Burocracia impede que País tenha mais parques temáticos
A importância dos parques temáticos para o Turismo brasileiro foi tema de uma audiência pública da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (18). O encontro foi proposto pelo presidente do colegiado, deputado Herculano Passos (PSD-S
A importância dos parques temáticos para o Turismo brasileiro foi tema de uma audiência pública da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (18). O encontro foi proposto pelo presidente do colegiado, deputado Herculano Passos (PSD-SP), e serviu para discutir as barreiras que atrapalham o desenvolvimento de empreendimentos no setor.
Ao todo, o Brasil conta com 28 parques temáticos que, somente em 2015, atraíram 17 milhões de visitantes e faturou R$ 1 bilhão. "O impacto dos parques no Turismo é imenso, veja o exemplo dos Estados Unidos. Mas o Brasil está engatinhando neste segmento, mesmo apresentando crescimento de 15% ao ano. No entanto, poderia crescer muito mais se tivesse incentivo do governo, principalmente da importação dos brinquedos e redução de impostos para incentivar os investimentos", afirmou o deputado.
Entretanto, a expansão do negócio esbarra em gargalos domésticos, como impostos elevados e legislação inflexível. Para o presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, é preciso remover os obstáculos para que mais empreendimentos deste tipo sejam instalados no País e para que os já existentes possam se manter ou expandir. "Na medida em que você convida o investidor para vir investir e ele tem insegurança jurídica, ele não vem. Então nós precisamos de uma boa legislação trabalhista, que entenda a flexibilidade necessária do Turismo, incentivos creditícios razoáveis e um conjunto atrativo para o investidor."
Para os empreendedores, as barreiras no setor também prejudicam as inovações. "Qualquer parque tem como obrigação reinvestir. Com isso, os visitantes voltam, a capacidade operacional cresce e a máquina gira de uma maneira positiva", destacou o presidente do Beach Park, Murilo Pascoal.
O incentivo fiscal e de infraestrutura e segurança jurídica são outros fatores também levados em conta que, atualmente, não correspondem as expectativas de empresários. O secretário executivo do Ministério do Turismo, Alberto Alves, por sua vez, disse que a redução dos impostos é prioridade da pasta no Congresso. "É preciso créditos especiais e juros adequados para reformas e novos empreendimentos", afirmou.
Ainda de acordo com o ministro, o Poder Executivo atualmente trabalha junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) para reduzir as barreiras da importação e possibilitar um melhor desenvolvimento dentro do setor.