Beatrice Teizen   |   25/02/2025 08:30

Alagev fortalecida e pronta para novos desafios: veja como foi 2024

Associação concluiu o ano passado chegando a 540 associados, o que representa um crescimento de 22%

PANROTAS / Emerson Souza
Luana Nogueira, Diretora Executiva da Alagev
Luana Nogueira, Diretora Executiva da Alagev

Em dezembro de 2024, Luana Nogueira completou um ano como diretora executiva da Alagev, chegando em 2025 com uma Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas transformada não só em sua estrutura, mas também em seu modelo de gestão. Ao longo deste período, foram mais de 80 entregas diferentes.

Posicionamento de marca, produtos Alagev, números recordes, braço educacional, networking, pesquisas. Tudo isso fez parte do ano da entidade e da gestão de Luana, que vem prezando por fomentar uma rede de relacionamento ampla, qualificada e profissional, possibilitando um ambiente de troca, trazendo temas sensíveis para o setor.

“Trabalhamos bem o E e o S [de ESG] e agora focamos em trabalhar o G de forma estruturada para dar voz e conhecimento à estrutura da governança. É sobre não só parecer ser, mas fazer. Nossas pesquisas no site agora tem uma configuração mais dinâmica, por meio de dashboards, revolucionamos os formatos das nossas reuniões globais, desenvolvemos o projeto do Alagev Educa, nos aproximamos de diversas entidades de classe. Foi um ano de conquistas”, comemora a executiva.

A Alagev concluiu 2024, inclusive, chegando a 540 associados, um crescimento de 22%, sendo 5,6% de pessoas físicas, 36,3% de fornecedores e 58,1% de clientes, atingindo o público de 2,2 mil pessoas direta e indiretamente. Foi o primeiro ano em que a entidade superou o número de associados clientes. Outro ponto de destaque levantado por Luana foi a conquista de novos contratos de mantenedores que a associação não tinha relacionamento antes. Atualmente, são 15 empresas apoiadoras, de diferentes áreas de atuação, como TMCs, tecnologia, companhia aérea, hotelaria, entre outras.

“Criamos uma estrutura mais forte de processos dentro da Alagev e vamos continuar arrumando a casa em 2025 para ter mais transparência. Neste ano estaremos com um novo fluxo de associados para um ganho de tempo em processos estratégicos e estamos focados em inteligência artificial para ajudar o gestor em uma melhor tomada de decisão. Além do incremento do valor para o associado e mantenedor. O foco é continuar trabalhando para que a percepção do membro seja que é melhor estar dentro – do que fora – da entidade”, complementa.

Câmbio desafia o ano

PANROTAS / Emerson Souza
Luana Nogueira no palco do Lacte de 2024, logo após ter assumido o cargo
Luana Nogueira no palco do Lacte de 2024, logo após ter assumido o cargo

Com um câmbio de dólar desfavorável, que ultrapassou os R$ 6 no começo do ano, muitos são os desafios quando se fala em viagens internacionais. Segundo Luana Nogueira, as empresas vão continuar realizando viagens, mas selecionando melhor para que as pessoas viajem menos – participando de dois, três ou quatro compromissos em um mesmo deslocamento.

“Acredito que o tempo médio da viagem não tende a aumentar. A regularidade se mantém, assim como o budget. Mas a duração da viagem pode até mesmo ser reduzida por conta do câmbio”, opina.

Em relação aos eventos internacionais, assim como viagens de incentivo e Mice como um todo, a diretora da Alagev supõe que o câmbio alto acaba sendo uma vantagem para que as companhias tenham novas ideias e para facilitar a captação de eventos para o Brasil.

“No entanto, neste sentido, enfrentamos uma questão de infraestrutura e malha aérea, pois ainda não voltamos à quantidade de assentos disponíveis de antes da pandemia. E na oferta hoteleira o tíquete médio vem aumentando nas grandes cidades, o que tem sido um grande desafio para as viagens e eventos.”

Gestor de viagens precisa se preparar

É por conta destes desafios constantes que o gestor de viagens precisa estar atento às novas tendências e às mudanças de paradigma. O travel manager tem de saber que o jeito de negociar não é mais o mesmo de dois anos atrás.

“As margens estão mais reduzidas. Quando pensamos em sustentabilidade, pensamos em longos contratos, negociações longevas. E pensar no ganha-ganha, em uma questão de valor, em parcerias de longo prazo. O gestor não pode ser imediatista e trocar de fornecedores a cada 12 meses, pois assim não é benéfico para ninguém”, conclui Luana Nogueira.

Em um mercado que movimentou mais de R$ 120 bilhões de janeiro a novembro de 2024, segundo dados do Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), realizado pela FecomercioSP em colaboração com a própria Alagev, o gestor de viagens precisa, cada vez mais, mostrar seu valor como profissional estratégico dentro da empresa e o quanto sua área é importante para o sucesso do negócio como um todo. E que estar junto com entidades do setor fortalece sua atuação e fomenta o benchmarking.

Mais conteúdos no Anuário PANROTAS de Eventos e Viagens Corporativas

Esta matéria é parte integrante do Anuário PANROTAS de Eventos e Viagens Corporativas 2025, onde você encontra várias outras dicas e insights para o seu negócio.


Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados