Artur Luiz Andrade   |   05/04/2016 16:35

CVC sente reação do internacional em março

O presidente da CVC, Luiz Eduardo Falco, disse, em entrevista ao Portal PANROTAS, que as vendas internacionais começaram a reagir em março, devido ao câmbio 10% menor (do dólar em relação ao real) e da queda de preços de cerca de 15% dos fornecedores do Exterior.

O presidente da CVC, Luiz Eduardo Falco, disse, em entrevista ao Portal PANROTAS, que as vendas internacionais começaram a reagir em março, devido ao câmbio 10% menor (do dólar em relação ao real) e da queda de preços de cerca de 15% dos fornecedores do Exterior. “Resorts no Caribe, hotéis em Orlando e Miami e circuitos europeus começam a concorrer novamente com os produtos domésticos”, disse ele.

As viagens pelo Brasil continuam puxando as vendas (em crescimento de dois dígitos nos três primeiros meses do ano) e houve um pequeno aumento de preços, segundo o presidente da CVC devido ao incremento de 4% nas tarifas aéreas nacionais.

“Com um crescimento próximo de zero nas vendas (1,7%), em um mercado que cai de 15% a 20%, aumentamos nosso market-share no varejo”, analisa ele. Segundo Falco, as vendas da Rextur Advance e da Submarino Viagens, que pertencem à CVC, ainda estão menores em relação ao ano passado, mas no geral o grupo está bem posicionado, com a venda de hotelaria crescendo na consolidadora e a comercialização de carros respondendo muito bem. As sinergias entre as empresas, como a mudança de sede para Santo André, também caminham bem.

Outras novidades, como o intercâmbio, respondem mais lentamente, mas continuam seguindo seu planejamento. “Estamos fazendo uma adaptação de portfólio”, adiantou.

CANAIS
Outra boa indicação do balanço da CVC no primeiro trimestre, quando as vendas chegaram a R$ 1,29 bilhão, foi o aumento da antecedência de compras. “A diferença já está em três dias, mas já foi de 11 (em relação à média história de 72 dias de antecedência da compra), o que mostra que o pêndulo volta ao equilíbrio”, diz Falco.

Por canais, as vendas via agências de viagens multimarcas cresceram 8%, mais que qualquer outro canal (lojas ou on-line), mas Falco diz que isso não muda o planejamento da CVC de investir em multicanais. “Fizemos um trabalho com as agências e nesse momento de crise a transparência dos números CVC e nossa marca atraem confiança. Já as lojas estão dentro do planejamento. Abriremos mais lojas no primeiro semestre que no segundo, ao contrário de outros anos. Já temos as novas metas assinadas com os master-franqueados, para 300 novas lojas em três anos”.

De acordo com Falco, o crescimento da CVC se dará no interior do Brasil. “Estamos interiorizando a CVC, para atingir os milhões de consumidores que não estão nas capitais”.

CRUZEIROS E AQUISIÇÕES
O presidente da CVC confirma que há negociações com a Pullmantur/Royal Caribbean para o fretamento de um navio na costa brasileira, “mas em modelo diferente que o anterior”. “Não podemos deixar mitigar esse segmento de cruzeiros no Brasil”.

Quanto a possíveis oportunidades de aquisições neste momento de crise, ele sai com a resposta clássica: “estamos sempre conversando e analisando possíveis novos negócios”.

Para os próximos meses, os desafios de conquistar o consumidor que está em dúvidas sobre o que comprar e com menos dinheiro no bolso continuam. A saída, segundo Falco, é manter as promoções em todos os produtos, e os parcelamentos em dez vezes sem juros — ou 12 no cartão CVC Bradesco.

Leia mais sobre o balanço da CVC no primeiro trimestre.

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