Amadeus: viagens serão personalizadas e "ininterruptas"
Personalização e seamlessness. Essas são as duas tendências mais relevantes para o sucesso do setor de viagens nos próximos cinco ou sete anos, conforme destaca a Amadeus em estudo recente, realizado em parceria com a A. T. Kearney.
Personalização e seamlessness. Essas são as duas tendências mais relevantes para o sucesso do setor de viagens nos próximos cinco ou sete anos, conforme destaca a Amadeus em estudo recente, realizado em parceria com a A. T. Kearney.
A personalização, para a Amadeus, aparece em oposição ao mercado massificado e é facilitada pela tecnologia (como big data e inteligência artificial), pela disposição de governos e de consumidores em compartilhar dados, pelo elevado poder de compra dos viajantes e pela economia compartilhada. O estudo ainda destaca o alto nível de fidelização das relações nesse contexto, uma vez que os consumidores não mais procuram por aquilo que querem, já que as empresas já podem ter essa informação.
O conceito de seamlessness, ou desprendimento, por sua vez, se coloca como um contraponto à fragmentação. As viagens, nesse sentido, oferecem experiências mais convenientes, com conexões entre os meios de transporte e facilidade para adaptação, por conta da tecnologia mobile. Soluções de pagamento, reconhecimento por voz e tradução automática também são itens que tornam as viagens mais fáceis.
Com tais tendências, a Amadeus destaca a criação de quatro "mundos" macroeconômicos distintos:
- Picasso: um cenário baseado em um mundo fragmentado, com preocupações crescentes sobre segurança. O nacionalismo crescente fragmenta o mundo e os países passam a adotar políticas mais protecionistas. Em relação às viagens, surge a demanda por personalização e inovação;
- Dali: cenário no qual a prosperidade econômica leva ao compartilhamento de dados, com leis de privacidade mais relaxadas e regulamentação mais branda. Com o acesso aos dados, a personalização se torna mais fácil, além de benefícios como controle menor nas fronteiras;
- Bosch: cenário fragmentado no qual o protecionismo se destaca, impondo fortes regulamentações. Ameaças como o terrorismo geram desconfiança em questões de segurança, o que inibe o crescimento de uma economia orientada por dados. Dessa forma, os consumidores recorrem a marcas estabelecidas e confiáveis no setor de viagens;
- Warhol: com o crescimento da economia na Ásia e a estagnação no Ocidente, tal cenário destaca a continuidade da colaboração além das fronteiras e o desenvolvimento da economia baseada em dados. O cenário também aponta para a personalização como um nicho por conta dos recursos limitados dos consumidores, entre outros fatores.