Agências acusam Tourlines de não pagar; empresa nega
A operadora capixaba Tourlines foi acusada por duas agências de viagens de não honrar o terrestre de passageiros cujos pacotes já haviam sido quitados. Antonio Miguel de Oliveira Duarte, da Planetur Viagens e Turismo, de Brasília, e Alberto Romero, da Ibizatur, de Curitiba, afirmaram que tiveram de
A operadora capixaba Tourlines foi acusada por duas agências de viagens de não honrar o terrestre de passageiros cujos pacotes já haviam sido quitados. Antonio Miguel de Oliveira Duarte, da Planetur Viagens e Turismo, de Brasília, e Alberto Romero, da Ibizatur, de Curitiba, afirmaram que tiveram de comprar o produto de clientes diretamente com hotéis e receptivos.
Em resposta, a Tourlines afirma que esses dois problemas foram pontuais, que nenhuma agência terá prejuízo e que todos os embarques adquiridos estão sendo honrados.
“Tenho pacote pago fechado com a Tourlines e todos os valores quitados e entregues à operadora. O que ocorre é que a empresa está enviando e-mail para as agências de turismo informando que não tem disponibilidade de caixa para pagar o terrestre de nossos clientes”, afirma Oliveira Duarte. “A minha agência está honrando direto com hotéis e empresas de receptivo o erro da Tourlines e o meu prejuízo foi superior a R$ 13 mil devido ao erro.”
“Foi comprado na Tourlines Curitiba no mês de maio um pacote terrestre para Cuba para um casal que embarcaria na primeira semana de novembro. Mais tarde, solicitamos alteração de um passageiro, mas como não dava tempo, o pacote foi alterado para Punta Cana. No dia do check-in dos meus passageiros do hotel, o gerente da filial Curitiba afirmou que não havia pago o pacote”, afirmou o sócio-diretor da agência curitibana, Alberto Romero. “A sequência de acontecimentos foi altamente estressante: a agência teve de assumir e realizar em um dia os gastos que a operadora deveria ter pago. Além disso, tive que pagar juros e taxas de serviço e custos do banco para essa operação, para que a quantia fosse enviada ao Exterior na conta dos fornecedores. Meu prejuízo foi de R$ 6.156, mas o que não tem custo estimado é o stress ocasionado no dia para fazer o que eles deveriam ter feito.”
DIREITO DE RESPOSTA
Em defesa, o diretor da Tourlines, Marcelo Gama, afirma que nenhuma agência de viagens que comprou com sua operadora tem ou terá prejuízo e nenhum passageiro da operadora ficou ou ficará sem o embarque. Segundo Gama, a operadora sugeriu à Planetur que todo o valor do terrestre fosse estornado para o cartão de crédito dos passageiros, mas a agência de Brasília negou, e outros métodos seriam estudados para reembolso, sem ninguém ficar com prejuízo. No caso da Ibizatur, o problema foi operacional, devido à mudança de bases, mas o contato seria feito e o problema resolvido.
“Nós reduzimos o número de profissionais que trabalhava conosco e fechamos todas as filiais para centralizar o atendimento na matriz, em Vitória. O momento de todas as empresas do segmento é complicado e isso nos obrigou a fazer essa reestruturação. No meio de todo esse processo de rescisões, estamos honrado todos nossos compromissos com as agências”, afirma o diretor.
“Para a Planetur foi oferecido o estorno ao cartão de crédito, já que o passageiro ainda nem embarcou, pois a data da viagem não chegou. Em nenhum momento a agência via tomar prejuízo. Ou vamos reembolsar ou honrar a reserva. Já o caso da agência Ibizatur foi problema operacional e não tem nada a ver com o fechamento da filial. É uma compra de três meses atrás e será tudo reembolsado.”
A Planetur confirma a tentativa de resolução por parte da Tourlines, mas explica sua parte. "A proposta não foi de estornar o valor para o cartão de crédito do cliente em questão, até porque a viagem da qual me queixo foi paga com cheque. O que a Tourlines propôs foi pegar um cliente que já realizou sua viagem através da minha agência e da operadora e fazer o estorno para esse cliente, que é um terceiro e não tem nada a ver com a história. Isso é totalmente errado e ultrapassa os limites da lei”, afirma Antonio Miguel de Oliveira Duarte. “Houve também outras tentativas de negociação, como oferecer melhores comissões em vendas futuras da minha agência com a Tourlines.”
Tanto a Planetur quanto a Ibizatur afirmam que fazem negócios com a Tourlines há cerca de cinco anos, desde a abertura da filial em Brasília e Curitiba, e nunca tiveram nenhum tipo de problema. Eles também apontam dificuldades em obter resposta da Tourlines.
A operadora afirma que seus canais de atendimento continuam disponíveis como sempre e que está otimista com novos projetos pensados para 2016.
*Atualizada às 17h25
Em resposta, a Tourlines afirma que esses dois problemas foram pontuais, que nenhuma agência terá prejuízo e que todos os embarques adquiridos estão sendo honrados.
“Tenho pacote pago fechado com a Tourlines e todos os valores quitados e entregues à operadora. O que ocorre é que a empresa está enviando e-mail para as agências de turismo informando que não tem disponibilidade de caixa para pagar o terrestre de nossos clientes”, afirma Oliveira Duarte. “A minha agência está honrando direto com hotéis e empresas de receptivo o erro da Tourlines e o meu prejuízo foi superior a R$ 13 mil devido ao erro.”
“Foi comprado na Tourlines Curitiba no mês de maio um pacote terrestre para Cuba para um casal que embarcaria na primeira semana de novembro. Mais tarde, solicitamos alteração de um passageiro, mas como não dava tempo, o pacote foi alterado para Punta Cana. No dia do check-in dos meus passageiros do hotel, o gerente da filial Curitiba afirmou que não havia pago o pacote”, afirmou o sócio-diretor da agência curitibana, Alberto Romero. “A sequência de acontecimentos foi altamente estressante: a agência teve de assumir e realizar em um dia os gastos que a operadora deveria ter pago. Além disso, tive que pagar juros e taxas de serviço e custos do banco para essa operação, para que a quantia fosse enviada ao Exterior na conta dos fornecedores. Meu prejuízo foi de R$ 6.156, mas o que não tem custo estimado é o stress ocasionado no dia para fazer o que eles deveriam ter feito.”
DIREITO DE RESPOSTA
Em defesa, o diretor da Tourlines, Marcelo Gama, afirma que nenhuma agência de viagens que comprou com sua operadora tem ou terá prejuízo e nenhum passageiro da operadora ficou ou ficará sem o embarque. Segundo Gama, a operadora sugeriu à Planetur que todo o valor do terrestre fosse estornado para o cartão de crédito dos passageiros, mas a agência de Brasília negou, e outros métodos seriam estudados para reembolso, sem ninguém ficar com prejuízo. No caso da Ibizatur, o problema foi operacional, devido à mudança de bases, mas o contato seria feito e o problema resolvido.
“Nós reduzimos o número de profissionais que trabalhava conosco e fechamos todas as filiais para centralizar o atendimento na matriz, em Vitória. O momento de todas as empresas do segmento é complicado e isso nos obrigou a fazer essa reestruturação. No meio de todo esse processo de rescisões, estamos honrado todos nossos compromissos com as agências”, afirma o diretor.
“Para a Planetur foi oferecido o estorno ao cartão de crédito, já que o passageiro ainda nem embarcou, pois a data da viagem não chegou. Em nenhum momento a agência via tomar prejuízo. Ou vamos reembolsar ou honrar a reserva. Já o caso da agência Ibizatur foi problema operacional e não tem nada a ver com o fechamento da filial. É uma compra de três meses atrás e será tudo reembolsado.”
A Planetur confirma a tentativa de resolução por parte da Tourlines, mas explica sua parte. "A proposta não foi de estornar o valor para o cartão de crédito do cliente em questão, até porque a viagem da qual me queixo foi paga com cheque. O que a Tourlines propôs foi pegar um cliente que já realizou sua viagem através da minha agência e da operadora e fazer o estorno para esse cliente, que é um terceiro e não tem nada a ver com a história. Isso é totalmente errado e ultrapassa os limites da lei”, afirma Antonio Miguel de Oliveira Duarte. “Houve também outras tentativas de negociação, como oferecer melhores comissões em vendas futuras da minha agência com a Tourlines.”
Tanto a Planetur quanto a Ibizatur afirmam que fazem negócios com a Tourlines há cerca de cinco anos, desde a abertura da filial em Brasília e Curitiba, e nunca tiveram nenhum tipo de problema. Eles também apontam dificuldades em obter resposta da Tourlines.
A operadora afirma que seus canais de atendimento continuam disponíveis como sempre e que está otimista com novos projetos pensados para 2016.
*Atualizada às 17h25