Bruna Capistrano   |   13/04/2004 15:48

Entidades não se pronunciam sobre violência no Rio

Entidades nao se pronunciam sobre violencia no Rio A industria do turismo carioca esta em uma semana delicada e de analise das situacoes de

A indústria do turismo carioca está em uma semana delicada e de análise das situações de violência que a cidade vem enfrentando nas favelas da Rocinha e do Vidigal, locais nas proximidades de hotéis como o Intercontinental Rio e Sheraton Rio. O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, anunciou que se a decisão da governadora do Estado, Rosinha Matheus, for de decretar estado de defesa, as Forças Armadas poderão ser convocadas para atuar no conflito.

O Sheraton Rio informou que não houve cancelamento de reservas em suas unidades, já que, de acordo com o gerente geral, Roger Schaaf, “o conflito aconteceu no período dos pacotes de Semana Santa, quando o hotel tinha sua ocupação elevada. Como nossa relação com a comunidade é muito estreita, devido ao alto número de funcionários moradores do Vidigal, o capítulo em nada afetou o funcionamento do hotel”. Já no Intercontinental Rio, o diretor de Marketing e Vendas, Sebastian Roces, afirmou que houve um pequeno grupo de cinco pessoas que preferiu deixar o hotel, mas que os conflitos não alteraram a rotina do empreendimento: “Para a imagem da cidade, é claro que não é bom. Mas a polícia está reagindo.” Segundo ele, a ocupação nesta semana deve chegar a 80% e nenhum dos eventos que realizados no hotel foi cancelado até o momento.

Entre as instituições do Rio de Janeiro, somente o Rio Convention & Visitors Bureau se pronunciou a respeito. “Temos, primeiro, que observar o desdobramento da ação do governo. Até agora não registramos nenhuma notificação de nossos clientes - os organizadores de eventos, cancelando alguma feira ou convenção”, afirmou o diretor-executivo do RC&VB, Paulo Senise, ressaltando que as ações de marketing para anular a imagem negativa que os conflitos vêm gerando serão estudadas com cautela, “já que serão iniciativas prolongadas e não há recursos suficientes para neutralizar o impacto que os noticiários vêm causando”. O Riocentro também não teve sua rotina alterada, já que o acesso para o aeroporto do Galeão, e para o centro da cidade e o aeroporto Santos Dumont, pode ser feito pela Linha Amarela.

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