DIA MUNDIAL DO TURISMO: A poupança da quarentena é alívio para as viagens
Secretário de Turismo de São Paulo fala dos números iniciais da retomada das viagens
ARTIGO - DIA MUNDIAL DO TURISMO
"O Turismo e a poupança de quarentena
Por Vinicius Lummertz
Secretário de Turismo do Estado de São Paulo
O conceito de liberdade, naturalmente implícito à atividade turística, passou a significar o oposto do que recomendavam os protocolos de segurança e a ideia de confinamento. Como pegar um avião, hospedar-se em um hotel ou visitar um novo destino se tudo o que devemos fazer é não sair de casa? A quarentena levou o Turismo de São Paulo a registrar o pior impacto econômico que se teve notícia nas últimas décadas: 138 mil empregos desapareceram, o Estado perdeu mais de 17 milhões de viagens e as perdas econômicas vão bater os R$ 16 bilhões até o fim do ano.
Mas engana-se quem pensa que o Turismo saiu de cena, porque ele jamais abandonou o imaginário coletivo - e há provas disso: em meio a notícias tão desanimadoras, o Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), em parceria com a Fundação Instituto de Administração, da USP, confirmou a existência de uma poupança de viagem robusta do viajante de São Paulo, estimada em R$ 41 bilhões, que está prestes a desaguar em destinos dos mais variados, sejam eles no próprio Estado, no Brasil ou em destinos internacionais. O Turismo de São Paulo pode ficar com até R$ 13,1 bilhões dessa poupança, segundo as projeções, o que significa uma injeção de ânimo significativa para a economia do Estado e para todo o setor que, ao contrário do que alguns imaginam, responde por um em cada dez postos de trabalho.
Estou certo de que cada real de salário que teve como destino a poupança de viagem foi um depósito de esperança no futuro, um dinheiro reservado para aquilo que se deseja muito, mas que o horizonte próximo ainda não permitiu colocar nos planos. Estamos na iminência de pisar de novo no acelerador e de retomar a confiança. Estamos prestes a testemunhar uma disputa acirrada pela poupança de viagem do turista de São Paulo. Estão todos de olho nessa reserva que pode recender comércios e reativar serviços de 52 segmentos ligados direta ou indiretamente ao Turismo.
A decisão vai depender do grau de confiança do turista, da estratégia de atração do destino e, sobretudo, da evolução da epidemia. A retomada pede cautela, a exemplo do que tem ensinado o Plano São Paulo, garantido um retorno seriado das atividades e esforços na produção de uma vacina contra a covid-19. Enquanto ela não chega, destinos de proximidade são, nesse momento, a primeira etapa para um retorno consistente, preservando o distanciamento social, privilegiando os destinos de natureza e as viagens em pequenos grupos. Ao priorizar a proximidade, o turista ainda reforça aquela ação nobre que tanto praticamos na quarentena: a de beneficiar o produtor local, seja ele o comerciante, o agente de turismo ou vendedor de coco.
Vamos terminar essa conversa com duas boas notícias. A primeira, é que falta pouco e já é possível se movimentar pelos destinos de forma cuidadosa. A segunda, é que o Turismo de proximidade está longe de limitar as boas escolhas no nosso País: aquela experiência inesquecível de viagem pode estar a poucos quilômetros de distância de você.
Que este domingo, 27, Dia Mundial do Turismo, simbolize um recomeço seguro do ponto de vista da saúde e responsável do ponto de vista da escolha do destino. Use bem a sua poupança de viagem."
"O Turismo e a poupança de quarentena
Por Vinicius Lummertz
Secretário de Turismo do Estado de São Paulo
O conceito de liberdade, naturalmente implícito à atividade turística, passou a significar o oposto do que recomendavam os protocolos de segurança e a ideia de confinamento. Como pegar um avião, hospedar-se em um hotel ou visitar um novo destino se tudo o que devemos fazer é não sair de casa? A quarentena levou o Turismo de São Paulo a registrar o pior impacto econômico que se teve notícia nas últimas décadas: 138 mil empregos desapareceram, o Estado perdeu mais de 17 milhões de viagens e as perdas econômicas vão bater os R$ 16 bilhões até o fim do ano.
Mas engana-se quem pensa que o Turismo saiu de cena, porque ele jamais abandonou o imaginário coletivo - e há provas disso: em meio a notícias tão desanimadoras, o Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), em parceria com a Fundação Instituto de Administração, da USP, confirmou a existência de uma poupança de viagem robusta do viajante de São Paulo, estimada em R$ 41 bilhões, que está prestes a desaguar em destinos dos mais variados, sejam eles no próprio Estado, no Brasil ou em destinos internacionais. O Turismo de São Paulo pode ficar com até R$ 13,1 bilhões dessa poupança, segundo as projeções, o que significa uma injeção de ânimo significativa para a economia do Estado e para todo o setor que, ao contrário do que alguns imaginam, responde por um em cada dez postos de trabalho.
Estou certo de que cada real de salário que teve como destino a poupança de viagem foi um depósito de esperança no futuro, um dinheiro reservado para aquilo que se deseja muito, mas que o horizonte próximo ainda não permitiu colocar nos planos. Estamos na iminência de pisar de novo no acelerador e de retomar a confiança. Estamos prestes a testemunhar uma disputa acirrada pela poupança de viagem do turista de São Paulo. Estão todos de olho nessa reserva que pode recender comércios e reativar serviços de 52 segmentos ligados direta ou indiretamente ao Turismo.
A decisão vai depender do grau de confiança do turista, da estratégia de atração do destino e, sobretudo, da evolução da epidemia. A retomada pede cautela, a exemplo do que tem ensinado o Plano São Paulo, garantido um retorno seriado das atividades e esforços na produção de uma vacina contra a covid-19. Enquanto ela não chega, destinos de proximidade são, nesse momento, a primeira etapa para um retorno consistente, preservando o distanciamento social, privilegiando os destinos de natureza e as viagens em pequenos grupos. Ao priorizar a proximidade, o turista ainda reforça aquela ação nobre que tanto praticamos na quarentena: a de beneficiar o produtor local, seja ele o comerciante, o agente de turismo ou vendedor de coco.
Vamos terminar essa conversa com duas boas notícias. A primeira, é que falta pouco e já é possível se movimentar pelos destinos de forma cuidadosa. A segunda, é que o Turismo de proximidade está longe de limitar as boas escolhas no nosso País: aquela experiência inesquecível de viagem pode estar a poucos quilômetros de distância de você.
Que este domingo, 27, Dia Mundial do Turismo, simbolize um recomeço seguro do ponto de vista da saúde e responsável do ponto de vista da escolha do destino. Use bem a sua poupança de viagem."