Brunna Castro   |   25/08/2017 15:13

Por medo de imprevistos, poucos brasileiros guardam renda

Os efeitos da economia instável no País ainda têm influenciado no comportamento dos brasileiros em relação a suas finanças.

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Os efeitos da economia instável no País ainda têm influenciado no comportamento dos brasileiros em relação a suas finanças. É o que aponta uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), cujos dados indicam que somente dois a cada dez (21%) consumidores brasileiros conseguiram guardar parte de sua renda em junho deste ano. Em maio, o valor era de 17%. A maior parte dos entrevistados (72%) afirmou não ter conseguido guardar qualquer quantia no mês avaliado, enquanto 7% não souberam ou não quiseram responder.

A avaliação feita em relação ao indicador por faixa de renda aponta que a proporção de brasileiros que deixaram de poupar em junho é ainda maior nas classes C, D e E. Oito em cada dez (77%) pessoas que se enquadram em tais faixas de rendimento não conseguiram poupar quantia alguma no período.

Nas classes A e B, no entanto, o percentual de não-poupadores cai para 53% – o que, no entanto, ainda é considerado elevado pelos especialistas do SPC Brasil.

Entre os motivos que fizeram os brasileiros não pouparem em junho, 46% dos entrevistados pela pesquisa justificam uma renda muito baixa, o que inviabiliza sobras no fim do mês, enquanto 18% disseram não ter renda e 13% foram surpreendidos por algum imprevisto financeiro. Outros 12% informaram ter perdido o controle sobre os próprios gastos.

Por parte dos poupadores, as razões para guardar dinheiro envolvem lidar com situação eventual de doenças, morte e problemas diversos (38%), garantir um futuro melhor para os familiares (31%), enfrentar uma possível demissão (24%), realizar uma viagem (21%), concretizar um sonho de consumo (21%) ou planejamento da aposentadoria (16%).

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