Abracorp espera chegar próximo aos números de 2019 até julho
Apesar da ômicron, entidade mantém perspectivas positivas em relação a 2022

Em dezembro, o faturamento do setor atingiu R$ 530,3 milhões, 125% acima do resultado de 2020 (R$ 235 milhões), mas ainda 27% abaixo do mesmo mês de 2019 (R$ 729 milhões). Em 2021 como um todo, a receita total alcançou R$ 4,3 bilhões, o que representa cerca de 40% do faturamento do pré-pandemia (e uma queda de 61%), que foi de R$ 11,4 bilhões, e um crescimento de 18% em comparação aos números de 2020 (R$ 3,7 bilhões e diminuição de 68% em relação a 2019).

“Vemos que a contaminação da ômicron mostra um grau de gravidade menor. Por isso, vemos um contexto, após o Carnaval, mais positivo e, com mais segurança, no segundo trimestre do ano. Nossa expectativa é que a questão da covid-19 seja reduzida ao longo deste primeiro trimestre, com um cenário econômico e político mais positivo. Estamos trabalhando agindo em relação à PL 908, que diz respeito à responsabilidade solidaria, e também ao IRRF a 25%. É uma luta terrível que o agenciamento está passando, junto com as entidades, para mudar isso”, conta o presidente executivo da associação, Gervasio Tanabe, durante coletiva de imprensa realizada hoje (28).

NÚMEROS
De acordo com dados do BI da Abracorp, em relação a 2019, em 2021 o segmento aéreo nacional apresentou uma queda de 58% no faturamento, registrando R$ 4,6 milhões. Dentro disso, Tanabe citou uma mudança na questão dos aeroportos.
“Percebemos que Congonhas sempre este presente entre as dez principais rotas, seja como destino final ou origem. Em 2021, vimos que, dentre os top 10, aparecem outros, como Guarulhos e Viracopos, mostrando que as empresas transformaram estes terminais em fortes hubs domésticos. É só ver o share que a Azul teve, um número jamais obtido pela aérea no mercado nacional. E isso é um alerta de uma suposta mudança ou tendência de mudança de viagens”, aponta.
Na hotelaria percebeu-se uma recuperação melhor, principalmente dos hotéis independentes, que tiveram uma participação, em 2021, de 59%, em relação aos 51% em 2019. O faturamento sofreu um decréscimo de 40%, ainda impactado pela covid-19 e as restrições de viagens. O total de room nights, somando as principais e as outras redes hoteleiras, sofreu uma variação negativa de 31,9%, indo de 9.862.038 em 2019 para 6.713.608 em 2021. Além disso, valor da diária média também diminuiu, de R$ 228 para R$ 200.
Locação foi o setor que teve a melhor performance, uma vez que as pessoas estão escolhendo viajar mais de carro e para lugares mais próximos (tanto a lazer, quando a trabalho). Enquanto quase todo o setor de viagens corporativas caiu 70%, este segmento teve um crescimento de 5,4%.