Como a Nickelodeon desistiu de ter um parque em uma ilha
Nickelodeon abandona planos de abrir um resort e parque subaquático na ilha Palawan, nas Filipinas.
A Nickelodeon, por meio de sua holding Viacom International Media Networks, a gigante por trás de Paramount, MTV, VH1, tinha planos de abrir um resort temático nas Filipinas. Com empreendimentos de entretenimento e hospedagem nos Estados Unidos e na República Dominicana, a marca estava prestes a estrear em outro continente, mas foi barrada antes mesmo do início.
Anunciado em janeiro, o projeto era um tanto ambicioso, mas polêmico. A ideia era abrir um parque subaquático na ilha Palawan, um dos paraísos naturais filipinos e patrimônio mundial da Unesco. Em uma área de 400 hectares, seria possível visitar, debaixo d'água, atrações e interagir com personagens da Nickelodeon, como Bob Esponja, Dora, a Aventureira, Os Padrinhos Mágicos, entre outros.
A novidade, feita em parceria com a Coral World Park, logo despertou a ira de ambientalistas e dos habitantes do país asiático. Segundo eles, a vida marinha entraria em risco e a barreira de corais do destino “intocado” seria extinta com a construção do complexo de entretenimento.
PRESSÃO POPULAR
Até mesmo uma petição on-line foi lançada, reunindo mais de 260 mil assinaturas de um total de 300 mil requeridas.
Até mesmo o Greenpeace uniu forças e defendeu a reprovação do projeto, enquanto o Departamento de Turismo (DOT) dava sinal verde para o avanço.
“Contrário ao anúncio de que o parque ‘protegeria o oceano’, irá fazer exatamente o oposto. Ao construir estruturas artificiais, o ecossistema marinho de Palawan será, sem dúvidas, prejudicado. Se você é honesto com a conservação da vida marinha, o dinheiro alocado para o parque deverá ser investido em áreas protegidas, meios de subsistências sustentáveis para a comunidade e programas educacionais ambientais”, justifica o documento.
REPROVAÇÃO
Mas nem todos os políticos aprovaram tal ideia. A ministra do Meio Ambiente, segundo divulgou a imprensa local, disse que não iria permitir a entrada do complexo subaquático.
“É a nossa riqueza. Isso não é permitido. Não se pode matar os corais. Por um parque temático? Não mesmo”, declarou em entrevista ao canal ABS-CBN.
O plano da Viacom era iniciar as obras em tempo de inaugurar o resort em 2020. Lounges e restaurantes localizados a seis metros abaixo do nível do mar também estavam no cronograma. Mas ontem (22), a empresa de mídia abandonou o projeto após a pressão popular.
“A Viacom International Media Networks (VIMN) concordou mutualmente com a Coral World Park em descontinuar o acordo de licenciamento para a atração e resorts da Nickelodeon [...] Assim sendo, não estaremos mais envolvidos com essa proposta. Desejamos o melhor à Coral World Park”, disse, em nota, sem ter justificado a desistência.
Até o momento, o Coral World Park não se pronunciou sobre a decisão de sua ex-parceira ou se irá manter o planejamento com outra marca. Mas o programa de conservação marinha atesta que o parque não irá destruir os corais.
Anunciado em janeiro, o projeto era um tanto ambicioso, mas polêmico. A ideia era abrir um parque subaquático na ilha Palawan, um dos paraísos naturais filipinos e patrimônio mundial da Unesco. Em uma área de 400 hectares, seria possível visitar, debaixo d'água, atrações e interagir com personagens da Nickelodeon, como Bob Esponja, Dora, a Aventureira, Os Padrinhos Mágicos, entre outros.
A novidade, feita em parceria com a Coral World Park, logo despertou a ira de ambientalistas e dos habitantes do país asiático. Segundo eles, a vida marinha entraria em risco e a barreira de corais do destino “intocado” seria extinta com a construção do complexo de entretenimento.
PRESSÃO POPULAR
Até mesmo uma petição on-line foi lançada, reunindo mais de 260 mil assinaturas de um total de 300 mil requeridas.
Até mesmo o Greenpeace uniu forças e defendeu a reprovação do projeto, enquanto o Departamento de Turismo (DOT) dava sinal verde para o avanço.
“Contrário ao anúncio de que o parque ‘protegeria o oceano’, irá fazer exatamente o oposto. Ao construir estruturas artificiais, o ecossistema marinho de Palawan será, sem dúvidas, prejudicado. Se você é honesto com a conservação da vida marinha, o dinheiro alocado para o parque deverá ser investido em áreas protegidas, meios de subsistências sustentáveis para a comunidade e programas educacionais ambientais”, justifica o documento.
REPROVAÇÃO
Mas nem todos os políticos aprovaram tal ideia. A ministra do Meio Ambiente, segundo divulgou a imprensa local, disse que não iria permitir a entrada do complexo subaquático.
“É a nossa riqueza. Isso não é permitido. Não se pode matar os corais. Por um parque temático? Não mesmo”, declarou em entrevista ao canal ABS-CBN.
O plano da Viacom era iniciar as obras em tempo de inaugurar o resort em 2020. Lounges e restaurantes localizados a seis metros abaixo do nível do mar também estavam no cronograma. Mas ontem (22), a empresa de mídia abandonou o projeto após a pressão popular.
“A Viacom International Media Networks (VIMN) concordou mutualmente com a Coral World Park em descontinuar o acordo de licenciamento para a atração e resorts da Nickelodeon [...] Assim sendo, não estaremos mais envolvidos com essa proposta. Desejamos o melhor à Coral World Park”, disse, em nota, sem ter justificado a desistência.
Até o momento, o Coral World Park não se pronunciou sobre a decisão de sua ex-parceira ou se irá manter o planejamento com outra marca. Mas o programa de conservação marinha atesta que o parque não irá destruir os corais.