Pandemia mostra que certos eventos serão apenas digitais
Tema teve como plano de fundo pesquisa da MPI Brasil apresentada na quinta edição do Congresso Mice
A quinta edição do Congresso Mice Brasil, promovida durante a Semana Virtual EBS (de 14 a 18 de setembro), teve início hoje e trouxe para discussão uma pesquisa conduzida pela MPI Brasil com 184 participantes de 162 empresas, que teve como objetivo entregar para o mercado Mice um termômetro e uma perspectiva do que pode acontecer nos próximos meses.
Com profissionais de companhias do segmento financeiro, de seguros, farmacêutico, de consumo, associações, tecnologia e agro, para 30,2% deles, de 50% a 70% da verba de marketing de 2019 foi investida em ações presenciais. Perguntados sobre a retomada dos eventos físicos, a maioria (51,45%) respondeu que não há uma previsão e que ela acontecerá provavelmente apenas quando houver vacina ou outra medida de imunização.
Sobre como será quando os encontros voltarem, 67,6% acreditam que eles serão em sua maioria híbridos, dando opção ao convidado de participar presencial ou virtualmente. Dos 184 respondentes, 29,5% são da opinião que alguns tipos de eventos nunca mais sejam presenciais, assim como outros só farão sentido acontecendo fisicamente.
“Sou da opinião de que o setor entendeu que alguns eventos funcionam no modelo on-line e que nunca mais precisarão ser presenciais, como mini meetings e treinamentos. Assim como acredito que alguns dos encontros não fazem sentido acontecer no virtual. A mensagem importante que queremos passar com a pesquisa é que realmente precisamos abraçar essa mudança e incorporar as qualidades e competência dos eventos digitais nas nossas vidas”, afirma o presidente da MPI Brasil, Igor Tobias.
E A REALIDADE?
Para debater os resultados do levantamento, a fundadora e CEO da Evento Único, Roberta Nonis, a gerente sênior de Eventos, Viagens e Cartões na MSD, Thaís Santos, e a gerente de Mídia e Planejamento na Warner Bross Pictures, Ana Lúcia Guedes, participaram do painel, trazendo a realidade de suas empresas e como estão agindo diante deste “novo normal”.
“Percebemos que a ferramenta digital foi convencendo segmentos mais reticentes de que ela também é eficaz. Além disso, com os gestores no topo da pirâmide, que são os responsáveis para passar o briefing para a base, saber o que eles estão esperando ajuda o mercado a pensar em como sobreviver e talvez até a se readaptar a essa nova situação que estamos vivendo”, diz Roberta.
Com as empresas de cada segmento sentindo o impacto de uma forma diferente, parar o planejamento atual de eventos, repensar, se reinventar e se adequar à nova realidade da covid-19 foi indispensável. Seja passando a trabalhar com os formatos digitais ou postergando o encontro para o próximo ano, tudo precisou mudar a partir do mês de março.
“O que aconteceu no mercado de entretenimento, e diretamente com a nossa empresa, foi que não só paramos com os eventos, mas também com os lançamentos de filmes. Estamos totalmente parados, esperando os cinemas reabrirem para voltarmos a trabalhar. O impacto no nosso negócio foi de 100%. Sentimos muita falta dos eventos e o produto cinema é presencial, não tem como ser substituído. Então esperamos muito pela volta, com protocolos e segurança”, explica Ana.
SEGURANÇA
A impossibilidade de realizar encontros físicos vale também para a indústria médica e farmacêutica. Enquanto não houver segurança para as pessoas, não há como colocá-las em campo. De acordo com Thaís, que também é coordenadora do Comitê de Eventos da Alagev, muito se discute sobre a retomada na comunidade, mas ainda não há previsão.
“Tínhamos muita resistência com os eventos virtuais, mas estou me surpreendendo com o que estou vendo no mercado. Estamos percebendo uma adaptação muito grande para o formato digital. Claro que isso não quer dizer que tudo será on-line e não teremos mais o presencial, mas muitos congressos, por exemplo, estão acontecendo digitalmente e poucos foram prorrogados para o ano que vem”, conta.
Por mais que o setor queira que os eventos sejam liberados pelos governos para voltar a acontecer, a decisão estará, na verdade, muito mais nas mãos do público e dos investidores. Se não houver patrocínio e participantes, a retomada não fará sentido.
“O grande xis da questão é que temos de ter muita calma neste momento e aproveitá-lo como uma oportunidade de encontrar uma nova forma de repensar as nossas práticas e que mundo queremos para o mercado Mice”, finaliza a CEO da Evento Único.
Com profissionais de companhias do segmento financeiro, de seguros, farmacêutico, de consumo, associações, tecnologia e agro, para 30,2% deles, de 50% a 70% da verba de marketing de 2019 foi investida em ações presenciais. Perguntados sobre a retomada dos eventos físicos, a maioria (51,45%) respondeu que não há uma previsão e que ela acontecerá provavelmente apenas quando houver vacina ou outra medida de imunização.
Sobre como será quando os encontros voltarem, 67,6% acreditam que eles serão em sua maioria híbridos, dando opção ao convidado de participar presencial ou virtualmente. Dos 184 respondentes, 29,5% são da opinião que alguns tipos de eventos nunca mais sejam presenciais, assim como outros só farão sentido acontecendo fisicamente.
“Sou da opinião de que o setor entendeu que alguns eventos funcionam no modelo on-line e que nunca mais precisarão ser presenciais, como mini meetings e treinamentos. Assim como acredito que alguns dos encontros não fazem sentido acontecer no virtual. A mensagem importante que queremos passar com a pesquisa é que realmente precisamos abraçar essa mudança e incorporar as qualidades e competência dos eventos digitais nas nossas vidas”, afirma o presidente da MPI Brasil, Igor Tobias.
E A REALIDADE?
Para debater os resultados do levantamento, a fundadora e CEO da Evento Único, Roberta Nonis, a gerente sênior de Eventos, Viagens e Cartões na MSD, Thaís Santos, e a gerente de Mídia e Planejamento na Warner Bross Pictures, Ana Lúcia Guedes, participaram do painel, trazendo a realidade de suas empresas e como estão agindo diante deste “novo normal”.
“Percebemos que a ferramenta digital foi convencendo segmentos mais reticentes de que ela também é eficaz. Além disso, com os gestores no topo da pirâmide, que são os responsáveis para passar o briefing para a base, saber o que eles estão esperando ajuda o mercado a pensar em como sobreviver e talvez até a se readaptar a essa nova situação que estamos vivendo”, diz Roberta.
Com as empresas de cada segmento sentindo o impacto de uma forma diferente, parar o planejamento atual de eventos, repensar, se reinventar e se adequar à nova realidade da covid-19 foi indispensável. Seja passando a trabalhar com os formatos digitais ou postergando o encontro para o próximo ano, tudo precisou mudar a partir do mês de março.
“O que aconteceu no mercado de entretenimento, e diretamente com a nossa empresa, foi que não só paramos com os eventos, mas também com os lançamentos de filmes. Estamos totalmente parados, esperando os cinemas reabrirem para voltarmos a trabalhar. O impacto no nosso negócio foi de 100%. Sentimos muita falta dos eventos e o produto cinema é presencial, não tem como ser substituído. Então esperamos muito pela volta, com protocolos e segurança”, explica Ana.
SEGURANÇA
A impossibilidade de realizar encontros físicos vale também para a indústria médica e farmacêutica. Enquanto não houver segurança para as pessoas, não há como colocá-las em campo. De acordo com Thaís, que também é coordenadora do Comitê de Eventos da Alagev, muito se discute sobre a retomada na comunidade, mas ainda não há previsão.
“Tínhamos muita resistência com os eventos virtuais, mas estou me surpreendendo com o que estou vendo no mercado. Estamos percebendo uma adaptação muito grande para o formato digital. Claro que isso não quer dizer que tudo será on-line e não teremos mais o presencial, mas muitos congressos, por exemplo, estão acontecendo digitalmente e poucos foram prorrogados para o ano que vem”, conta.
Por mais que o setor queira que os eventos sejam liberados pelos governos para voltar a acontecer, a decisão estará, na verdade, muito mais nas mãos do público e dos investidores. Se não houver patrocínio e participantes, a retomada não fará sentido.
“O grande xis da questão é que temos de ter muita calma neste momento e aproveitá-lo como uma oportunidade de encontrar uma nova forma de repensar as nossas práticas e que mundo queremos para o mercado Mice”, finaliza a CEO da Evento Único.