Ministério do Turismo avalia crescimento dos cruzeiros
Ministerio do Turismo avalia crescimento dos cruzeiros O Ministerio do Turismo, oficialmente, ainda nao tem uma posicao sobre a problematica
O Ministério do Turismo, oficialmente, ainda não tem uma posição sobre a problemática levantada durante a Abav 2008 se há ou não um excesso de oferta de cabines de cruzeiros marítimos, o que seria prejudical à hotelaria nacional. Segundo Ricardo Maesche, coordenador de Serviços Turísticos do MTur, essa é uma demanda nova, que foi provocada por um aumento repentino da oferta de cabines pelas operadoras marítimas e que ainda não foi avaliado.
"Vamos observar o comportamento do mercado nessa temporada. Essa é uma demanda nova para o ministério", explicou. Segundo Maesche, esse crescimento está atrelado ao grande interesse dos brasileiros por este tipo de turismo. Se todos que manifestam desejo de embarcar num cruzeiro marítimo realmente concretizassem a compra por pacotes de turismo marítimo, a demanda nacional garantiria pelo menos quatro grandes temporadas, estima o MTur. Esse fator, aliado à crise mundial, despertou mais interesse das operadoras internacionais pelo mercado brasileiro, que também entra no verão justamente quando a Europa está na sua baixa temporada de cruzeiros, por ser inverno.
"Existe uma concorrência de mercado que não podemos interferir. Qualquer ação na limitação, seria contra a Lei de Cabotagem. Onde existe espaço para trabalharmos é na limitação da capacidade de carga dos destinos desses cruzeiros", afirmou o coordenador. “Podemos estabelecer um determinado percentual de crescimento para que possamos ter um desenvolvimento gradual, e não explosivo. Porque também é complicado esses portos se estruturarem para receber dez navios em um dia e zero no outro."
Nos últimos anos, o governo também atuou na área tributária para estimular uma concorrência mais igual entre os cruzeiros e os hotéis. Nesse sentido é que foi suspensa a isenção de PIS e Cofins para arrendamento de navios. O número de contratações de brasileiros para trabalhar nos navios que fazem cabotagem no País também aumentou de 10% para 25% sobre o número total de tripulantes. Também foi instituída a cobrança de impostos sobre os serviços oferecidos a bordo.
Para Maecshe, o MTur deverá agora trabalhar para harmonizar e capacitar todos os setores impactados pela chegada dos navios. Ele lembra que esse movimento do mercado brasileiro em relação aos cruzeiros também já ocorreu de forma semelhante no Caribe. Lá, houve uma acomodação negociada que também deveria acontecer por aqui. Uma das soluções adotadas foi a integração entre os navios e os resorts, com a oferta de day users para os passageiros dos cruzeiros — uma situação pouco utilizada no mercado brasileiro.
EMBRATUR
Questionada sobre o tema levantado na Abav 2008, a Embratur, presidida por Jeanine Pires, disse que “não se pronuncia sobre questões próprias do mercado. O papel da Embratur é promover o Brasil como destino turístico no Exterior, contribuindo de forma decisiva para atrair visitantes estrangeiros para o País – seja por via aérea, marítima ou terrestre”. E continuou, em resposta por e-mail: “No caso dos turistas estrangeiros, que são o foco da promoção feita pelo Ministério do Turismo, por meio da Embratur, no Exterior, qualquer via de acesso que facilite a sua entrada é extremamente bem-vinda - inclusive a via marítima”. No ano passado, 84.952 turistas estrangeiros chegaram ao Brasil por via marítima, de um total de cinco milhões.
"Vamos observar o comportamento do mercado nessa temporada. Essa é uma demanda nova para o ministério", explicou. Segundo Maesche, esse crescimento está atrelado ao grande interesse dos brasileiros por este tipo de turismo. Se todos que manifestam desejo de embarcar num cruzeiro marítimo realmente concretizassem a compra por pacotes de turismo marítimo, a demanda nacional garantiria pelo menos quatro grandes temporadas, estima o MTur. Esse fator, aliado à crise mundial, despertou mais interesse das operadoras internacionais pelo mercado brasileiro, que também entra no verão justamente quando a Europa está na sua baixa temporada de cruzeiros, por ser inverno.
"Existe uma concorrência de mercado que não podemos interferir. Qualquer ação na limitação, seria contra a Lei de Cabotagem. Onde existe espaço para trabalharmos é na limitação da capacidade de carga dos destinos desses cruzeiros", afirmou o coordenador. “Podemos estabelecer um determinado percentual de crescimento para que possamos ter um desenvolvimento gradual, e não explosivo. Porque também é complicado esses portos se estruturarem para receber dez navios em um dia e zero no outro."
Nos últimos anos, o governo também atuou na área tributária para estimular uma concorrência mais igual entre os cruzeiros e os hotéis. Nesse sentido é que foi suspensa a isenção de PIS e Cofins para arrendamento de navios. O número de contratações de brasileiros para trabalhar nos navios que fazem cabotagem no País também aumentou de 10% para 25% sobre o número total de tripulantes. Também foi instituída a cobrança de impostos sobre os serviços oferecidos a bordo.
Para Maecshe, o MTur deverá agora trabalhar para harmonizar e capacitar todos os setores impactados pela chegada dos navios. Ele lembra que esse movimento do mercado brasileiro em relação aos cruzeiros também já ocorreu de forma semelhante no Caribe. Lá, houve uma acomodação negociada que também deveria acontecer por aqui. Uma das soluções adotadas foi a integração entre os navios e os resorts, com a oferta de day users para os passageiros dos cruzeiros — uma situação pouco utilizada no mercado brasileiro.
EMBRATUR
Questionada sobre o tema levantado na Abav 2008, a Embratur, presidida por Jeanine Pires, disse que “não se pronuncia sobre questões próprias do mercado. O papel da Embratur é promover o Brasil como destino turístico no Exterior, contribuindo de forma decisiva para atrair visitantes estrangeiros para o País – seja por via aérea, marítima ou terrestre”. E continuou, em resposta por e-mail: “No caso dos turistas estrangeiros, que são o foco da promoção feita pelo Ministério do Turismo, por meio da Embratur, no Exterior, qualquer via de acesso que facilite a sua entrada é extremamente bem-vinda - inclusive a via marítima”. No ano passado, 84.952 turistas estrangeiros chegaram ao Brasil por via marítima, de um total de cinco milhões.
*Fonte: Crédito foto: site Ibero Cruzeiros