Alagev celebra 20 anos; veja os projetos da associação para 2023
Completando 20 anos em 2023, a associação não tem medo de encarar temas polêmicos
Com a atual diretoria composta exclusivamente por mulheres, a Alagev mostra ao setor de viagens e eventos corporativos que a representatividade feminina pode fazer os negócios irem longe. Juliana Patti, Luciana Dantas, Flavia Buiati e Giovana Jannuzzelli que o digam: são elas as cabeças por trás das novas comunidades, iniciativas e eventos que já estão sendo colocados em prática pela associação neste ano.
“É uma gestão que imprime o olhar feminino e de inclusão. Queremos mostrar ao mercado que há mulheres na diretoria, mulheres que assumem cargos de liderança, que têm histórico e que mostram que isso é possível a outras mulheres”, destaca a diretora executiva da Alagev, Giovana Jannuzzelli.
Completando 20 anos em 2023, a associação não tem medo de encarar temas polêmicos, desde que sejam importantes ao setor. A representatividade feminina é apenas um deles. Questões como racismo, inclusão e ESG, que nem sempre ganham a devida atenção do mercado, também terão todos os holofotes da Alagev neste ano.
Na 18 ª edição do Lacte, o recado está dado: ‘Enfrentemos todos o racismo - Se você não enfrenta, sua omissão permite’. A provocação ao setor é destaque do primeiro lounge do Movimento Black Money (MBM) realizado durante o evento. O espaço conta com a participação de empreendedores negros que oferecem produtos e serviços para viagens e eventos corporativos, visando ampliar suas oportunidades de negócios.
“Todos os anos, nós defendemos uma causa social no Lacte, e nesta edição não será diferente. O lounge do Movimento Black Money contribuirá para darmos luz à inclusão e ao pertencimento do negro no mercado de viagens e eventos corporativos. Um dos valores do MBM é pensar, falar e agir de maneira a eliminar o preconceito e estabelecer justiça, e vamos nos unir para que ele se torne cada vez mais verdade”, destaca Giovana.
Ela conta que também será feita uma pesquisa com todos os participantes do Lacte para entender como eles tratam a diversidade e a inclusão (principalmente dos negros) em suas empresas.
“A iniciativa é de extrema importância para trazer luz a esse debate dentro de áreas corporativas que ainda têm pouca penetração de fornecedores negros. Hoje o empreendedorismo negro representa mais de 51% do empreendedorismo no Brasil e, por conta disso, não podemos mais permitir que o mercado use da desculpa de que não encontra fornecedores negros para não contratar. Nosso objetivo principal é oferecer uma experiência enriquecedora para as empresas pretas e ferramentas para que possam expandir seus negócios", destaca a gestora de projetos no Movimento Black Money, Carla Jemima.
Para Giovana, trata-se de um compromisso que deve ir muito além do Lacte. “Esse tem sido um importante exercício e agora temos um olhar muito apurado sobre o tema. Queremos gerar uma mudança no setor e a meta é que o Lacte seja o pontapé inicial para isso acontecer”, destaca a diretora executiva da Alagev.
A questão da inclusão e do racismo também foi debatida durante as Jornadas Virtuais pré-Lacte Por Up, com a participação do fundador da startup ESG Afroturismo HUB, Hubber Clemente e da coordenadora do Programa Mestre em Diversidade Inclusiva (MDI), Samanta Lopes. Neste ano, a Jornada Pré-Lacte teve três edições, trazendo a debate os temas ESG, Tech e Experience.
Pela primeira vez, será realizada no Lacte a premiação de 3 cases de viagens e eventos nos pilares Parcerias, Inovação e ESG. “Esse é um projeto que a Juliana Patti trouxe quando assumiu a presidência da Alagev. Os associados poderão apresentar cases nesses três pilares e eles serão avaliados por um comitê interno durante o Lacte. Serão eleitos 3 vencedores, um em cada pilar”, conta a diretora executiva da Alagev.
Por fim, o Hub ESG deve ganhar ainda mais força, por meio do lançamento (também no Lacte) de um paper robusto e estruturado sobre o assunto. “Elaborado em parceria com a CEO da Arbache Innovations, Paula Arbache, o documento terá como tema o ESG em viagens e eventos corporativos e mostrará uma série de inovações e questões levantadas por clientes e fornecedores”.
Giovana acredita que, para a implantação do ESG, é preciso que as empresas entendam o cenário de seus negócios, o que têm no momento e aonde querem chegar. “Há coisas que não demandam investimentos, só mudança de comportamento”, destaca, lembrando que muitas empresas que trazem o ESG para seus negócios procuram parceiros com visão similar.
Por fim, outras novidades da Alagev para este ano envolvem os mantenedores da associação. “No ano passado, lançamos a categoria de mantenedores para startups e agora a ideia é abrir uma categoria de mobilidade corporativa, para empresas que fazem gestão de frota e de aluguel de carros”, conta.
No balanço de 2022, a Alagev atingiu a marca de 12 mantenedores e 342 associados, sendo eles 119 fornecedores, 201 clientes e 22 pessoas físicas. Já os representantes dos associados somam 513, destes 285 são clientes e 228 são fornecedores. Ao todo, realizou 53 reuniões setoriais, 4 encontros globais, 7 trade talks e registrou 41 participações em eventos e podcasts.
“Queremos um olhar regional, não só do Brasil, mas de países como o Chile, a Argentina e outros, promovendo debates junto aos gestores dessas regiões para entender quais são suas dores e demandas, de forma a criar uma troca e buscarmos soluções juntos”, comenta Giovana. A ideia é que as reuniões dessa comunidade sejam feitas on-line, mas há a possibilidade de encontros presenciais no futuro.
“Com o hiato e a queda no número de viagens e eventos durante a pandemia, os gestores tiveram que entender mais do negócio das empresas e participar da estratégia da retomada. Ao mesmo tempo, tiveram de ficar mais próximos aos fornecedores em uma relação de parceria, considerando que estes últimos ficaram sem parte da malha área e com menos mão de obra qualificada”, destaca a diretora executiva da Alagev.
Os altos custos de passagens aéreas e hospedagem também continuarão sendo uma questão muito importante neste ano, na visão de Giovana. “É importante saber que o setor aéreo vai levar um tempo para se recuperar do baque, considerando que é um mercado que tem a margem muito estreita”.
A falta de mão de obra qualificada é outro problema que contribui para o cenário desafiador. Além da migração de profissionais para outras áreas, as empresas têm revisado seu quadro de colaboradores e muitas delas têm complementado o trabalho dos funcionários com novas tecnologias e robôs inteligentes. “Uma delas é o ChatGPT, que já está trazendo muita inovação às empresas”, comenta Giovana.
O segmento Mice, por sua vez, está em alta e os fornecedores afirmam que os eventos que estão acontecendo agora não são aqueles remarcados após a pandemia, mas sim, eventos novos. “A área de incentivos está com uma demanda alta e há uma busca por experiências que favoreçam o wellness. Já vemos uma retomada completa e um cenário completamente diferente do de 2020 em termos de ocorrência de eventos e incentivos”, destaca Giovana.
E quais são os desafios dos gestores de viagens e eventos diante desse novo cenário? “O planejamento é importante. Os gestores precisam entender melhor o orçamento, de forma a não deixar essa questão para a última hora e poder se organizar e controlar o budget de forma mais efetiva. Além disso, tanto os gestores de viagens como de eventos têm o desafio de fornecer ao viajante corporativo e ao participante de eventos experiências que sejam mais sensoriais e que os toquem, para que se sintam integrados com o momento que estão vivendo momento”, conclui Giovana.
“É uma gestão que imprime o olhar feminino e de inclusão. Queremos mostrar ao mercado que há mulheres na diretoria, mulheres que assumem cargos de liderança, que têm histórico e que mostram que isso é possível a outras mulheres”, destaca a diretora executiva da Alagev, Giovana Jannuzzelli.
Completando 20 anos em 2023, a associação não tem medo de encarar temas polêmicos, desde que sejam importantes ao setor. A representatividade feminina é apenas um deles. Questões como racismo, inclusão e ESG, que nem sempre ganham a devida atenção do mercado, também terão todos os holofotes da Alagev neste ano.
Na 18 ª edição do Lacte, o recado está dado: ‘Enfrentemos todos o racismo - Se você não enfrenta, sua omissão permite’. A provocação ao setor é destaque do primeiro lounge do Movimento Black Money (MBM) realizado durante o evento. O espaço conta com a participação de empreendedores negros que oferecem produtos e serviços para viagens e eventos corporativos, visando ampliar suas oportunidades de negócios.
“Todos os anos, nós defendemos uma causa social no Lacte, e nesta edição não será diferente. O lounge do Movimento Black Money contribuirá para darmos luz à inclusão e ao pertencimento do negro no mercado de viagens e eventos corporativos. Um dos valores do MBM é pensar, falar e agir de maneira a eliminar o preconceito e estabelecer justiça, e vamos nos unir para que ele se torne cada vez mais verdade”, destaca Giovana.
Ela conta que também será feita uma pesquisa com todos os participantes do Lacte para entender como eles tratam a diversidade e a inclusão (principalmente dos negros) em suas empresas.
“A iniciativa é de extrema importância para trazer luz a esse debate dentro de áreas corporativas que ainda têm pouca penetração de fornecedores negros. Hoje o empreendedorismo negro representa mais de 51% do empreendedorismo no Brasil e, por conta disso, não podemos mais permitir que o mercado use da desculpa de que não encontra fornecedores negros para não contratar. Nosso objetivo principal é oferecer uma experiência enriquecedora para as empresas pretas e ferramentas para que possam expandir seus negócios", destaca a gestora de projetos no Movimento Black Money, Carla Jemima.
Para Giovana, trata-se de um compromisso que deve ir muito além do Lacte. “Esse tem sido um importante exercício e agora temos um olhar muito apurado sobre o tema. Queremos gerar uma mudança no setor e a meta é que o Lacte seja o pontapé inicial para isso acontecer”, destaca a diretora executiva da Alagev.
A questão da inclusão e do racismo também foi debatida durante as Jornadas Virtuais pré-Lacte Por Up, com a participação do fundador da startup ESG Afroturismo HUB, Hubber Clemente e da coordenadora do Programa Mestre em Diversidade Inclusiva (MDI), Samanta Lopes. Neste ano, a Jornada Pré-Lacte teve três edições, trazendo a debate os temas ESG, Tech e Experience.
Novidades à vista
Mais um exemplo das muitas novidades que serão apresentadas na 18ª edição do Lacte é a substituição dos estandes do evento por lounges. “O objetivo é que o patrocinador possa receber o participante do evento de forma mais intimista e o lounge favorece isso, por ter um formato mais convidativo, que permite maior interação e permanência do participante no espaço”, justifica Giovana.Pela primeira vez, será realizada no Lacte a premiação de 3 cases de viagens e eventos nos pilares Parcerias, Inovação e ESG. “Esse é um projeto que a Juliana Patti trouxe quando assumiu a presidência da Alagev. Os associados poderão apresentar cases nesses três pilares e eles serão avaliados por um comitê interno durante o Lacte. Serão eleitos 3 vencedores, um em cada pilar”, conta a diretora executiva da Alagev.
Por fim, o Hub ESG deve ganhar ainda mais força, por meio do lançamento (também no Lacte) de um paper robusto e estruturado sobre o assunto. “Elaborado em parceria com a CEO da Arbache Innovations, Paula Arbache, o documento terá como tema o ESG em viagens e eventos corporativos e mostrará uma série de inovações e questões levantadas por clientes e fornecedores”.
Giovana acredita que, para a implantação do ESG, é preciso que as empresas entendam o cenário de seus negócios, o que têm no momento e aonde querem chegar. “Há coisas que não demandam investimentos, só mudança de comportamento”, destaca, lembrando que muitas empresas que trazem o ESG para seus negócios procuram parceiros com visão similar.
Por fim, outras novidades da Alagev para este ano envolvem os mantenedores da associação. “No ano passado, lançamos a categoria de mantenedores para startups e agora a ideia é abrir uma categoria de mobilidade corporativa, para empresas que fazem gestão de frota e de aluguel de carros”, conta.
No balanço de 2022, a Alagev atingiu a marca de 12 mantenedores e 342 associados, sendo eles 119 fornecedores, 201 clientes e 22 pessoas físicas. Já os representantes dos associados somam 513, destes 285 são clientes e 228 são fornecedores. Ao todo, realizou 53 reuniões setoriais, 4 encontros globais, 7 trade talks e registrou 41 participações em eventos e podcasts.
América Latina em foco
A América Latina será o foco de muitas ações da Alagev neste ano, a começar pelo Lacte Latam, evento que será realizado no mês de maio em país a ser definido. A associação também pretende lançar uma comunidade de gestores de viagens e eventos regional, com foco na América Latina.“Queremos um olhar regional, não só do Brasil, mas de países como o Chile, a Argentina e outros, promovendo debates junto aos gestores dessas regiões para entender quais são suas dores e demandas, de forma a criar uma troca e buscarmos soluções juntos”, comenta Giovana. A ideia é que as reuniões dessa comunidade sejam feitas on-line, mas há a possibilidade de encontros presenciais no futuro.
Desafios do mercado
A pandemia trouxe para os gestores de viagens e eventos questões ainda não resolvidas, que provocaram uma série de mudanças no mercado. A Alagev pretende continuar promovendo discussões a respeito disso.“Com o hiato e a queda no número de viagens e eventos durante a pandemia, os gestores tiveram que entender mais do negócio das empresas e participar da estratégia da retomada. Ao mesmo tempo, tiveram de ficar mais próximos aos fornecedores em uma relação de parceria, considerando que estes últimos ficaram sem parte da malha área e com menos mão de obra qualificada”, destaca a diretora executiva da Alagev.
Os altos custos de passagens aéreas e hospedagem também continuarão sendo uma questão muito importante neste ano, na visão de Giovana. “É importante saber que o setor aéreo vai levar um tempo para se recuperar do baque, considerando que é um mercado que tem a margem muito estreita”.
A falta de mão de obra qualificada é outro problema que contribui para o cenário desafiador. Além da migração de profissionais para outras áreas, as empresas têm revisado seu quadro de colaboradores e muitas delas têm complementado o trabalho dos funcionários com novas tecnologias e robôs inteligentes. “Uma delas é o ChatGPT, que já está trazendo muita inovação às empresas”, comenta Giovana.
O segmento Mice, por sua vez, está em alta e os fornecedores afirmam que os eventos que estão acontecendo agora não são aqueles remarcados após a pandemia, mas sim, eventos novos. “A área de incentivos está com uma demanda alta e há uma busca por experiências que favoreçam o wellness. Já vemos uma retomada completa e um cenário completamente diferente do de 2020 em termos de ocorrência de eventos e incentivos”, destaca Giovana.
E quais são os desafios dos gestores de viagens e eventos diante desse novo cenário? “O planejamento é importante. Os gestores precisam entender melhor o orçamento, de forma a não deixar essa questão para a última hora e poder se organizar e controlar o budget de forma mais efetiva. Além disso, tanto os gestores de viagens como de eventos têm o desafio de fornecer ao viajante corporativo e ao participante de eventos experiências que sejam mais sensoriais e que os toquem, para que se sintam integrados com o momento que estão vivendo momento”, conclui Giovana.
ANUÁRIO CORPORATIVO
Esta matéria é parte integrante do Anuário PANROTAS de Viagens e Eventos Corporativos 2023, que foi distribuído no Lacte 18 e circula nesta semana. Confira a edição digital abaixo.