Maria Izabel Reigada   |   06/06/2013 10:34

Concessões começam com portos de Santos e Pará

A presidenta Dilma Rousseff sancionou ontem a Lei dos Portos com dez vetos, englobando 13 pontos. Os principais vetos referem-se a dispositivos sobre renovação e prorrogação de concessões e a garantia de concorrência que a nova lei quer

DA AGÊNCIA BRASIL

A presidenta Dilma Rousseff sancionou ontem a Lei dos Portos com dez vetos, englobando 13 pontos. Os principais vetos referem-se a dispositivos sobre renovação e prorrogação de concessões e a garantia de concorrência que a nova lei quer implementar. Os vetos visam a garantir "a competitividade do setor e afastar qualquer insegurança jurídica”, disse a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Com a sanção da Lei dos Portos, o governo espera dar início ao processo de concessão de terminais públicos sob as novas regras na primeira quinzena de julho, com a publicação dos estudos do primeiro bloco.

No primeiro lote, que deve ir a leilão em outubro, serão licitados 52 terminais do Porto de Santos e da Companhia de Docas do Pará, 26 de cada. A expectativa do governo é atrair R$ 2 bilhões de investimentos nos leilões. De acordo com a chefe da Casa Civil, mais três blocos de terminais serão licitados em seguida: a segunda etapa terá 43 terminais dos portos de Salvador, Aratu e Paranaguá; o terceiro bloco, com 36 terminais nos portos de Suape, Itaqui e demais portos do Norte e Nordeste; e o último, com 28 terminais de Vitória, Rio de Janeiro, Itaguaí, Rio Grande e São Francisco do Sul. “A meta é que os arrendamentos tenham licitações publicadas até janeiro de 2014”, disse.

Já as autorizações para novos terminais deverão ser apresentados em outubro, informou Gleisi. Pelos pedidos apresentados até agora à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o governo calcula que haverá investimentos de pelo menos R$ 26 bilhões nessa fase.

Ao explicar os dez vetos feitos pela presidenta Dilma Rousseff ao texto da lei provado pelo Congresso Nacional em maio, Gleisi disse que a decisão levou em conta todos os acordos feitos entre governo, trabalhadores e relatores da proposta na Câmara dos Deputados e no Senado. “Não quebramos nenhum acordo, tudo que foi acordado entre governo, trabalhadores e o relator está sendo sancionado pela presidenta da República”, disse. “Os vetos foram feitos para garantir o objetivo principal da lei, que era garantir a abertura e a competitividade do setor e afastar qualquer insegurança jurídica”, acrescentou.

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