Agenciamento turístico e operadoras crescem, diz Ipeturis
O Instituto de Pesquisas, Estudos e Capacitações em Turismo (Ipeturis) divulgou hoje seu relatório de Indicadores Econômicos, encomendado pela Sindetur, e aponta um crescimento de 8,3% no último ano.
Com uma recuperação gradual, e um pouco mais acelerada que outros setores da economia brasileira, o Turismo, e mais especificamente o agenciamento turístico do País, volta a dar sinais de melhora. A afirmação é do Instituto de Pesquisas, Estudos e Capacitações em Turismo (Ipeturis), que divulgou nesta quarta (8) seu relatório de Indicadores Econômicos, encomendado pela Sindetur, e aponta um crescimento de 8,3% no último ano.
O presidente da Ipeturis, Marciano Freire, em relação ao crescimento do setor, destaca que os números não são superiores ao alcançado até 2014. "É praticamente uma retomada, pois, se comparado com os resultados de dois anos atrás, é como se estivéssemos voltado para lá", argumenta. Segundo o estudo, o destaque para o crescimento vai para as microempresas, que tiveram crescimento nas vendas de 10%. Elas, aliás, também são a maioria no mercado de agenciamento, com um montante de 94%.
A pesquisa, que contou com a participação de mais de 800 micro e pequenas empresas em todo o território nacional, ainda demonstra que, apesar de não serem a maioria em números absolutos, compondo 4,9% dos registros do setor no CNAE, as operadoras são as que mais cresceram nos últimos cinco anos - cerca de 43%. Já as agências, que correspondem a um total de 88% das empresas, registraram um crescimento pouco maior que 5% no mesmo período. Para Freire, a explicação é bastante simples: mais micro-agências têm operado simultaneamente.
Outro dado importante divulgado pela pesquisa é em relação aos postos de trabalho. A região Sudeste, segundo o levantamento, foi a que mais sofreu com reduções de postos de trabalho nos últimos cinco anos, com queda de 14,9%. Somente o Estado de São Paulo sofreu uma queda de 4,8%. Em contrapartida, a região Sul foi a que mais empregou, crescendo 5,7% no número de contratações.
PERSPECTIVAS
Embora a confiança dos empresários tenha tornado a cair no último trimestre de 2016, com a estabilização do dólar e a escolha por viagens mais curtas e econômicas, a entidade acredita que a retomada crescimento econômico do setor virá no decorrer deste ano. Pois, conforme apontou Freire, o setor é volátil, e é, "assim como é um dos primeiros a sofrer com uma crise, também é um dos primeiros a se estabilizar".