Luiza Gil   |   23/10/2015 10:49

Operadora aposta em turismo de aventura para mulheres

Operado NOAH aposta em viagens de turismo de aventura voltadas para público feminino

Com cerca de seis meses de atuação, a operadora Noah aposta no público feminino para o segmento de turismo de aventura. A ideia surgiu enquanto Hélio Mario Barboza, diretor da empresa, planejou um roteiro de surfe para sua filha e suas amigas.

Na área turística desde 1989, Barboza percebeu uma oportunidade de negócio. “Enquanto eu levava minha filha a aulas de surfe em Santos, no litoral paulista, e conversava com as outras alunas, surgiu a ideia de começar uma empresa voltada para esportes e aventura. Todos ficamos animados e começamos a pesquisar. Notamos que existiam sites de viagens e startups para mulheres voltados para corrida de rua, skate, entre outros, mas nenhum do jeito que imaginamos. Então vimos que estaríamos sozinhos no mercado e decidimos colocar em prática”, explica.

ELABORAÇÃO DOS PACOTES
De acordo com o empresário, a maior preocupação quando se monta uma operadora voltada para atender mulheres é a segurança. “Muitas clientes não têm companhia quando tiram férias e decidem viajar sozinhas. Para garantir que tudo ocorra bem, enviamos pelo menos um membro da equipe para conhecer os receptivos e garantir que o trabalho oferecido nos destinos é confiável. Em último caso, quando não conseguimos ir ou o prazo para montar o pacote é curto, pegamos indicações de fontes 100% confiáveis”, ressalta.

Ainda pensando no perfil de quem viaja sem companhia, a operadora coloca em contato duas viajantes com o mesmo itinerário para formar grupos. “Elas se sentem mais seguras quando alguém vai junto. Por isso, caso haja interesse, antes da viagem marcamos um encontro entre as pessoas envolvidas para que se conheçam. No geral, estamos percebendo muito interesse nesse tipo de serviço”, disse Hélio.

A divulgação da empresa e dos pacotes oferecidos por enquanto só foi realizada pelas mídias sociais (facebook, site e instagram), mas, segundo o diretor, em breve a equipe iniciará um trabalho com as agências, para estabelecer parcerias e elevar as vendas. “Essa é outra forma de montar grupos. Podemos unir pessoas que fecharam pacotes em agências diferentes para viajarem juntas”.

DÓLAR ALTO
“Desde o início pensamos em explorar destinos nacionais, já que são muitos os que oferecem atividades de aventura, mas o câmbio explosivo também influenciou essa decisão. Não adiantava forçar pacotes estrangeiros nesse momento. A Austrália, por exemplo, não teve nenhuma venda até agora. Mesmo assim disponibilizamos e teremos mais destinos internacionais, como é o caso do Chile, Cuba, Machu Picchu”, revela Hélio Mario.

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