Roberta Queiroz   |   24/08/2015 15:55

Unesco: destruição de templo sírio é "crime de guerra"

A Unesco declarou hoje que a destruição de um dos templos da cidade antiga de Palmira, na Síria, pelo grupo terrorista Estado Islâmico é um "crime de guerra".

DA AGÊNCIA BRASIL

A Unesco declarou hoje que a destruição de um dos templos da cidade antiga de Palmira, na Síria, pelo grupo terrorista Estado Islâmico é um "crime de guerra". "Os autores deverão responder pelas suas ações", afirmou em comunicado a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, citada pela agência de notícia France Presse (AFP). Ela apela à comunidade internacional "para que continue unida contra esta purificação cultural".

Foi confirmado no domingo que os extremistas do Estado Islâmico, que controlam Palmira (conhecida localmente como Tadmur) desde maio, detonaram explosivos colocados no templo de Baal Shamin, construído no ano 17 d.C. e classificado de patrimônio mundial da humanidade. De acordo com a Unesco, a sua "cella" (parte central do templo) foi danificada e as colunas que a rodeavam desabaram.

HISTÓRICO
Na semana passada, também divulgaram que o Estado Islâmico decapitou um dos maiores especialistas dos tesouros arqueológicos da cidade histórica. Khaled Al Assad, de 82 anos, era o antigo responsável pelas antiguidades e pelos museus de Palmira e ajudou a preservar os tesouros arqueológicos da cidade, também conhecida de “pérola do deserto”, durante meio século. O Estado Islâmico considera o patrimônio religioso pré-islâmico, especialmente as estátuas de expressões de idolatria, terminantemente proibido pela teologia islâmica que o grupo afirma seguir.

Segundo a ONU, mais de 300 locais históricos na Síria foram danificados, destruídos ou pilhados ao longo do conflito de mais de quatro anos.

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