Como CFO, é preciso ser conservador e não correr riscos na crise
O SAP Concur Show trouxe líderes de empresas de diferentes segmentos para debaterem sobre a pandemia
Como os CFOs de empresas de diferentes segmentos estão encarando o momento atual da pandemia da covid-19? Que medidas estão sendo tomadas para tentar mitigar as perdas decorrentes da crise do novo coronavírus na visão destes líderes? A SAP Concur reuniu, no SAP Concur Show, profissionais para debaterem sobre o tema em live realizada hoje (15).
“Neste cenário de instabilidade, duas ações têm sido muito importantes para nós. O balanceamento entre o curtíssimo prazo e os médio e longo prazos. Nossos acompanhamentos agora estão sendo diários, com reuniões de crise todo dia para avaliar a situação dos dez países em que atuamos. Colocando sempre as pessoas em primeiro lugar, segundo o caixa e, terceiro, a sanidade da cadeia, dos stakeholders”, diz a diretora executiva do Grupo Tigre, Vivianne Valente.
No caso da Tigre, as despesas da empresa vêm sendo tratadas em duas categorias: relacionadas a projetos e orgânicas. No primeiro caso, é feita uma análise criteriosa do que deve continuar ou não, com alguns projetos sendo colocando em stand by. Nas despesas orgânicas, foi feita uma tentativa de reduzir ao máximo as que são variáveis de acordo com a atividade, com viagens sendo um bom exemplo disso. Praticamente todos os custos de locomoção foram reduzidos. Segundo Vivianne, o objetivo da redução drástica dos gastos é ter um colchão para conseguir atender os pedidos de prorrogação dos clientes, principalmente os lojistas, que estão com as portas fechadas.
LIDERANÇA
Como CFO, é mais importante do que nunca ter uma posição forte de liderança. É preciso pensar na saúde mental e física de todas as pessoas do ecossistema da companhia, assim como flexibilizar e proteger a base de clientes. Ter uma visão de longo prazo, pensando na saúde financeira da empresa, na alavancagem, na reestruturação de dívidas, em alongamento de prazos em geral e na revisão de custos ou despesas que geram receita.
“A SAP está preservando bastante sua base de empregos. Além da questão de ser mais cauteloso nas decisões, é preciso saber alavancar a tecnologia no controle das nossas despesas. Tivemos a grande vantagem de conseguir fazer o tombamento para o mundo remoto sem nenhum problema ou disrupção. É um momento que necessitamos ter mais cautela e cortar gastos desde a raiz é uma decisão muito pessoal e difícil de ser tomada. Na nossa posição, temos responsabilidade sobre resultado, balanço e caixa, mas também sobre o nosso negócio”, comenta o CFO da SAP Brasil, Paulo Mendes.
O diretor financeiro do Grupo Oncoclínicas, Eric Alencar, mostrou a sua visão como o responsável da área de finanças de uma empresa que precisa continuar operando fisicamente nas clínicas e hospitais, já que atua na gestão e administração de serviços para pacientes com câncer.
“O primeiro impacto foi na proteção em termos de equipamentos para nossos pacientes e funcionários que estão na linha de frente. Foi grande, envolveu uma questão operacional de aumentar o aparato e alterar a forma que atendemos. Não praticávamos a telemedicina, agora já adotamos uma solução para a prática,por exemplo. Restringimos o número de acompanhantes dos clientes oncológicos e os médicos e enfermeiros estão sendo testados regularmente para covid-19, mesmo assintomáticos.”
Sob o lado financeiro, o grupo gastou 400 vezes mais em máscaras do que gastava antes. Diante disso, as questões de investimento, fusões, aquisições e capex estão sendo analisadas para entender quais são as decisões inteligentes para a empresa no momento. Para Alencar, não é a hora de correr riscos, mas, sim, de ser conservador, ter solvência, sobrevivência e tranquilidade.
“O cenário é muito novo, dinâmico e fluido. Precisamos tentar manter as coisas atualizadas e tentar acelerar o processo de tomada de decisão. Focar na gestão de risco, é preciso ter comitês de crise já estabelecidos. Planejar é necessário e utilizar esse plano também, assim como acelerar a tomada de decisão”, afirma o CFO da SAP Brasil.
Ter uma comunicação transparente com colaboradores, parceiros, clientes, acionistas, conselho e todos os stakeholders é a chave para o momento atual. Manter clara a responsabilidade de cada um na crise. Sendo mais conservador que a média, não acreditando na possibilidade do que vai acontecer e, sim, considerando os piores cenários, estando em contato com a cadeia é o segredo para, juntos, chegar em uma solução.
“Neste cenário de instabilidade, duas ações têm sido muito importantes para nós. O balanceamento entre o curtíssimo prazo e os médio e longo prazos. Nossos acompanhamentos agora estão sendo diários, com reuniões de crise todo dia para avaliar a situação dos dez países em que atuamos. Colocando sempre as pessoas em primeiro lugar, segundo o caixa e, terceiro, a sanidade da cadeia, dos stakeholders”, diz a diretora executiva do Grupo Tigre, Vivianne Valente.
No caso da Tigre, as despesas da empresa vêm sendo tratadas em duas categorias: relacionadas a projetos e orgânicas. No primeiro caso, é feita uma análise criteriosa do que deve continuar ou não, com alguns projetos sendo colocando em stand by. Nas despesas orgânicas, foi feita uma tentativa de reduzir ao máximo as que são variáveis de acordo com a atividade, com viagens sendo um bom exemplo disso. Praticamente todos os custos de locomoção foram reduzidos. Segundo Vivianne, o objetivo da redução drástica dos gastos é ter um colchão para conseguir atender os pedidos de prorrogação dos clientes, principalmente os lojistas, que estão com as portas fechadas.
LIDERANÇA
Como CFO, é mais importante do que nunca ter uma posição forte de liderança. É preciso pensar na saúde mental e física de todas as pessoas do ecossistema da companhia, assim como flexibilizar e proteger a base de clientes. Ter uma visão de longo prazo, pensando na saúde financeira da empresa, na alavancagem, na reestruturação de dívidas, em alongamento de prazos em geral e na revisão de custos ou despesas que geram receita.
“A SAP está preservando bastante sua base de empregos. Além da questão de ser mais cauteloso nas decisões, é preciso saber alavancar a tecnologia no controle das nossas despesas. Tivemos a grande vantagem de conseguir fazer o tombamento para o mundo remoto sem nenhum problema ou disrupção. É um momento que necessitamos ter mais cautela e cortar gastos desde a raiz é uma decisão muito pessoal e difícil de ser tomada. Na nossa posição, temos responsabilidade sobre resultado, balanço e caixa, mas também sobre o nosso negócio”, comenta o CFO da SAP Brasil, Paulo Mendes.
O diretor financeiro do Grupo Oncoclínicas, Eric Alencar, mostrou a sua visão como o responsável da área de finanças de uma empresa que precisa continuar operando fisicamente nas clínicas e hospitais, já que atua na gestão e administração de serviços para pacientes com câncer.
“O primeiro impacto foi na proteção em termos de equipamentos para nossos pacientes e funcionários que estão na linha de frente. Foi grande, envolveu uma questão operacional de aumentar o aparato e alterar a forma que atendemos. Não praticávamos a telemedicina, agora já adotamos uma solução para a prática,por exemplo. Restringimos o número de acompanhantes dos clientes oncológicos e os médicos e enfermeiros estão sendo testados regularmente para covid-19, mesmo assintomáticos.”
Sob o lado financeiro, o grupo gastou 400 vezes mais em máscaras do que gastava antes. Diante disso, as questões de investimento, fusões, aquisições e capex estão sendo analisadas para entender quais são as decisões inteligentes para a empresa no momento. Para Alencar, não é a hora de correr riscos, mas, sim, de ser conservador, ter solvência, sobrevivência e tranquilidade.
“O cenário é muito novo, dinâmico e fluido. Precisamos tentar manter as coisas atualizadas e tentar acelerar o processo de tomada de decisão. Focar na gestão de risco, é preciso ter comitês de crise já estabelecidos. Planejar é necessário e utilizar esse plano também, assim como acelerar a tomada de decisão”, afirma o CFO da SAP Brasil.
Ter uma comunicação transparente com colaboradores, parceiros, clientes, acionistas, conselho e todos os stakeholders é a chave para o momento atual. Manter clara a responsabilidade de cada um na crise. Sendo mais conservador que a média, não acreditando na possibilidade do que vai acontecer e, sim, considerando os piores cenários, estando em contato com a cadeia é o segredo para, juntos, chegar em uma solução.