Maria Izabel Reigada   |   25/08/2022 20:05
Atualizada em 25/08/2022 20:10

CEO da Alta propõe incentivos para aéreas adotarem combustível sustentável

Combustível sustentável ainda gera debates na aviação


Jefferson Peixoto/especial para PANROTAS
O CEO da Associação Latino-Americana de Transporte Aéreo (Alta), José Ricardo Botelho
O CEO da Associação Latino-Americana de Transporte Aéreo (Alta), José Ricardo Botelho
SALVADOR – O Brasil tem pelo menos cinco dos principais insumos para produção do SAF, sigla em inglês para o combustível sustentável da aviação. A informação é do CEO da Associação Latino-Americana de Transporte Aéreo (Alta), José Ricardo Botelho. Ele defende que a indústria aérea é uma das mais preocupadas com a redução das emissões, com forte comprometimento para a prática sustentável das atividades. “Não apenas as empresas aéreas, mas toda a cadeia produtiva da aviação está comprometida com a sustentabilidade”, diz o CEO da Alta, destacando que a associação conta com 170 membros, entre empresas aéreas e fornecedores.

Segundo Botelho, uma empresa brasileira começará a produzir o SAF no Paraguai. “Começar essa produção é fundamental, mas é preciso saber como as aéreas poderão migrar para o combustível sustentável. É um excelente momento para debater isso, porque não queremos que o SAF seja algo mandatório, uma nova obrigação para as empresas aéreas”, explica Botelho, lembrando que na Europa e nos Estados Unidos as empresas aéreas contaram com subsídios para enfrentar a pandemia, algo que não ocorreu no Brasil.

“Queremos que existam incentivos para a adoção do SAF, assim podemos vislumbrar a migração das companhias para esse combustível, sem prejudicar ainda mais empresas que precisam assegurar sua competitividade”, propõe. Segundo Botelho, esses incentivos devem vir de políticas públicas que priorizem a sustentabilidade ambiental e econômica.

A PANROTAS viaja a convite da Capa Latin America e da Secretaria de Turismo de Salvador

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