Janize Colaço   |   09/01/2017 08:34

Endeavor: empreendedores devem se arriscar em 2017

Para muitos empreendedores, o ano de 2016 começou e terminou mal. E, embora haja um clima de esperança, ainda não há elementos que concretizem que o ano que acabou de começar seja muito diferente de seu antecessor. Porém, para o diretor geral da Endeavor Br

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Para muitos empreendedores, o ano de 2016 começou e terminou mal. E, embora haja um clima de esperança, ainda não há elementos que concretizem que o ano que acabou de começar seja muito diferente de seu antecessor. Porém, para o diretor geral da Endeavor Brasil, Juliano Seabra, apesar das incertezas, quem deseja ser dono do seu próprio negócio, no atual cenário político e econômico, deve se arriscar.

“É em cenários como esse que os empreendedores têm a chance de afirmar o seu papel transformador – e surpreender”, destacou Seabra em um artigo. Ao usar como exemplo o Airbnb e a Uber como startups de sucesso que nasceram em meio a uma das maiores crises dos Estados Unidos, em 2008, o que demonstra que mesmo em períodos incertos é possível desenvolver um projeto de negócios – e até atingir o sucesso.

Segundo ele, cabe ao empreendedor assumir seu papel de protagonista, indo além da própria empresa. “Crie novos negócios, crescendo com ética, gerando novos empregos, inovando e sonhando grande, sem esquecer de trazer com ele as pessoas ao seu redor – funcionários, fornecedores, clientes, parceiros e investidores”, afirmou.

Confira abaixo o artigo na íntegra ou acesse aqui.

Razões para acreditar: uma carta aos empreendedores para 2017

2016 não foi um ano fácil, e não há muitos elementos para acreditar que 2017 será muito diferente. Mas é em cenários como esse que os empreendedores têm a chance de afirmar o seu papel transformador – e surpreender.

Por que as Olimpíadas do Rio foram um sucesso? O economista Ricardo Amorim começou sua palestra no RD Summit, evento de marketing digital que aconteceu em novembro, com esse questionamento. Com certeza não foi porque tudo saiu perfeito. Mas sim porque todo mundo acreditava que seria um caos completo. E, quando a expectativa é baixa, o resultado pode surpreender. Para ele, essa metáfora é um bom jeito de explicar as oportunidades do Brasil para os próximos anos.

Apesar de o cenário político e econômico indicarem que a incerteza ainda será presente em 2017, o empreendedor não pode perder o ânimo: afinal, empreender é superar obstáculos tendo a incerteza como companheira.

VALE LEMBRAR: O AIRBNB E O UBER NASCERAM NO PIOR MOMENTO ECONÔMICO DOS EUA, A CRISE DE 2008.


Na Endeavor, trabalhamos há 16 anos para que os empreendedores sejam os protagonistas da transformação. Mas, enquanto alguns dizem que isso é tarefa impossível aqui no Brasil, nós já encontramos várias razões para acreditar.


Se em 2.000 a palavra empreendedorismo não existia nem no dicionário, hoje 3/4 da população afirmam que preferem o empreendedorismo a outras opções de carreira. E tem mais: praticamente quatro em cada dez brasileiros adultos já possuem um negócio ou estão envolvidos com a criação de uma empresa.

AS 35 MIL EMPRESAS DE ALTO CRESCIMENTO BRASILEIRAS (AS CHAMADAS SCALE-UPS) REPRESENTAM APENAS 1% DO TOTAL DE NEGÓCIOS DO PAÍS, MAS GERAM 60% DAS NOVAS VAGAS DE TRABALHO.


É claro que só a vontade não é suficiente para o empreendedor crescer. Apesar de 91% dos empreendedores brasileiros afirmarem que não se preparam para empreender, o número de interessados em conteúdos de capacitação está crescendo. Só o Portal Endeavor já conta com 35 mil empreendedores em cursos a distância neste ano, em temas que vão de liderança a finanças.

Na luta contra a burocracia, já existem exemplos que provam que é possível melhorar o ambiente de negócios das cidades brasileiras. Prova disso é o resultado do Projeto Simplificar em Porto Alegre. Se em 2015, a capital era a pior cidade para se abrir empresas no Brasil, em uma saga que levava até 432 dias, hoje, esse número caiu para 10 dias. E os aprendizados desse projeto já podem ser replicados em outras cidades do país.

Se você acredita que o empreendedorismo ainda está concentrado nos grandes centros urbanos, os números de 2016 provam o contrário. No Índice de Cidades Empreendedoras 2016, das 10 cidades que ocupam o topo do ranking, seis estão no interior, como Campinas, São José dos Campos e Joinville. Em 2015, eram apenas três.

Nas eleições municipais deste ano, mais de 50 candidatos a prefeito se comprometeram com os pleitos do movimento +Empreendedores +Empregos, que têm o objetivo de aproximar o poder público dos empreendedores e eliminar as barreiras que impedem os negócios de crescer. Dez desses candidatos foram eleitos ou reeleitos – agora é a hora de cobrá-los.

SE TEM UMA COISA QUE A CRISE SEMPRE NOS ENSINA É QUE É IMPOSSÍVEL ENTRAR E SAIR DELA SENDO A MESMA PESSOA.


Por isso, nos desafios que surgirem em 2017, cabe ao empreendedor assumir seu papel de protagonista, para além das paredes da sua própria empresa: criando novos negócios, crescendo com ética, gerando novos empregos, inovando e sonhando grande, sem esquecer de trazer com ele as pessoas ao seu redor – funcionários, fornecedores, clientes, parceiros e investidores.

Em 2017, dedique um tempo para mentorar outros empreendedores mais novos, contar sua história inspirando outras pessoas, investir em pequenos negócios com potencial de impacto ou mesmo usar a estrutura e os recursos que você tem na sua empresa para fortalecer o ecossistema empreendedor da sua cidade.

Em tempos de incerteza, precisamos estar juntos.

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