Karina Cedeño   |   24/09/2024 11:31

Como gestores de viagens podem garantir as melhores tarifas aéreas?

Tema foi destaque no evento Bate-Papo com a Fly, realizado pela Flytour Franchising, em São Paulo

PANROTAS / Karina Cedeño
Alessanfdra Antunes (Flytour Franchising), Cristina Rached (Grupo Lufthansa) e Giovanni Castro (United)
Alessanfdra Antunes (Flytour Franchising), Cristina Rached (Grupo Lufthansa) e Giovanni Castro (United)

A Flytour Franchising realiza hoje (24), no Hotel Intercontinental, em São Paulo, o evento Bate Papo com a Fly 2024, que reúne mais de 180 participantes, entre franqueados, gestores de viagens, equipe de vendas e convidados para debates e palestras com temas pertinentes ao setor.

Na ocasião, foi realizado um debate com a participação das companhias aéreas Lufthansa e United Airlines e um dos temas de destaque foi o desafio que os gestores de viagens encontram para garantir as melhores tarifas, ainda mais considerando que muitas vezes os passageiros reclamam que encontraram tarifas melhores na internet.

Confira abaixo algumas dicas dadas pelos especialistas que participaram do debate:

Antecedência de compra é importante

“Basicamente, a questão da oferta e demanda compõe o preço das passagens aéreas. Mas é bom lembrar que a antecedência de compra é a grande solução para essa questão. Desde que as fronteiras foram abertas na pandemia, não tivemos baixa estação e não houve aumento das tarifas, mas sim a desvalorização do nosso dinheiro. O que gastávamos quatro anos atrás não é o mesmo que gastamos hoje”, comenta o gerente de Vendas da United Airlines, Giovanni Castro.

“Além disso, os travel managers têm que se questionar: existe a política de viagem? Ela é efetiva e determina a quantidade de dias de antecedência de compra? Talvez seja preciso rever isso e fazer ajustes, considerando que isso influencia diretamente o valor das passagens”, complementa o executivo.

Comprar tarifas mais flexíveis

A executiva de Contas do Grupo Lufthansa, Cristina Rached, destacou que a antecedência de compra é importante, sim, mas que no segmento de viagens corporativas muitas vezes não há essa antecedência, pois às vezes é preciso fazer uma viagem de um dia para o outro.

"Como sabemos que existe essa demanda e a questão de comprar em cima da hora, eu recomendo que os gestores busquem tarifas mais flexíveis. Se eles forem pela melhor compra, podem acabar pegando uma tarifa não reembolsável e, caso o passageiro precise mudar a data da viagem ou o destino, não conseguirá, porque comprou uma tarifa que não permite essa mudança”, destaca Cristina.

“Na Lufthansa, por exemplo, temos famílias tarifárias reembolsáveis e não reembolsáveis e outra família de tarifas que é flexível, então recomendo que na hora da compra os gestores fiquem no meio termo e comprem tarifas que permitam o reembolso, senão pode haver a necessidade de alterar e isso sairá mais caro. Além disso, é importante que haja a transparência, o fato de ser claro com a sua TMC e com o que o passageiro precisa, para que possam sempre procurar a melhor opção de tarifa”.

Restringir o acesso a tarifas não flexíveis para os viajantes

“Sabemos que nem todos vão de classe executiva. Na United temos tarifas basic economy, que não permitem a mudança de assento, nem despachar mala, porque esses valores agregados são comprados à parte. Muitas vezes, conversando com gestores, eu recomendo que essas tarifas não apareçam para os viajantes, porque, no fim, o que ele selecionou e parece ser a melhor compra, pode ser a pior. Ao optar por uma tarifa na econômica que seja US$ 400 mais cara que a basic economy, os gestores não estarão gastando mais, e sim fazendo um investimento”, comenta Giovanni Castro, da United.

Comprar pelo NDC

"Lembrando que hoje em dia o Grupo Lufthansa tem a tarifa NDC, que é a tarifa equivalente à da internet, e isso é o futuro. As tarifas NDC possuem um valor abaixo do valor que é oferecido no GDS, já que não cobram as taxas de emissão que são cobradas no GDS. Quando a compra é feita no NDC, consegue-se uma economia maior do que no GDS", conclui Cristina Rached.

O debate foi mediado pela diretora operacional da Flytour Franchising, Alessandra Antunes.

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