Corporativo fatura R$ 1 bilhão em outubro, 4% de queda para 2019
Hotelaria e Aviação puxam resultados para baixo, apesar de outros setores terem apresentado boa alta
O setor de viagens corporativas encerrou outubro de 2022 com faturamento de R$ 1 bilhão, segundo dados divulgados hoje pela Associação Brasileira de Agência de Viagens Corporativas (Abracorp). O índice está 4% abaixo do mesmo mês em 2019, ano imediatamente pré-pandemia.
Os setores de Hotelaria e Aviação, os dois de maior faturamento na média histórica, foram os principais responsáveis pela queda. O de hospitalidade teve variação negativa de 4,41% e o de serviços aéreos ficou 8,25% abaixo de outubro de 2019.
Dos 11 setores pesquisados pela Abracorp, apenas quatro apresentaram variação positiva no mesmo período comparativo. Os destaques positivos vão para para Locação de Veículos, Transfer e Rodoviário, mas do total dos itens pesquisados pela Abracorp, eles somam apenas 3,86%.
ACUMULADO DO ANO TAMBÉM 4% ABAIXO
No período de janeiro a outubro, o faturamento de 2022 fechou com R$ 9,2 bilhões, ainda 4% abaixo a igual período de 2019, com R$ 9,6 bilhões, segundo a Abracorp."HOTELARIA E AVIAÇÃO BEM, APESAR DA QUEDA"
O presidente executivo da Abracorp, Gervásio Tanabe, lembra que mesmo com a queda desses setores em outubro, “os segmentos hoteleiro e de viagens aéreas continuam a mostrar bom desempenho”.Em relação aos setores com crescimento, Tanabe destaca o crescimento do rodoviário, de 92% e faturamento em outubro de R$ 2,4 milhões, quase dobrando em relação a 2019. “Essa participação, mesmo que ainda pequena, demonstra uma tendência na mobilidade. Alguns trechos estão sendo abastecidos por essas alternativas e é uma tendência que veio para ficar”, diz Tanabe.
TECNOLOGIA CARA
Ainda na visão do presidente executivo, um dos principais desafios no setor é como enfrentar os altos custos impostos pela tecnologia. "A disponibilidade de conteúdos torna-se cada vez mais complexa no cenário da inclusão digital. Se por um lado oferece importantes benefícios como a agilidade e segurança nas transações, por outro, os custos nesse ecossistema são, cada vez mais, crescentes. E o uso intensivo da tecnologia não implica em redução de mão de obra em serviços, como ocorre no setor industrial” conclui Tanabe.