Executivos questionam veto a eletrônicos por EUA e UK
A polêmica medida adotada pelos Estados Unidos e Reino Unido de proibir eletrônicos maiores que um smartphone na cabine em voos com origem em alguns países considerados "de risco" gerou revolta em setores do Turismo, principalmente aqueles ligados ao mundo corporativo.
A polêmica medida adotada pelos Estados Unidos e Reino Unido de proibir eletrônicos maiores que um smartphone na cabine em voos com origem em alguns países considerados "de risco" gerou revolta em setores do Turismo, principalmente aqueles ligados ao mundo corporativo.
Publicamente, a aéreas que realizam esses trajetos disseram que vão adotar as medidas, em nome da segurança, e a Emirates até anunciou um “jeitinho” para seguir a regra e manter algum nível de conforto para os passageiros.
O diretor-executivo e de Operações da Global Business Travel Association, Michael McCormick, ressalta que os viajantes corporativos geralmente são aconselhados a manter seus eletrônicos próximos o tempo todo, para proteger as informações da empresa.
“Isso cria incerteza para todos os viajantes, eles ficam imaginando se a regra se aplica a eles, se irá se aplicar amanhã, se precisam se planejar de forma diferente para conseguir completar seus objetivos profissionais”, disse, e também reclamou que, dessa vez, a medida foi anunciada em cima da hora, sem tempo para que a entidade alertasse as empresas.
O analista de Segurança Aérea Internacional na companhia de gerenciamento de risco IJet International, Max Leitschuh, afirmou que empresas afetadas pelas medidas irão reconsiderar as rotas que utilizam, pois um viajante que vai de Dubai para Frankfurt e depois para Nova York não terá as mesmas restrições do que quem voar diretamente de Dubai para a cidade americana, por exemplo.
A mesma lógica poderia ser aplicada por terroristas.
“Nós esperamos que, no futuro, grandes mudanças nos protocolos de segurança virão acompanhadas por uma mensagem clara de que a intenção do governo não é suprimir as viagens, mas torná-las mais seguras, e que viajantes legítimos a lazer ou trabalho continuarão sendo bem-vindos e valorizados pelos Estados Unidos”, disse o vice-presidente executivo para Assuntos Públicos da U.S. Travel Association, Jonathan Grella.
Em discurso mais cedo neste mês, o diretor-geral da Iata, Alexandre de Juniac, já havia se mostrado “preocupado com os recentes acontecimentos que apontam para um futuro de fronteiras restritas e protecionismo”.
Para relembrar: a restrição aplicada pelos Estados Unidos afeta voos da Cairo, Istambul, Cidade do Kuwait, Abu Dhabi e Doha, além de Amã, na Jordânia, Casablanca, no Marrocos e Jidá e Riade na Arábia Saudita, em 350 voos semanais.
Já a decisão britânica, mais ampla, atinge Turquia, Líbano, Egito, Arábia Saudita, Jordânia e Tunísia, em 400 voos semanais. Segundo o site Skift, o Canadá também estaria planejando adotar uma medida semelhante.
Publicamente, a aéreas que realizam esses trajetos disseram que vão adotar as medidas, em nome da segurança, e a Emirates até anunciou um “jeitinho” para seguir a regra e manter algum nível de conforto para os passageiros.
O diretor-executivo e de Operações da Global Business Travel Association, Michael McCormick, ressalta que os viajantes corporativos geralmente são aconselhados a manter seus eletrônicos próximos o tempo todo, para proteger as informações da empresa.
“Isso cria incerteza para todos os viajantes, eles ficam imaginando se a regra se aplica a eles, se irá se aplicar amanhã, se precisam se planejar de forma diferente para conseguir completar seus objetivos profissionais”, disse, e também reclamou que, dessa vez, a medida foi anunciada em cima da hora, sem tempo para que a entidade alertasse as empresas.
O analista de Segurança Aérea Internacional na companhia de gerenciamento de risco IJet International, Max Leitschuh, afirmou que empresas afetadas pelas medidas irão reconsiderar as rotas que utilizam, pois um viajante que vai de Dubai para Frankfurt e depois para Nova York não terá as mesmas restrições do que quem voar diretamente de Dubai para a cidade americana, por exemplo.
A mesma lógica poderia ser aplicada por terroristas.
“Nós esperamos que, no futuro, grandes mudanças nos protocolos de segurança virão acompanhadas por uma mensagem clara de que a intenção do governo não é suprimir as viagens, mas torná-las mais seguras, e que viajantes legítimos a lazer ou trabalho continuarão sendo bem-vindos e valorizados pelos Estados Unidos”, disse o vice-presidente executivo para Assuntos Públicos da U.S. Travel Association, Jonathan Grella.
Em discurso mais cedo neste mês, o diretor-geral da Iata, Alexandre de Juniac, já havia se mostrado “preocupado com os recentes acontecimentos que apontam para um futuro de fronteiras restritas e protecionismo”.
Para relembrar: a restrição aplicada pelos Estados Unidos afeta voos da Cairo, Istambul, Cidade do Kuwait, Abu Dhabi e Doha, além de Amã, na Jordânia, Casablanca, no Marrocos e Jidá e Riade na Arábia Saudita, em 350 voos semanais.
Já a decisão britânica, mais ampla, atinge Turquia, Líbano, Egito, Arábia Saudita, Jordânia e Tunísia, em 400 voos semanais. Segundo o site Skift, o Canadá também estaria planejando adotar uma medida semelhante.
*Fonte: Skift