Bleisure já é praticado por 64% dos viajantes; saiba como aproveitar
Executivo do Amadeus defende que experiência do agente de viagem é a chave para os viajantes corporativos aproveitarem todos os benefícios do bleisure sem que entre em perigo
Ainda que em menor escala, aproveitar viagens a trabalho com algum entretenimento pessoal sempre foi possível para boa parte dos viajantes corporativos. Hoje, dada a chegada de uma nova geração à população economicamente ativa em diversos segmentos importantes ao turismo corporativo, o bleisure é uma tendência mesmo entre profissionais de empresas que não sabem o que é ficar sem um colaborador no escritório por mais de um dia.
Uma vez que poucos deixariam de aproveitar o que um destino novo pode oferecer mesmo a quem veste uma roupa social, o bleisure não é visado apenas por quem ama viagens, lembra o diretor comercial do Amadeus para América Latina, Paulo Rezende. "É uma maneira fácil que os viajantes têm de conhecer lugares fora de sua vida comum - e muito mais fácil e prático que um modelo tradicional de viagens, que ele só teria se planejasse e pagasse"
Segundo o executivo, o reconhecimento de que o bleisure oferece eficácia tanto a empresas quanto a empregados - e que empregados mais satisfeitos são mais produtivos - as empresas latinas têm adotado a prática. De acordo com o diretor do Amadeus, a maioria delas continua pedindo relatórios de gastos detalhados, mas com menos rigorosidade, pensando no lado prático para se ajustar no novo formato de viagem.
"O bleisure chegou para ficar. Para que se tenha uma ideia do mercado, de acordo com um estudo da Phocuswright, 64% dos viajantes corporativos agregam ao menos uma extensão livre durante suas viagens. Destes, a média é de quatro dias de extensão, e 60% fazem os passeios acompanhados". Por esse motivo, agências de viagens corporativas e gestores lançam mão de soluções tecnológicas para dar apoio ao colaborador, pontua Rezende.
Mas planejar um bleisure pode ser mais complexo do ponto de vista de uma agência de viagens, uma vez que tal formato de viagem exige flexibilidade - o que mostra a importância das TMCs e gestores no avanço da tendência. "Se um viajante corporativo quiser mesclar o tempo livre durante os dias de trabalho, tomando uns dias de lazer ao final da viagem, as TMCs podem ajudá-lo, sendo alguém que ele possa confiar, que já tenha feito isso anteriormente."
O executivo diz que o profissional pode sugerir pontos turísticos, passeios como teatros e restaurantes e lugares para conhecer após um dia de reuniões. "A experiência do agente de viagem é a chave para os viajantes corporativos aproveitarem todos os benefícios do bleisure sem que entre em perigo. Por isso, é fundamental que os agentes de viagem estejam antenados a essa tendência para criar oportunidades de melhorar a cada dia a jornada do turista de negócios."