Beatrice Teizen   |   02/08/2018 11:00

A ideia do viajante feliz está distante, mas ferramentas ajudarão

Já existem e haverá cada vez mais tecnologias e empresas para tornar a vida do viajante mais fácil.

O termo “traveltopia” pode trazer consigo um conceito de terra dos viajantes felizes. De uma idealização de uma indústria de viagens – tanto de lazer quanto de negócios – ideal, com funcionalidades perfeitas e livre de problemas.

Marluce Balbino
Johnny Thorsen, vice-presidente de Estratégia Global de Viagens e Parceiros da Mezi
Johnny Thorsen, vice-presidente de Estratégia Global de Viagens e Parceiros da Mezi
Este ideal não existe, mas, no entanto, o futuro reserva muitas coisas interessantes, tecnologias e empresas capazes de tornar a vida do viajante mais fácil. Este foi o tema da palestra que fechou a primeira edição do Acte Abroad Summit Rio, que aconteceu ontem (1), no Rio de Janeiro.

Segundo o palestrante, o vice-presidente de Estratégia Global de Viagens e Parceiros da Mezi, Johnny Thorsen, há algumas previsões “malucas” para 2020 no mercado de viagens. Uma delas é a predominação de smart contracts. “Um exemplo é uma nova plataforma de viagens globais, construída em um sistema de blockchain. A média de savings será de 10% em relação às antigas tecnologias.”

A inteligência artificial (AI), já muito presente no setor, gerenciará 80% de todos os planejamentos e reservas de viagens, tornando como padrão soluções de recursos e compartilhamento de dados. E, ainda de acordo com Thorsen, as TMCs serão provedoras de serviços digitais. “Oitenta por cento ou mais de todo o trabalho será completamente automatizado. Não haverá espaço para entrada humana de dados ou para erros”, disse.

Outro ponto levantado por Thorsen é o de criação de perfis. Ao fazer uma reserva, seja de hotel, companhia aérea, locação de veículo etc., a captação de dados para que o viajante já tenha suas preferências salvas, além de economizar o tempo do viajante, ajuda-o a ser mais produtivo. “É por isso que as empresas precisam aprender a não guardar as informações para si e, sim, compartilhá-los com o resto do setor.”

Conforme algumas possibilidades apresentadas pelo VP, se viagens fossem vendidas como um serviço, haveria uma taxa fixa mensal por viajante e o preço seria baseado na porcentagem do envolvimento humano. E reservas deveriam ser feitas apenas por meio de conversações, usando a voz ou a escrita, dando fim a ferramentas de reserva e a agências de viagens on-line. Muita coisa pode acontecer.

O Portal PANROTAS é media partner do Acte Abroad Summit Rio

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