos Guimarães ser considerado nacional? É porque, diferentemente do estado e do município, o nacional quer dizer que ele tem uma representação para todo o país. Por isso que a gente cria parque nacional ou uma reserva natural administrada pelo governo federal, porque ela, dentro do sistema, olhando o país por inteiro, é uma proporção do território que tem atributos suficientes para serem conservados, preservados pelo governo federal"
Mauro Pires, presidente do Instituto Chico Mendes
Segundo Mauro Mendes, a estadualização é necessária pois o governo do estado não pode investir no parque no modelo atual, já que o parque está em curso de ser concedido para a iniciativa privada. A consultora do Observatório Socioambiental de Mato Grosso, Edilene do Amaral, realizou uma mediação das partes interessadas e pediu para que o debate continuasse em ocasiões futuras, para que se discuta também o desenvolvimento econômico da região.
*com informações da Rádio Senado