Raphael Silva   |   19/12/2017 11:38

Inspirada no Netflix, Lufthansa quer "prever" viagens

Algoritmo combina dados dos passageiros para tentar prever qual será o próximo destino baseado nas características de compra, mas carência na coleta de dados ainda é um problema

Kiefer/Flickr
Lufthansa quer utilizar dados de passageiros para otimizar experiência e lucratividade de serviços cada vez mais personalizados
Lufthansa quer utilizar dados de passageiros para otimizar experiência e lucratividade de serviços cada vez mais personalizados
Não são poucas as empresas que buscam utilizar dados de consumo dos clientes na hora de tentar oferecer o melhor produto a eles em uma futura venda. No entanto, a estratégia, utilizada principalmente por OTAs, perde força quando praticada diretamente pelas companhias aéreas por conta de erros no processo de coleta destes mesmos dados.

Enquanto marcas como Google e Facebook obtêm informações em tempo real pela utilização do público, o Turismo tem Airbnb, Booking.com e Expedia realizando o melhor do setor neste quesito para criar e segmentar produtos que atendam às necessidades individuais de cada cliente. Isso, porém, não se estende às aéreas, que contam com um volume muito menor de informações em relação às empresas citadas acima, mas o Grupo Lufthansa quer mudar essa história.

Segundo o diretor digital (Chief Digital Officer, em inglês) do conglomerado aéreo, Christian Langer, eles já trabalham em um algoritmo que combina os dados e os utiliza de modo a "prever" para onde o passageiro deverá viajar em sua próxima viagem. O modelo é parecido com o que o Netflix utiliza para recomendar conteúdo aos usuários baseado no que já foi assistido na plataforma, mas ainda demanda melhorias.

"É claro que para isso [utilização completa do algoritmo] é necessário coletar muitos dados. É isso que estamos começando a fazer, uma vez que outras empresas já possuem muito mais [dados] do que nós", admitiu Langer durante participação no Fórum Global Skift, em Nova York, nos Estados Unidos.

O executivo revela que, inicialmente, o objetivo é encontrar a melhor maneira de coletar dados dos milhares de passageiros que voam pelas aéreas do grupo todos os dias. "Nós sabemos o vinho que você prefere e quais filmes você assiste, mas assim que pousamos, tudo isso é perdido. Precisamos mudar isso", explicou.

O movimento da Lufthansa, que quer ser pioneira no assunto, deve inspirar outras aéreas a buscarem uma melhor forma de coleta de dados, e também, a procurarem uma maneira de aproveitá-los de maneira lucrativa.


*Fonte: Skift

conteúdo original: http://bit.ly/2BGjwfN

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