Vendas de Natal terão maior avanço desde 2013, diz CNC
A retração econômica pode estar próxima do fim — pelo menos para este Natal.

“A nova expectativa se baseia no cenário de inflação baixa, queda de juros e, principalmente, retomada gradual e contínua do emprego”, explica o chefe de Divisão Econômica da CNC, Fábio Bentes.

Ainda segundo a pesquisa, os segmentos que mais irão faturar durante o período serão os hiper e supermercados, lojas de vestuário e artigos de uso pessoal e doméstico, com R$ 11,8 bilhões, R$ 9 bilhões e R$ 5,1 bilhões, respectivamente.
Outros setores, porém, é que deverão registrar maiores crescimentos, com o destaque principal para as lojas de eletrodomésticos e móveis (17,8%).
QUEDA NA INFLAÇÃO E CRESCIMENTO DO OTIMISMO
A deflação tem sido apontada como o principal motivo para o otimismo dos lojistas. A cesta de Natal, por exemplo, obteve uma queda de preço em 1,2% — algo que não ocorria desde 2001. Como um todo, os preços dos alimentos e dos eletrodomésticos caíram nos últimos doze meses, com reduções de 5,8% e 1,7%, respectivamente.
EFETIVAÇÕES AUMENTARÃO
No varejo, com as novas vagas de emprego postergadas, dezembro não apenas terá as tradicionais de fim de ano, como as efetivas. Ao todo, serão mais de 20 mil novas vagas em São Paulo, seguida por Minas Gerais e Rio de Janeiro, respectivamente com 8,1 mil e 6,4 mil. Para este Natal, a taxa de efetivação deverá subir para 30%, o dobro do observado em 2016 e 2015.
Tais crescimentos, segundo Bentes, são bastante simples: “a perspectiva de retomada lenta e gradual da atividade econômica e do consumo, bem como eventuais impactos positivos sobre o emprego, decorrentes da reforma trabalhista”.
AUMENTO DE SALÁRIOS
Há também o crescimento na média salarial de admissão, segundo a CNC. Comparado com o mesmo período do ano passado, o aumento foi de 3,8%, com uma média estimada em R$ 1.185. A maior alta deverá ocorrer nos ramos farmacêuticos (R$ 1.430), seguido por lojas de produtos de informática e comunicação (R$ 1.392). Apesar disso, tais segmentos não correspondem às principais vagas que serão abertas, oferecendo apenas 2% ao mercado.
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