Mudanças de "economia do futuro" já ocorrem; estudo

O mundo dos negócios está passando por uma mudança profunda que, pelo fato de ser guiada pela tecnologia móvel e integração digital, deve impactar a forma pela qual as empresas manejam seus executivos nas viagem corporativas. Pelo menos é o que defende a Concur em sua última e abrangente análise intitula Inovação e Oportunidade no Turismo a Negócios nos Estados Unidos.

No estudo, a Concur pontua que a nova dinâmica de mobilidade dos empregados forçará uma revisão na forma com que os negócios operam. Em outras palavras, as mudanças prometidas por uma economia do futuro já estão em andamento. Por isso, há uma tendência de maior pressão na prontidão do atendimento, que obriga os empregados a conseguirem resolver problemas independentemente da localização.

Dadas as mudanças no comportamento do viajante, graças às novas tecnologias, a indústria vem mostrando inovação, de forma ainda mais acentuada nas estratégias envolvendo telefonia móvel, enquanto os clientes vem alterando suas políticas de viagem em resposta à complexidade do ambiente.

Para o vice-presidente da empresa de soluções em viagens corporativas, Scott Torrey, a "regra vigente para agendamentos realmente caiu por terra, com o mundo dos negócios oscilando, à beira de um abalo sísmico".

"Assim como as cafeterias vêm se tornando o terceiro local de trabalho entre psicólogos que oferecem sessões de terapia via Skype, estamos redefinindo o ambiente de trabalho e nosso papel dentro dele, moldando a produção da economia no futuro", diz o porta-voz.

A chegada da Geração Z também trará desafios aos negócios, com muitas companhias optando por trabalhar com dispositivos próprios e interagindo por meio de aplicativos em vez de email.

De acordo com o estudo, as mudanças que estão por vir são grandes e diversas independentemente do tamanho das empresas. "Este conceito de economia em andamento trará consigo muita mudança e mudanças rápidas, o que significa que os negócios não terão como se sustentar em tecnologias e pensamentos ultrapassados".

O ESTUDO
Resultado de uma série de entrevistas com executivos que viajaram em 2014 e travel managers que prestaram serviços em 2015, o estudo da Concur contou com mais de 700 voluntários - incluindo fontes de hotéis, linhas aéreas, locadoras de carros, intermediárias e empresas de tecnologia.

Com previsões e análise de tendências para os anos de 2016 e 2017, o estudo concluiu que o mercado de viagens corporativas dos Estados Unidos chegou a US$ 112 bilhões em geração de receita em 2015 - um crescimento de 4% em relação ao ano anterior. Em 2017, o montante será de US$ 119 bilhões.


Quanto à forma de aquisição dos serviços, a pesquisa aponta que os canais on-line manterão o crescimento, ainda que de forma menos intensa no turismo de negócios. As reservas on-line chegarão a US$ 74 bilhões nos Estados Unidos em 2017 e corresponderão a 62% do mercado de viagens corporativas no próximo ano. As ferramentas de reservas on-line, contudo, praticamente dominam o mercado, com 92% dele usando ao menos uma das OBTs.

Outros dados relevantes da pesquisa são aqueles relacionados às estratégias prioritárias dos travel managers. Enquanto 59% busca corte de gastos, 47% estão com as atenções voltadas às políticas internas, o compliance. Dos programas de risco de gerenciamento, a segurança do viajante é a maior preocupação - a qual o estudo aponta para uma tendência em acomodações privadas e seguras em tempos de tensões políticas em várias partes do mundo.



Das prioridades em tecnologia, a melhora nos serviços via celular é essencial para 77% dos travel managers. Funcionalidades relacionadas a gerenciamento de gastos também está no top of mind dos profissionais, uma vez que estão com os olhares voltados a soluções práticas e fáceis aos viajantes que, por serem de boa parte millennials, demandam agilidade nos serviços. "Os millennials são pivô da ascensão do mobile", frisa o estudo.

Das tendências no futuro próximo, o mobile é a mais significativa. "Taxas de conversão nos smartphones, apesar de baixas no momento, devem melhorar, e nem fornecedores e nem intermediários podem negligenciar uma solução mobile por receio de serem deixados para trás", alerta o estudo. "Os travel managers têm que encontrar caminhos para manter a funcionalidade de seus programas e deixá-los flexíveis o bastante para uma geração de viajantes. Conforme as mudanças comportamentais e tecnológicas alteram a paisagem, cada participante do mercado deve se adaptar e evoluir", sugere a Concur.