Da Redação   |   17/05/2017 11:59

Brasil abre 59 mil vagas formais em abril, 24 mil em serviços

Resultado vem após mês negativo em março, quando ouve uma perda líquida de 63 mil vagas formais de emprego; segundo o IBGE, o primeiro trimestre do ano fechou com uma taxa de desemprego em 13,7%, recorde histórico, e com mais de 14 milhões de desempregados.

O Brasil abriu 59,8 mil vagas de trabalho com carteira assinada em abril, melhor resultado para o mês desde 2014, e voltou a registrar uma leitura positiva após perdas em março, o que pode indicar alguma recuperação inicial.

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta terça-feira, sete dos oito setores apresentaram crescimento no nível de emprego em abril.

A maior abertura de vagas foi registrada por serviços, de 24,7 mil. Já a agropecuária registrou criação de 14,6 mil postos abertos. Por outro lado, o único setor a registrar fechamento de vagas foi a construção civil, com um total de 1,7 mil.

"O resultado mostra tendência clara de reversão do mercado de trabalho, mas ainda inicial. O estoque de desempregados é bem elevado, mas a tendência aponta para uma recuperação", avaliou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito.

Em evento nesta manhã, o presidente Michel Temer seguiu a mesma linha ao se referir ao resultado do Caged de abril como "abertura imensa de vagas" e um sinal da recuperação da economia.

Entretanto, no acumulado em 12 meses, o País ainda registra perda líquida de 969 mil de vagas.

Em março, o Brasil havia registrado perda líquida de 63,6 mil vagas formais de emprego, voltando ao vermelho após resultado positivo de fevereiro. No primeiro trimestre, foram fechadas 64,3 mil vagas.

O mercado de trabalho ainda sofre para se recuperar de dois anos de profunda recessão econômica, o que por sua vez afeta com força os setores de serviços e varejo. A retomada das contratações deve demorar mesmo diante de alguma melhora econômica, já que as empresas têm capacidade ociosa a preencher primeiro.

Já a útima PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), realizada pelo IBGE e que considera todos os trabalhadores (com ou sem carteira assinada), mostra que a taxa de desemprego brasileira fechou o primeiro trimestre em 13,7%, novo recorde histórico e com contingente de mais de 14 milhões de pessoas sem emprego.


*Fonte: Reuters

conteúdo original: http://bit.ly/2qwo8xg

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