Felippe Constancio   |   07/12/2016 11:26

Cinco tendências no setor aéreo em 2017

Conforme estudo, mercado deve acentuar seu movimento segmentação com proliferação da classe econômica premium, ancillary fees e na ascensão da econômica básica

Preços mais baixos nos combustíveis, melhora no cenário econômico de países de grande economia e incerteza política em outros. Mais preocupação com segurança e busca incessante de corte de custos em uma era de atenção centrada no viajante. Afinal, o que pode se dizer das viagens corporativas para 2017?

Em um estudo recente, a Amex GBT sugere que, para o próximo ano, apesar de melhora na demanda em âmbito mundial, o excesso de capacidade e a acirrada concorrência das grandes linhas aéreas com as aéreas low costs limitará os movimentos das tarifas em regiões como América do Norte. Enquanto isso, na América Latina o excesso de capacidade continua prevalecendo, ao passo que na Europa as aéreas devem sofrer com a maior concorrência vinda tanto do lado das low costs nos voos mais curtos quanto das aéreas do golfo nos voos mais longos.

Aiky/Flickr

Mas quais mudanças concretas devem aparecer para além das oscilações ocasionais regionais?

Conforme mostra o estudo da Amex GBT, o mercado deve acentuar seu movimento segmentação a fim de atender à demanda no rastro da proliferação da classe econômica premium, no leque de possibilidades de serviços auxiliares e na ascensão da econômica básica.

Confira:

TARIFAS
De acordo com o estudo, a baixa nos preços das commodities e derivados do petróleo vista ao longo de 2016 pode ter favorecido as linhas aéreas, mas no final das contas os preços mais baixos fizeram com que as empresas conseguissem oferecer mais capacidade, o que aumentou a concorrência e segurou os preços. O efeito dos preços das commodities energéticas influenciou mais a dinâmica de precificação que os preços em si.

"Os preços do petróleo e taxas referentes a combustível não devem subir consideravelmente ao longo de 2017 - a menos que um acontecimento de influência em escala mundial suba os preços do petróleo. Mas clientes devem ficar preparados para ver as tarifas acompanharem eventual alta", ressalta o estudo.

SERVIÇOS ADICIONAIS
Dos últimos anos para cá, os produtos adicionais oferecidos pelas linhas aéreas cresceram. Em 2015, a alta foi de 19% em relação ao ano anterior, chegando a US$ 60 bilhões mundialmente.

De acordo com o estudo, pode ser que as classes econômicas premium agreguem mais produtos e tenham mudança no preço. Serviços estes podem ser assento preferencial, checagem de bagagem, embarque prioritário e mais opções de alimentação. Enquanto as ancillary fees ficam limitadas mais às low costs na Ásia, na Europa e na América do Norte elas terão mais impacto. No Oriente Médio, elas aparecem aos poucos com peso adicional da bagagem.

Bernal Saborio/Flickr

ECONÔMICA PREMIUM

Considerada "algum lugar" entre a classe econômica e executiva, a econômica premium têm se proliferado ultimamente entre as companhias aéreas dos Estados Unidos e da Ásia, enquanto já tem mostrado sucesso a Europa e Oceania. Mais do que upgrades já existentes e promovidos como "conforto extra", a econômica premium representa uma classe diferente de serviços, que incluem uma cabine separada, mais opções de alimentos, mais amenidades e privilégios. "De muitas formas, ela representa a última geração das classes executivas", diz o documento.

Ao dar a oportunidades a travel managers de ou melhorar a experiência do viajante com um upgrade ou economizar dinheiro sem ter que forçar um downgrade, a econômica premium deve gerar um interesse particularmente nos clientes corporativos nos Estados Unidos e nos voos de média distância."

ECONÔMICA BÁSICA
No intuito de concorrer com as linhas áreas low cost, muitas tradicionais dos Estados Unidos introduziram tarifas básicas. Essa tendência deve se estender a segmentos que antes não contavam com a opção, como, em alguns casos, nos voos transatlânticos.

"Conforme essas tarifas aparecem mais, os clientes corporativos devem ficar cientes das limitações, como a impossibilidade de alteração de itinerário ou assento, para então determinar se é benéfico à empresa. Se sim, a política ao redor das tarifas básicas deve considerar isso; se não, os clientes devem considerar bloquear a opção nos OBTs".

DESEMPENHO OPERACIONAL
Ano passado, empresas criaram garantias operacionais ao corporativo nas quais compensam por custos reais ocasionados à empresas em casos de problemas operacionais como atrasos e cancelamentos. Tais contratos devem mostrar o valor do serviço das companhias aos decisores sobre parcerias com aéreo no corporativo. "Para os travel buyers, isso significa considerar o valor do tempo do viajante e o custo de uma reunião perdida - e então escolher as linhas aéreas que oferecem o serviço mais confiável. Muitas vezes, isso pode significar olhar para as aéreas que têm investido em operações precisas e pontuais."

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