Felippe Constancio   |   16/01/2017 12:21

Por que os pagamentos estão mudando nas viagens corporativas?

Assim como em outros setores, a recente crise impactou o fluxo de caixa das viagens corporativas, tornando os prazos de pagamentos aos seus clientes um grande desafio

Os tempos são de mudança. Podemos observar o que ocorreu no segmento musical, por exemplo. Até pouco tempo, o Itunes estava bem posicionado na comercialização de músicas. Mas nos últimos dois anos, o Spotify abocanhou a maçã com um serviço mais simples e barato ao usuário - e mais favorável à indústria fonográfica. Além de músicas, o serviço de streaming veio lembrar uma história que você já ouviu: em determinado momento de um mercado, um player novo aparece com uma solução tecnológica inovadora para mudar o ritmo.

Kurt Bauschardt/Flickr

No mercado de viagens, rompimento de padrões são (pre)vistos em diversos segmentos, dado o movimento de toda a indústria à tendência de serviços com foco no viajante. O rompimento do padrão de um segmento deve mudar o ritmo de todos. À beira de uma dinâmica mais simples, segura e transparente, novas soluções aos meios de pagamento devem influenciar intermediadores tais como plataformas de gestão de reservas como a Argo, Cangooroo ou Lemontech, OTAs (Decolar.com e Expedia) e agências de turismo (Flytour, Maringá, Avipam, Ancoradouro) a optar pelo uso dos cartões virtuais de uso único, conhecidos como VCN.

Mas por que as novas soluções ganham força agora?

Assim como em todos os setores, a recente crise econômica também impactou o fluxo de caixa no setor de viagens corporativas, tornando a manutenção dos atuais prazos de pagamentos concedidos aos seus clientes um grande desafio para que as agências.

“A gestão de pagamentos dos provedores de serviços como hotéis, passagens aéreas e reservas de carros é um dos grandes desafios das agências corporativas. A solução que a nossa ferramenta apresenta é a conciliação automática das despesas, além de integrar processos de pagamento com a gestão e geração de relatórios de despesas de viagens" comenta o CEO da Wex na América Latina, José Roberto Kracochansky.

Diante deste cenário econômico, as agências começaram a assimilar a necessidade de um alinhamento de papéis na indústria, deixando que empresas de pagamento assumam a frente nas transações.

"As agências sofreram com a crise que se instalou no país a partir de 2015. Diversas redes hoteleiras começaram a exigir o pagamento através do cartão virtual, foi assim que a Wex se posicionou no País, ofereceu seus serviços reconhecidos internacionalmente e passou a atender agências corporativas através de um sistema integrado", afirma Kracochansky.

VANTAGENS

Divulgação Wex
José Roberto Kracochansky, CEO da Wex na América Latina
José Roberto Kracochansky, CEO da Wex na América Latina
A nova tecnologia de pagamento permite melhor rastreabilidade e conciliação com todas as operações através dos cartões virtuais, além de dar agilidade operacional e transparência. A Wex se espalha entre agências corporativas que visam preservar equilíbrio financeiro, ajustando o prazo de pagamento com o reembolso dos prestadores de serviços.

"Os cartões virtuais são mais eficazes na prevenção de fraudes e agilizam os pagamentos. Quando a agência entra no software de gestão de viagens consegue visualizar a opção de pagamento via VCN. Para ativação do serviço, é preciso que o cliente entre em contato conosco previamente para aprovação do limite de crédito. Depois de aprovado, a geração do VCN é automática no processo de reserva e será facilmente identificado na conciliação pois este é um número referente ao usuário único", explica o executivo.

No começo desta semana, o Sabre anunciou que selou uma parceria com a Wex que dá a possibilidade de TMCs e agências gerenciar pagamentos na plataforma Sabre Red, enquanto as corporações e os viajantes de negócios terão acesso por meio do Sabre Traveller Experience Platform. No final do ano passado, a empresa de pagamentos, sem um concorrente direto para seu serviço no Brasil, entrou no sistema da Argo.

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