Dória quer usar modelo de gestão do Central Park em SP
O Prefeito eleito da cidade de São Paulo, João Dória pretende importar o modelo de gestão utilizado no Central Park, em Nova York, para o Parque do Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo. Atualmente, uma organização sem fins lucrativos gerencia o parqu
O prefeito eleito da cidade de São Paulo, João Dória pretende importar o modelo de gestão utilizado no Central Park, em Nova York, para o Parque do Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo. Atualmente, uma organização sem fins lucrativos gerencia o parque americano, onde já investiu US$ 875 milhões nos 36 anos de gestão.
Anteriormente, Dória já afirmou sua intenção de conceder o parque, assim como outras localizações, à iniciativa privada em uma concessão. Mas a nova ideia, de que a administração do Ibirapuera seja compartilhada não com uma empresa, mas com vários patrocinadores, agrada à equipe do prefeito. O Central Park vive de doações de milionários, empresas e frequentadores em geral.
O Parque do Ibirapuera custa, em média, R$ 22,7 milhões para os cofres públicos de São Paulo, enquanto o Central Park tem um custo anual equivalente a R$ 214 milhões. Porém, 75% deste valor é arrecadado pela organização que administra o parque, e a prefeitura de Nova York entra com o resto. O PortalUolfez uma conta, para caso essa mesma proporção fosse feita em São Paulo, e a conclusão foi que a gestão pública teria um custo reduzido de R$ 22,7 milhões para R$ 5,7 milhões.
CRÍTICAS
Porém, há quem acredite que o modelo americano não daria certo em São Paulo. O urbanista Valter Caldana afirma que "não temos a cultura americana da filantropia. Além disso, nossa experiência com concessões mostra que o interesse público acaba substituído pelo privado."
Ele completa se mostrando mais preocupado com o aspecto social do parque: "A questão não é quem vai administrar o papel higiênico, mas se o aspecto social do parque será mantido ou não. O usuário vai continuar se sentindo confortável?", completou Caldana.
*Fonte: Uol