Beatrice Teizen   |   27/07/2021 18:24
Atualizada em 27/07/2021 18:25

Relações no setor de viagens corporativas têm de ser empáticas

Bate-papo da Paytrack e Academia de Viagens Corporativas discutiu sobre o bastidores da retomada

Quinze meses após o início da pandemia de covid-19, agora começa-se a falar sobre a tão esperada retomada. A de viagens domésticas já começou, mas a de corporativas ainda demorará um pouco. No entanto, muita coisa mudou e as empresas e gestores de viagens estão tendo de se adaptar à nova realidade. Esse foi o tema discutido em painel realizado hoje (27) pela Paytrack e Academia de Viagens Corporativas.

Reprodução
Viviânne Martins, da Academia de Viagens Corporativas, e Cibeli Oliveira, da Paytrack
Viviânne Martins, da Academia de Viagens Corporativas, e Cibeli Oliveira, da Paytrack
“Fora do Brasil, acreditam que este retorno das viagens a negócios pode começar lá pelo terceiro trimestre. Aqui, para o internacional, é só no ano que vem. Por isso, precisamos olhar para tudo que está acontecendo e estar preparados, pois, se os deslocamentos voltam mais rápido do que esperamos, é melhor para todos nós”, comenta a sócia-diretora da Academia de Viagens, Viviânne Martins.

OFERTA VERSUS DEMANDA
De acordo com Viviânne, a demanda já aumentou, pois o mercado está encolhido, a malha aérea encolheu, não só no País, como no mundo inteiro. Com o avanço do lazer, os aviões e aeroportos já se encontram cheios. Portanto, quem não se preparou tem de se preparar, pois a demanda e oferta já são uma questão para o corporativo, com os preços já subindo.

“Vamos ter uma briga pela disponibilidade, por conseguir um assento no avião da companhia aérea e para um quarto de hotel na região desejada. Já temos uma questão de oferta e a flutuação tarifaria continua. É a lei da oferta e demanda.”

RELAÇÃO DE EMPATIA
O surgimento do novo coronavírus mudou as empresas e os negócios, mas, também – e principalmente –, as relações humanas. As relações já deveriam ser sempre empáticas, no entanto, se não eram, agora não tem mais como não ser.

“O cliente tem de entender que esses fornecedores com quem ele trabalha sofreram durante 15 meses uma parada quase que total e que eles precisam se tornar sustentáveis. Quando falamos em ESG, falamos também de sustentabilidade nas relações humanas. Precisamos nos unir e olhar com amor. Olhar com amor, respeitar e entender que ali tem um ser humano atravessando o mundo a trabalho”, pontua.

Diante disso, a responsabilidade das corporações, dos gestores de viagens e de todo o ecossistema de tecnologia é trazer toda a tranquilidade necessária nas informações, na comunicação e nos recursos tecnológicos para que o viajante se sinta melhor, mais seguro e que tenha apoio emocional.

FLEXIBILIDADE
O bate-papo também tocou em um ponto muito falado neste período de pandemia: a flexibilidade e a necessidade de tornar todo o processo e a gestão da viagem corporativa bastante flexíveis. E isso inclui bilhetes aéreos e reservas de hotel, de locações e outros serviços, flexíveis.

“Se não sabemos o que vai acontecer daqui duas semanas, a política de viagens tem de ter flexibilidade, assim como o compliance e a parametrização. O budget também precisa ser flexível. Agora e durante uns nove meses temos de continuar com a política de viagens transitória e trabalhando muito a flexibilidade”, finaliza Viviânne.

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