Gestor de risco sugere atenção total em tempos de terrorismo
Mas para o especialista em risco e CEO da iJet Internacional, Bruce McIndoe, o gerenciamento de risco deve ir além das viagens e eventos corporativos nos dias de hoje.
Gerenciamento de risco tem muitos motivos para ser colocado em segundo plano. Além de trazer custos, ele trabalha com chances mínimas do plano de viagem dar errado a partir de fenômenos naturais ou fatalidades. Em certos casos, considerar as chances de acidentes pode quebrar o itinerário perfeito, como quando um grupo de viajantes corporativos precisa ser separado simplesmente por ser de um mesmo setor na empresa.
Exagero? Em junho de 2009, quando o Airbus A330 da Air France caiu no Atlântico partindo do Rio de Janeiro para Paris, a empresa francesa CGED perdeu dez funcionários que estavam acompanhados de nove cônjuges - todos aproveitavam uma viagem de incentivo.
Entretanto, para o especialista em risco e CEO da Ijet Internacional, Bruce McIndoe, o gerenciamento de risco deve ir além das viagens e eventos corporativos nos dias de hoje. Para uma conjuntura de disseminação de doenças e ameaça de terrorismo, o executivo sugere que os viajantes sejam cada vez mais bem orientados sobre como solicitar serviços a seu conforto e segurança e que o gerenciamento de risco seja generalizado.
"Vemos mais e mais casos de terrorismo em Bruxelas, Paris e Istambul. Nós temos muita gente em escritórios e por isso temos falado sobre gerenciamento de risco de pessoas. Olhando de maneira geral, todo mundo é impactado - e não apenas os viajantes temporários. Por isso, basta olharmos para a Olimpíada e às cidades que contam com um staff para isso para ver que é preciso considerar o gerenciamento geral de todos."
Para McIndoe, é fundamental que as empresas se preparem para um gerenciamento de ponta. "É o que temos pregado. É tudo uma questão de conhecimento, de preparação. Você não trabalhar no 'modo reativo', então, sempre que puder, evite que seu viajante tenha problemas."
O "modo reativo" ao qual o executivo se refere é um dos recursos da ferramenta Travel Risk Management Maturity Model (TRM3) lançado pela iJet junto com a GBTA, em abril deste ano. O software, que traz um desempenho detalhado de cada área do gerenciamento de risco no programa de uma empresa, mede a qualidade em uma escala de um a cinco - "modo reativo", quando a empresa não tem um programa proativo de gerenciamento de risco e o responsável apenas reage ao ocorrido; "modo definido", quando a empresa tem políticas mas peca na execução destas; "modo proativo", quando os empregados da empresa incorporam as políticas em treinos; "modo gerenciado", quando a empresa já tem seus processos aplicados e executados; e "modo ótimo", quando a empresa atinge seu nível de maturidade em gerenciamento de risco.