Gestores esperam mais personalização em viagens corporativas; leia entrevista
A especialista Luana Nogueira, gestora de viagens da Siemens, fala sobre vantagens e desafios
De uns anos para cá, personalização virou a chave do negócio. Cada vez mais os viajantes optam por experiências únicas, pela criação de seu próprio roteiro e por plataformas de economia colaborativa – principalmente aqueles da geração millennial.
No segmento corporativo, esse cenário não é diferente. Como os gestores de viagens têm trabalhado para garantir mais personalização aos colaboradores que precisam colocar o pé na estrada? Quais dificuldades esses profissionais ainda encontram?
Pensando nisso, o Portal PANROTAS conversou com a especialista Luana Nogueira, gestora de viagens da Siemens. Para ela, ainda que haja desafios para os gestores, a personalização está diretamente ligada à satisfação do viajante e deve ser pensada também no segmento corporativo. Leia a entrevista, na íntegra:
Portal PANROTAS: Há uma preocupação por parte dos gestores em oferecer mais personalização para os viajantes corporativos?
Luana Nogueira: A personalização é sem dúvidas um nicho de mercado que deve ser aproveitado também pelo segmento corporativo. Nas corporações a personalização ainda está concentrada no atendimento VIP para membros de board, CEO e CFO. Porém vejo grandes oportunidades para abrir o leque e começar a cascatear o mesmo atendimento para os próximos níveis, compostos por pessoas muito bem informadas e interessadas por viagens.
Personificação está diretamente ligada à satisfação do usuário em relação aos serviços disponíveis a ele. Com conceitos cada vez mais latentes em mesclar a viagem corporativa com as aspirações do indivíduo, os viajantes têm necessidades específicas para também melhorar a sua experiência no destino. Os prestadores de serviços podem simplificar a vida do viajante antecipando demanda e conhecendo suas preferências.
PP: Você sente uma demanda dos viajantes por experiências mais individualizadas e pessoais?
L.N.: Com toda a certeza o público corporativo tem a necessidade de receber atendimento individualizado e voltado para a melhor experiência dentro de uma viagem corporativa, onde normalmente o cronograma é extremamente apertado e atarefado. É preciso otimizar o tempo do viajante em deslocamentos, oferecer condições, produtos e serviços que façam a diferença longe de casa, além de conforto e segurança.
PP: Quais ferramentas podem ajudar a garantir mais personalização? Como?
L.N.: Um ótimo banco de dados com o perfil detalhado e completo do viajante, combinados ao histórico de viagens e características de solicitação. Com dados precisos, vejo duas oportunidades: a. Personalização "para massa": é fácil adaptar qualquer sistema eletrônico para capturar informações e trazer sugestões vinculadas à fidelização e preferências combinadas às regras de política; b. Personalização dedicada: facilita a consulta e o conhecimento do consultor que trabalha sob demanda dos altos níveis hierárquicos.
PP: Quais são as dificuldades que os gestores encontram na hora de oferecer essas experiências mais pessoais e adequadas ao perfil de cada viajante?
L.N.: Primeiro um sistema de perfil de usuários que seja detalhado, eficiente e inteligente. Segundo, uma ferramenta que combine: análise do perfil com o tipo "big data"; os históricos e as políticas de viagens do cliente, somados à experiência do consultor de viagens.
Seria um conceito semelhante ao praticado para propaganda nas redes sociais (conteúdo é filtrado para o que é do meu maior interesse). Exemplo: gosto de piscina coberta climatizada. Porque não trazer na disponibilidade um hotel que cumpra as políticas corporativas de localização, segurança e preço e que disponha de uma piscina com tais características, de forma clara e destacada?
No segmento corporativo, esse cenário não é diferente. Como os gestores de viagens têm trabalhado para garantir mais personalização aos colaboradores que precisam colocar o pé na estrada? Quais dificuldades esses profissionais ainda encontram?
Pensando nisso, o Portal PANROTAS conversou com a especialista Luana Nogueira, gestora de viagens da Siemens. Para ela, ainda que haja desafios para os gestores, a personalização está diretamente ligada à satisfação do viajante e deve ser pensada também no segmento corporativo. Leia a entrevista, na íntegra:
Portal PANROTAS: Há uma preocupação por parte dos gestores em oferecer mais personalização para os viajantes corporativos?
Luana Nogueira: A personalização é sem dúvidas um nicho de mercado que deve ser aproveitado também pelo segmento corporativo. Nas corporações a personalização ainda está concentrada no atendimento VIP para membros de board, CEO e CFO. Porém vejo grandes oportunidades para abrir o leque e começar a cascatear o mesmo atendimento para os próximos níveis, compostos por pessoas muito bem informadas e interessadas por viagens.
Personificação está diretamente ligada à satisfação do usuário em relação aos serviços disponíveis a ele. Com conceitos cada vez mais latentes em mesclar a viagem corporativa com as aspirações do indivíduo, os viajantes têm necessidades específicas para também melhorar a sua experiência no destino. Os prestadores de serviços podem simplificar a vida do viajante antecipando demanda e conhecendo suas preferências.
PP: Você sente uma demanda dos viajantes por experiências mais individualizadas e pessoais?
L.N.: Com toda a certeza o público corporativo tem a necessidade de receber atendimento individualizado e voltado para a melhor experiência dentro de uma viagem corporativa, onde normalmente o cronograma é extremamente apertado e atarefado. É preciso otimizar o tempo do viajante em deslocamentos, oferecer condições, produtos e serviços que façam a diferença longe de casa, além de conforto e segurança.
PP: Quais ferramentas podem ajudar a garantir mais personalização? Como?
L.N.: Um ótimo banco de dados com o perfil detalhado e completo do viajante, combinados ao histórico de viagens e características de solicitação. Com dados precisos, vejo duas oportunidades: a. Personalização "para massa": é fácil adaptar qualquer sistema eletrônico para capturar informações e trazer sugestões vinculadas à fidelização e preferências combinadas às regras de política; b. Personalização dedicada: facilita a consulta e o conhecimento do consultor que trabalha sob demanda dos altos níveis hierárquicos.
PP: Quais são as dificuldades que os gestores encontram na hora de oferecer essas experiências mais pessoais e adequadas ao perfil de cada viajante?
L.N.: Primeiro um sistema de perfil de usuários que seja detalhado, eficiente e inteligente. Segundo, uma ferramenta que combine: análise do perfil com o tipo "big data"; os históricos e as políticas de viagens do cliente, somados à experiência do consultor de viagens.
Seria um conceito semelhante ao praticado para propaganda nas redes sociais (conteúdo é filtrado para o que é do meu maior interesse). Exemplo: gosto de piscina coberta climatizada. Porque não trazer na disponibilidade um hotel que cumpra as políticas corporativas de localização, segurança e preço e que disponha de uma piscina com tais características, de forma clara e destacada?