Smiles espera ser "completa" ao turista em até 4 anos
Em conversa com jornalistas, o presidente da companhia de fidelidade Smiles, Leonel Andrade, revelou que a empresa espera estar presente em todos os segmentos de serviços de turismo que seus clientes usam em no máximo quatro anos
Há três anos, quando a companhia de fidelidade Smiles anunciou sua oferta pública de ações, teve sua abertura bem recebida, dentre os motivos, pelo perfil atuante de uma empresa do tipo em um mercado doméstico com perspectivas positivais - principalmente no uso do cartão de crédito. Apesar de situação econômica nos dias de hoje ser bem diferente, a Smiles - desculpe o trocadilho - pode sorrir para o futuro, e ainda traçar a meta de estabelecer parceria em todos os segmentos que o turista obtém serviços assim que desce do avião.
Nos últimos três anos, por meio de estratégias de marketing, parcerias com bancos e diversificação de produtos, a empresa conquistou um market share de quase 60% na classe A e se posicionou como uma das mais fortes do mercado. Nos atuais tempos de crise, a empresa tem compensado o esfriamento das viagens com forte foco na facilitação do acúmulo e do resgate de milhas e recentemente apareceu como uma das marcas mais valiosas do País neste ano, segundo uma pesquisa do grupo WPP, publicada pela revista Exame.
Tanto para o momento quanto para os próximos anos, a perspectiva é positiva por conta da diversificação também nos mercados. O presidente da companhia, Leonel Andrade, no anúncio da parceira com a plataforma de reserva de hotéis Rocketmiles, afirmou que o principal objetivo da Smiles no horizonte é fazer com que o viajante tenha toda sua viagem planejada com a empresa. "Nós vamos construir um marketplace completo para o turista. Nesse sentido, temos de começar por algum lugar. Como a gente cresce muito no internacional, nosso o segundo passo do viajante foi o hotel".
Ainda que sem um prazo preciso para estar presente em locação de veículos, tíquetes, reserva de restaurantes, pacotes e receptivo, a Smiles tem como meta encurtar seus ciclos de maturação nos segmentos em que atua e enfim ser "completa" ao turista até 2020. "Acreditamos que em um ciclo menor, de um ano e meio ou no máximo dois anos, será o suficiente para estarmos entre as empresas líderes em no segmento de hotéis. Vamos olhar outras oportunidades, e por isso não quer dizer que entraremos em outros (segmentos) só daqui dois anos. Acho razoável pensar que em três anos ou no máximo quatro anos sejamos uma empresa completa ao turista".
O presidente da companhia ressaltou que mesmo sem uma empresa de turismo como parceira, a Smiles não tem pretensão de se funcionar ou concorrer com uma agência. "A gente prefere ser asset light e operar com parcerias porque somos especialistas nisso. Se nos associarmos a aéreas, varejo, nós chegamos mais longe. A gente tem sim o desejo de ser a opção completa. Esse é um segmento de parcerias que uma hora todo mundo concorre com todo mundo. A gente gera hoje milhares de tíquetes de avião e sei que meu cliente é atendido por vários serviços".