O que mudou na experiência do hóspede corporativo? Hyatt responde
Confira a entrevista com o vice-presidente de Vendas Globais da rede, Gus Vonderheide
Criado a partir de uma série de entrevistas internacionais feitas com profissionais e especialistas, o evento Download, realizado pela Academia de Viagens Corporativas e PANROTAS na semana passada, trouxe uma programação rica em tendências, insights e questionamentos sobre o setor de viagens corporativas.
Como as companhias aéreas, empresas de tecnologia, hotéis, gestores de viagens, viajantes corporativos e TMCs estão se comportando diante destas mudanças e novos cenários após a pandemia? Na primeira edição do evento tentamos responder a algumas destas perguntas e trazer alguns panoramas.
Para ver o lado da hotelaria, confira a seguir o bate-papo com o vice-presidente de Vendas Globais para as Americas da Hyatt Hotels Corporation, Gus Vonderheide.
PANROTAS - No setor hoteleiro, qual foi a maior mudança gerada pela pandemia?
GUS VONDERHEIDE - Acredito que nós estávamos muito certos de que as viagens corporativas voltariam antes que viagens em grupos e de convenções, mas estávamos muito errados. Nossos hotéis estão performando extremamente bem com os grupos agora, o que é ótimo. E os viajantes de lazer também continuam sendo parte de nossa ocupação. Então, ainda estamos esperando pela volta das viagens corporativas, e por isso a participação na GBTA Convention, em agosto, foi importante para sentir o que acontecerá no setor. Está progredindo na direção certa, mas não na velocidade que gostaríamos. Temos trabalho a fazer.
PANROTAS - Se pudesse dar duas dicas para travel managers e buyers, quais seriam?
GUS VONDERHEIDE - Travel managers e buyers devem estar cientes de que os hotéis voltarão em um nível diferente e teremos oportunidades de trabalhar de uma nova forma. Continuo dizendo que os negócios continuarão diferentes porque não sabemos nem como 2023 será, mas acredito que há a oportunidade de olhar de forma criativa para diferentes modelos de precificação. Precificação dinâmica, para mim, é uma forma em que tanto buyers quanto suplliers conseguem gerar a receita certa, economizar tempo e serem melhores parceiros juntos. Então, gosto da ideia de serem melhores parceiros ao olhar para modelos de precificação e fazer a escolha certa.
PANROTAS - O que mudou na experiência do hóspede nos hotéis?
GUS VONDERHEIDE - É interessante, porque muitos viajantes corporativos foram contratados pelas empresas nos últimos dois anos e muitos deles são novos, sendo que alguns nunca haviam realizado uma viagem corporativa antes. E, claro, que a combinação de viagens corporativas com lazer virou algo bem latente este ano. Então, acredito que os hotéis devem ser criativos na forma em que mostram aos viajantes as opções que existem naquele ambiente que podem enriquecer sua experiência. Os viajantes estão buscando uma experiência em vez de apenas uma estada, então os hotéis precisam tomar a dianteira e garantir que estão oferecendo essa experiência.
PANROTAS - Considerando essas experiências, como você vê a mudança de hotéis nos próximos cinco, dez ou 20 anos?
GUS VONDERHEIDE - Acredito que hotéis devem reconstruir de tempo em tempo. O que quero dizer é que precisamos entender quais serão nossas necessidades. Se estaremos recebendo grandes convenções, se estaremos trazendo um componente virtual para a operação, teremos de descobrir o que isso vai significar a partir de uma perspectiva de espaço. Teremos que garantir que a tecnologia seja adequada para conectarmos pessoas de todos os cantos do mundo, se é isso que precisaremos. Acredito que nossos hotéis serão úteis para oportunidades de colaboração. Pessoas de pequenos grupos se encontrarão em um lugar só e trabalharão juntos. Estou muito confortável em dizer que seremos uma indústria muito diferente daqui a cinco anos. Nada será igual.
PANROTAS - E sobre hospedagens alternativas? Ainda são a principal ameaça para a hotelaria ou há outros problemas como a inflação?
GUS VONDERHEIDE - É um bom ponto. Acredito que as hospedagens alternativas teve sucesso, assim como nós, no mercado de lazer nos últimos anos. Mas acredito que o viajante corporativo está pronto para voltar ao ambiente hoteleiro. Penso que foi um bom intervalo e me sinto confortável que os viajantes corporativos não irão a lugar algum e continuarão se hospedando em hotéis.
PANROTAS - Qual o maior desafio atualmente na hotelaria?
GUS VONDERHEIDE - O maior desafio, atualmente, é garantir que os hotéis estejam novamente operando neste nível em que os viajantes querem experienciar quando voltar. Obviamente, reduzimos equipe na maioria de nossas propriedades, estamos recontratando agora, mas é um problema que precisamos lidar. Queremos ter certeza que quando o viajante corporativo voltar, ele veja o que está esperando. E também precisamos ser honestos com eles que é possível que seja um pouco diferente até estarmos plenamente recuperados. No Hyatt, restaurantes, spas, academias, está tudo aberto. Estamos prontos para receber o viajante de volta.
Como as companhias aéreas, empresas de tecnologia, hotéis, gestores de viagens, viajantes corporativos e TMCs estão se comportando diante destas mudanças e novos cenários após a pandemia? Na primeira edição do evento tentamos responder a algumas destas perguntas e trazer alguns panoramas.
Para ver o lado da hotelaria, confira a seguir o bate-papo com o vice-presidente de Vendas Globais para as Americas da Hyatt Hotels Corporation, Gus Vonderheide.
PANROTAS - No setor hoteleiro, qual foi a maior mudança gerada pela pandemia?
GUS VONDERHEIDE - Acredito que nós estávamos muito certos de que as viagens corporativas voltariam antes que viagens em grupos e de convenções, mas estávamos muito errados. Nossos hotéis estão performando extremamente bem com os grupos agora, o que é ótimo. E os viajantes de lazer também continuam sendo parte de nossa ocupação. Então, ainda estamos esperando pela volta das viagens corporativas, e por isso a participação na GBTA Convention, em agosto, foi importante para sentir o que acontecerá no setor. Está progredindo na direção certa, mas não na velocidade que gostaríamos. Temos trabalho a fazer.
PANROTAS - Se pudesse dar duas dicas para travel managers e buyers, quais seriam?
GUS VONDERHEIDE - Travel managers e buyers devem estar cientes de que os hotéis voltarão em um nível diferente e teremos oportunidades de trabalhar de uma nova forma. Continuo dizendo que os negócios continuarão diferentes porque não sabemos nem como 2023 será, mas acredito que há a oportunidade de olhar de forma criativa para diferentes modelos de precificação. Precificação dinâmica, para mim, é uma forma em que tanto buyers quanto suplliers conseguem gerar a receita certa, economizar tempo e serem melhores parceiros juntos. Então, gosto da ideia de serem melhores parceiros ao olhar para modelos de precificação e fazer a escolha certa.
PANROTAS - O que mudou na experiência do hóspede nos hotéis?
GUS VONDERHEIDE - É interessante, porque muitos viajantes corporativos foram contratados pelas empresas nos últimos dois anos e muitos deles são novos, sendo que alguns nunca haviam realizado uma viagem corporativa antes. E, claro, que a combinação de viagens corporativas com lazer virou algo bem latente este ano. Então, acredito que os hotéis devem ser criativos na forma em que mostram aos viajantes as opções que existem naquele ambiente que podem enriquecer sua experiência. Os viajantes estão buscando uma experiência em vez de apenas uma estada, então os hotéis precisam tomar a dianteira e garantir que estão oferecendo essa experiência.
PANROTAS - Considerando essas experiências, como você vê a mudança de hotéis nos próximos cinco, dez ou 20 anos?
GUS VONDERHEIDE - Acredito que hotéis devem reconstruir de tempo em tempo. O que quero dizer é que precisamos entender quais serão nossas necessidades. Se estaremos recebendo grandes convenções, se estaremos trazendo um componente virtual para a operação, teremos de descobrir o que isso vai significar a partir de uma perspectiva de espaço. Teremos que garantir que a tecnologia seja adequada para conectarmos pessoas de todos os cantos do mundo, se é isso que precisaremos. Acredito que nossos hotéis serão úteis para oportunidades de colaboração. Pessoas de pequenos grupos se encontrarão em um lugar só e trabalharão juntos. Estou muito confortável em dizer que seremos uma indústria muito diferente daqui a cinco anos. Nada será igual.
PANROTAS - E sobre hospedagens alternativas? Ainda são a principal ameaça para a hotelaria ou há outros problemas como a inflação?
GUS VONDERHEIDE - É um bom ponto. Acredito que as hospedagens alternativas teve sucesso, assim como nós, no mercado de lazer nos últimos anos. Mas acredito que o viajante corporativo está pronto para voltar ao ambiente hoteleiro. Penso que foi um bom intervalo e me sinto confortável que os viajantes corporativos não irão a lugar algum e continuarão se hospedando em hotéis.
PANROTAS - Qual o maior desafio atualmente na hotelaria?
GUS VONDERHEIDE - O maior desafio, atualmente, é garantir que os hotéis estejam novamente operando neste nível em que os viajantes querem experienciar quando voltar. Obviamente, reduzimos equipe na maioria de nossas propriedades, estamos recontratando agora, mas é um problema que precisamos lidar. Queremos ter certeza que quando o viajante corporativo voltar, ele veja o que está esperando. E também precisamos ser honestos com eles que é possível que seja um pouco diferente até estarmos plenamente recuperados. No Hyatt, restaurantes, spas, academias, está tudo aberto. Estamos prontos para receber o viajante de volta.